quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Mar de Cortez: prólogo


Imagem: Scylla Lage Neto

Poucos programas televisivos marcaram tanto a minha infância/adolescência quanto o do cineasta e oceanógrafo francês Jacques Cousteau. Suas reportagens sobre lugares misteriosos e distantes impregnaram minha ávida imaginação por anos, especialmente uma série sobre um certo Mar de Cortez, repetida talvez de forma exaustiva pela Rede Globo.
O dito mar, na verdade o mesmo Golfo da Califórnia, era definido pelo explorador como o "maior e mais bonito aquário do mundo", um lugar mágico onde as baleias corcundas (a nossa jubarte - Megaptera novaeangliae) vinham procriar, fugindo do atroz inverno ártico.
Fixei a idéia de que um dia eu visitaria o Mar de Cortez, mergulharia nas suas águas ricas de vida, me integrando ao seu puro ambiente marinho.
Anos e décadas se passaram, e aquele garoto sonhador perdeu o fio deste sonho, chegando ao absurdo de esquecê-lo por completo.
Por uma ironia da vida, a busca de um destino alternativo para uns dias de férias me levou de volta ao Mar de Cortez, especificamente através de uma reportagem sobre o hoje badalado destino turístico conhecido como Los Cabos (faixa litorânea de 40 km de extensão, compreendida entre os municípios mexicanos de San José del Cabo e Cabo San Lucas). E de forma compulsiva passei a mergulhar de cabeça na missão de ir o mais rápido possível para lá, resgatando antigas memórias de um garoto gordinho e sonhador, ainda vivo no velho corpanzil.
Quero compartilhar esta experiência mágica com vocês, aqui no Flanar, num punhado de postagens sobre o Mar de Cortez e o deserto que existe entre os oceanos.


Imagem: Scylla Lage Neto

8 comentários:

  1. Que bela aventura Scylla! Mande as fotos e divirta-se muito por aí! Abraços em todos os integrantes da expedição...

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  2. Obrigado, Marise!
    As fotos e os relatos virão em breve.
    Abs.

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  3. Não sou muito de expedições como essa, mas sem dúvida o local é maravilhoso. Fico espantado de nunca ter me dado conta de sua existência. Conte para nós tudo o que vir!
    Abs

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  4. Edyr, na verdade a expedição foi uma espécie de "call of the wild, pero no mucho".
    Já passei da fase de desconforto e adoro uma mordomiazinha...
    Rssss.
    Um abraço.

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  5. Lindo!

    Ps.: Desculpe-me não poder comentar mais, Scylla, mas a foto do mar, ali, é linda.

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  6. Depois dos 35 ans, quem nao gosta de uma mordomia? Tem que estar velho ou masoca demais para nao gostar de mordomia...
    Linda a 2a foto. Sao pegadas na areia?

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  7. Sim, Silvina, são pegadas encontradas ao acaso, diante do indiferente Mar de Cortez.
    E adorei o termo "masoca".
    Supermudernu!

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