quinta-feira, 18 de maio de 2006

Reação da TI governamental à revista "Veja"


Saiu agora a nota oficial no website do Instituto Nacional de Tecnologia da Informação (ITI) constestando as bobagens escritas por Veja na reportagem "O grátis saiu mais caro". Assinada por Rogério Santana (Secretário Executivo do Comitê Executivo de Governo Eletrônico/Ministério do Planejamento), Renato Martini (Presidente do ITI) e Wagner Quirici (Diretor-Presidente do SERPRO), a nota, ao contrário do texto de Veja, é pontual e objetiva, sem histerias.

2 comentários:

  1. Mais informações sobre esse assunto, transcrevo aqui detalhes sobre os motivos que levaram o Serpro a assinar conjuntamente a carta enviada a Veja.

    --
    A revista Veja que circula nesta semana trouxe matéria
    com o título “O grátis saiu mais caro”, afirmando que,
    “ao insistir no software livre, o governo deixa de
    melhorar serviços eletrônicos aos cidadãos e
    desperdiça dinheiro”.

    O Serpro foi procurado pelo jornalista Duda Teixeira,
    que assina a matéria em questão, para que fornecesse
    informações sobre número de empregados admitidos pela
    Empresa nos últimos anos, e sobre as economias geradas
    com a migração dos desktops para software livre. Foi
    esclarecido ao jornalista que, em função de ser uma
    empresa de tecnologia da informação e comunicação, o
    Serpro contabilizava economias significativas também
    com outros itens, além daqueles referentes à não
    aquisição de licenças.

    Em sua resposta a Veja, por escrito, o Serpro informou
    que, desde o início da migração para software livre,
    economizou R$ 14,8 milhões. O investimento em
    treinamento, consultoria e suporte para software livre
    foi de R$ 396 mil. Como resultado final, o Serpro
    (leia-se governo) economizou R$ 14,4 milhões.
    Esclareceu também que, de 2001 a 2005, abriu vagas em
    concurso para 2.333 profissionais.

    Surpreende, na matéria publicada, a ausência dos
    números fornecidos pelo Serpro, o que não seria
    problema, uma vez que cada matéria jornalística é
    sempre um recorte que não esgota o assunto em foco.
    Entretanto, as informações publicadas sobre o
    “resultado tão ruim” da tentativa de migração do
    ComprasNet e do programa do imposto de renda são
    inverídicas e, portanto, tendenciosas (ver texto
    abaixo).

    Por outro lado, os dados de economia e investimentos
    com a implantação do software livre precisam ser
    olhados de forma focada, sim, mas precisam também ser
    contabilizados de forma global. Ao ser informado de
    que a economia do Serpro com o software livre ia muito
    além da migração de desktops, o jornalista mostrou-se
    desinteressado, afirmando não necessitar de outros
    dados.

    É lícito ao Serpro deduzir que na apuração da matéria
    interessava apenas cruzar as informações de número de
    desktops migrados versus número de novos técnicos
    admitidos pelo Serpro, para sustentar uma hipótese que
    o jornalista (ou a revista Veja) já havia formulado,
    de que “a migração para o software livre custou caro
    para os cofres públicos”. Esta tese também não se
    sustenta, neste caso, porque os técnicos admitidos
    pelo Serpro atuam em várias áreas da Empresa, não
    apenas nos projetos de software livre.

    Cabe esclarecer também que, na condição de prestador
    de serviços à administração pública federal, as
    plataformas e tecnologias adotadas pelo Serpro
    dependem de negociação prévia com os órgãos
    contratadores. O Serpro não impõe plataformas aos seus
    clientes. Produtos e soluções dos mais diversos
    fornecedores convivem dentro do Serpro, todas
    adquiridas por pregão eletrônico e dentro das
    exigências da Lei de Licitações.

    Por sentir-se agredido em sua imagem e por concluir
    que a matéria é tendenciosa ao ignorar as vantagens e
    benefícios reais advindos da adoção de software livre,
    o Serpro é signatário, junto com a Secretaria de
    Logística do Ministério do Planejamento e com o
    Instituto Nacional de Tecnologia da Informação – ITI,
    da correspondência abaixo, enviada à redação da
    revista Veja no dia 17 de maio/2006.
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  2. De fato, é bem claro no decorrer das discussões, a flagrante tendenciosidade de Veja. Mas como te disse, não leio e não acredito em Veja.
    Acho que ela já tem definidas as pautas e capas de suas edições até o final do ano. Mesmo que a história mude.
    E ela muda.

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