O mais popular e afamado ex-presidente da história deste país pressionar um ministro do Supremo Tribunal Federal para adiar o julgamento do "caso mensalão" seria, de fato, um escândalo passível de obter toda a repercussão que está tendo. Seria uma absurda subversão de qualquer lógica democrática e das mais comezinhas regras éticas. Meto minha colher.
Se a acusação é verdadeira ou não, ignoro. Admito, contudo, que não confio em Lula tanto assim, a ponto de me surpreender se amanhã ficar provada a veracidade do fato. O enredamento de Lula com os altos esquemas de corrupção durante seu governo, que envolveram até seu filho, são um nó que jamais saiu de minha garganta. E confio menos ainda em Nelson Jobim. Ocorre que confio ainda menos em Gilmar Mendes, para mim uma obscura personagem da República, cujo currículo foi lembrado pelo colega Joaquim Barbosa, que o chamou de "coronel".
E fundamentar uma informação com base na Veja, então? Faz-me rir.
Mas o que botou um sorriso nos meus lábios (não de alegria, mas de condescendência) são as análises jurídicas que a imprensa comum e blogueiros têm feito sobre o caso, mormente as que tocam a minha área de trabalho (naturalmente, não me refiro a nossa querida Marise Morbach, que já opinou sobre o tema aqui no Flanar, mas a umas aloprações que li por aí desde ontem). Estão acusando Lula de uns crimes que, faça-me o favor, não têm nada a ver. Mas brasileiro gosta mesmo é de um achincalhe, então vamos continuar bradando.
Pior mesmo é bradar contra moinhos de vento, já que dessa história, antecipadamente podemos dizer, não sairá consequência prática alguma.
Obrigado pelo querida Yúdice! Não podemos nos dispersar,rsrsrs. Ainda mais por gente desse quilate...abs!
ResponderExcluirCom certeza, Marise! Outro abraço.
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