Boing Boing, um dos meus blogs preferidos, traz um post hoje levantando a possibilidade de que "sabotagem interna" impediu a Microsoft the desenvolver plenamente o potencial dos Tablet PCs, deixando aberta uma brecha enorme para a Apple e seu novo iPad.
De acordo com o site, o vice presidente da Microsoft responsável pelo MS Office recusou-se a desenvolver uma versão do programa que trabalhasse bem (e especificamente) com os Tablet PCs, na prática matando todas as chances do produto "pegar"...
Desculpa, mas não encaro dessa forma simplesmente porque não se trata de um caso isolado. O problema em questão é apenas um dos muitos que acontecem diariamente dentro de empresas que se tornaram gigantes e lerdas como a MS.
ResponderExcluirA IBM já vivenciou problemas semelhantes e precisou se reinventar, abrindo mão inclusive de divisões inteiras (como a fabricação de hardware, transferida para a chinesa Lenovo). Em absoluto a tal "sabotagem" pode servir de desculpas para o fato do Tablet PC não haver decolado.
Para finalizar, existem dois
Portanto acho forte demais o termo "sabotagem". Acredito que o problema está relacionado com o tamanho da empresa (problemas de gestão) e em segunda medida com o modelo de inovação adotado.
ResponderExcluirÉ sabido que a Microsoft sempre adotou como prática jamais inaugurar novos mercados.
A empresa sob o comando de Bill Gates, e hoje sob a batuta atabalhoada do Steve Ballmer, praticamente só ingressa em mercados promissores e previamente explorados. Faz muito bem isso através de aquisições de produtos e de novas companhias. Essa é inclusive uma prática muito comum na indústria.
Digno de nota é o fato de que a máquina de marketing da gigante sempre atuou de maneira muito eficiente para não deixar que a maioria das pessoas percebesse a Microsoft como outra empresa qualquer, nem mais, nem menos inovadora que a maioria. Apenas mais determinada e predatória.
... para encerrar, a mudança profunda das regras do jogo (popularização da Internet e em consequencia disso o amadurecimento do software open source/livre) contribuiram para o crescimento da frequência com que ocorrem inovações disruptivas (conceito introduzido por Clayton Christesen, acadêmico da Harvard Business School). Nesse cenário o modelo de inovação sustentada (aprimoramento constante de produtos e serviços), adotado pela Microsoft, parece já não ser suficiente para enfrentar os desafios impostos pela reinvenção frenética dos mercados.
ResponderExcluirEm cenários como esse (crise ou mudança) o pior é ficar parado, porém devido a gordas margens de lucro e ao monopólio do mercado de sistemas operacionais é exatamente isso que a MS se vê obrigada a fazer.
Então resta ao pessoal da marketing a tarefa de plantar justificativas para um fracassou atrás do outro. Ou ainda, inventar algo que desvie a atenção para o fato de que não há muito o que fazer.