sábado, 1 de abril de 2006

Papelão II

E o deputado Arnaldo Jordy, segundo informa o RD hoje, conseguiu manter o bar onde estava na última quarta-feira, aberto até às 3:30 h. Alega que não foi agressivo com os policiais mas que telefonou ao delegado Rui Romão afirmando que o bar possuía segurança própria e não produzia poluição sonora.
Bem, é de se esperar que os demais donos de bares da cidade possam contar com a valiosa presença do deputado Jordy em suas mesas.
Bem como termos como amigos aquele General do Exército que mandou voltar o avião da cabeceira da pista afirmando que fez valer seu direito de cidadão.
Ser cidadão assim é ótimo, não?

4 comentários:

  1. Penso que vilência mesmo é essa tal lei seca. Coisa de gente autoritária. E olha que não sou de sair na noite.

    O estado não tendo competência para garantir a segurança do cidadão inventa esse tipo de coisa que só server pra cercear nossos direitos e liberdades civis.

    ResponderExcluir
  2. Bem, anônimo. Do jeito que as coisas estão (pela incompetência do estado como vc diz), sou mais ainda favorável a ela para não ver meus filhos vítimas dos "paus d'água" que podem atacá-los. Até mesmo "gente boa" faz isso com seus carros incrementados, onde além do barulho, ainda jogam seus carros contra inocentes. Portanto, não é privilégio dos desvalidos. Nada impede que vc beba até altas horas em sua casa.
    Mas respeito sua discordância.
    Abraços e obrigado pelos comentários.

    ResponderExcluir
  3. Ok, o que impede alguém de "encher a cara" até altas horas em casa e sair para dirigir sem condições e atropelar pessoas inocentes? Ou cometer outros crimes? Os desordeiros, os delinquentes não se deterão por não poderem beber ou consumir outro tipo de intorpecente em público e nesse meio tempo teremos desistido de nossa liberdade.

    Como fica o direito do cidadão decente de confraternizar-se com amigos ou colegas em bares e restaurantes da cidade?

    Penso que estamos presenciando um retrocesso nas liberdades civis, coisa de gente simplista. Uma artimanha que não resolve o problema da violência mas é conveniente pra justificar que algo está sendo feito.

    Desculpe a insistência no tema.

    ResponderExcluir
  4. Não há por que se desculpar.
    Mas ainda não estou convencido do contrário. Apesar de concordar parcialmente com sua premissa (nada impede que após beber em casa o delinquente saia para barbarizar). Mas o final não me convence. Se dificultarmos para ele, pode haver redução na criminalidade sim. E isso é que deve ser no momento prioritário.
    Lembre-se que não é só o delinquente que bebe. Mas a "gente boa" que vai se confraternizar com os amigos, às vezes exagera e sem a intenção de infringir prejuízos a terceiros, frequentemente os faz. E depois, quem pode, vai se refugiar atrás de bons advogados. Só quem não pode, acaba preso. E a própria justiça, acaba é limitando as chamadas liberdades individuais.
    Mas esperemos que ambas as providencias sejam tomadas. Que além de limitar o horário da bebedeira, as autoridades façam o seu trabalho.
    A implantação de uma medida, não alivia a cobrança por policiamento adequado.
    Liberdades individuais devem ser muito bem definidas. Por exemplo: se eu moro em uma rua, em pleno centro da cidade, estreita, que quase não tem calçada para pedestres, e vejo meu filho atroplelado pelo simples fato dos motoristas "terem decidido" que é possível imprimir velocidade em pleno centro urbano, posso perfeitamente exigir a construção de uma lombada. Apesar de chata, é a única maneira de educar os deseducados e garantir a vida do meu filho e de inúmeros outros cidadãos. Nem por isso, meu direito de ir e vir foi ferido. Mas limitado.
    Se for lei, decidida em fórum democrático, e não por ditadores, trata-se de medida democrática. É o próprio povo decidindo em voto de maioria, limitar as "liberdades" de outras minorias barulhentas. Se for assim, eu respeitaria. Mas se for ditatorialmente, eu recusaria e denunciaria uma verdadeira tentativa de limitação de minhas liberdades. Essas são as regras do jogo. Mas, se o STF decidir que a medida é inconstitucional, nada a fazer a não ser lamentar e respeitar.

    Abraços

    ResponderExcluir