Quando falamos em turismo na América do Sul e Caribe, é inevitável tratarmos de Cuba. Esse case de sucesso certamente requer de quem estuda projetos turísticos a atenção devida. Mas, não exatamente por razões de turismo escrevo esse post. Trata ele de como essa encantadora ilha tem chamado de longa data a nossa atenção. Transcrevo-lhes o poema À ilha de Cuba, do amazonense (ou paraense honorário como prefere Olga Savary), Paulino de Brito. Foi escrito nos idos 1895 e publicado em 1900, no livro Cantos Amazônicos:
Cinge-se o mar em que tu brilhas
de aterrador, rubro clarão!
Perola excelsa das Antilhas,
já não és perola, és volcão!
Lavas de fogo e dynamite,
rios de sangue a se escoar!
Que a combustão voraz crepite,
Phenix da cinza ha de voar.
Da nobre Hespanha a heroicidade
vê sua estrella esmorecer...
Queres vencer a Liberdade?
Tens o Impossível que vencer.
Berço do Cid e de Pelayo!
em muitos sec'los de opressão,
ah! tambem tu vibraste o raio
que Cuba agora tem na mão!
Salve, Criolla, altiva e bella,
que estrangulando ufana vaes
os leões temidos de Castella
entre os teus braços virginaes!
Urrah! - por ti! Viva a revolta!
Cante o clarim, fale o canhão!
Teu pavilhão aos ares solta!
Já foste escrava, hoje és Nação!
Curioso é que o Autor insere, no rodapé, referência ao último verso, em que diz premonitoriamente o seguinte:
Sahio das garras do Leão Iberico para cahir nas da Aguia Americana ... Ironia do destino! ...
Hey, flanadores, que tal contar um pouco de José Martí, quanto às garras que nos agarram!
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