sábado, 16 de dezembro de 2006

Profecia

Com essa agora do espetacular auto-aumento dos parlamentares é bom relembrar o mestre Millôr Fernandes: "Brasil, país do faturo"!

6 comentários:

  1. Millôr é genial. O "Brasil, país do faturo" remete ao livro do escritor Stephan Zweig - Brasil, país do futuro.
    Zweig, judeu austríaco, fugindo do nazismo, terminou se suicidando, junto com a mulher, em Petrópolis em 1942.

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  2. É um trocadilho do mestre. E nós ainda esperamos o "futuro".
    Zweig escreveu, também, várias biografia de famosos, nobres, etc.

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  3. É um trocadilho do mestre. E nós ainda esperamos o "futuro".
    Zweig escreveu, também, várias biografia de famosos, nobres, etc.

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  4. Puxa! Mesmo prevendo o futuro, Zweig não quiz saber do seu.

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  5. Stephan Zweig foi um escritor muito famoso na época dele. Publicou romances, biografias, peças teatrais, que somam uma obra extensa e na maior parte esgotada.
    Além de escritor, Zweig foi um refinadíssimo bibliófilo. Nascido em uma família austríaca riquíssima, de industriais, é um legítimo representante da aristocracia vienense que deu expoentes como Freud e Wittgenstein, por exemplo.
    Homem de sua época, Zweig traduzia elegância, charme, cultura e sobretudo um profundo humanismo. Vendia como água o livros que publicava com uma fertilidade impressionante.
    Sua tragédia em parte resulta desse embate entre os valores de um mundo que se extinguia, a semelhança do que retratou Fellini em La Nave Va, e o advento de ideologias violentas e opostas, que reescreviam as fronteiras da Europa: o comunismo da revolução russa e a reação de ultra-direita do nacional-socialismo alemão, que nos levou a escrever uma das páginas mais sangrentas da Humanidade, a Segunda Guerra Mundial.
    Já velho e cansado buscou o Brasil como último refúgio das atrocidades nazistas que varriam a Europa que tanto amava. Editou então sua obra em português pela Guanabara Koogan, sendo inédito o volume em que interpretava o Brasil e ao mesmo tempo o idealizava para o futuro - "Brasil, país do futuro".
    Cogita-se que a instalação do Estado Novo e os sinais de aproximação de Vargas com a Alemanha hitlerista, esgotaram o espírito de Zweig, levando-o a praticar o duplo suícídio com a esposa (alías o que era comum entre aristocratas austríacos da belle epoque).
    Albert Dines escreveu Morte no Paraíso, livro em que ele biografa Zweig em seu momento existencial mais doloroso até o desfecho final.

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  6. Com esses nossos deputados, senadores nem pensar, só se matando!

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