Miss tempestade não tem tempo
O cinza avança sobre o azul
Hieróglifos elétricos riscam o céu.
Escreva, miss Tempestade
Que esse dia branco é seu
Despenque sobre esse vazio
Preencha o silêncio de Deus
Escreva, Miss Tempestade
Não contemporize a sua intensidade
Dói em mim uma dor estranha e não há osso músculo nervo
Que me diga seu nome
Dor assim eu carrego com calma
Sem medalhas gazes anestesia
Àlibi algum alivia minha alma
Dor assim eu carrego com charme
Doendo mais que a lâmina dos dias
Ter a alma durando no tempo
Durando como duram as dunas
As dores levadas pelo tempo
Nenhuma dor durando inteira
Como as pedras duras
um dia acordam dunas
Ricardo Corona, poeta paranaense
Uau! Que dor no peito....
ResponderExcluirBonitissimo.
Roger, me pareceu cirúrgico o corte que ele deu nesta dor; fica cá com os meus botões pensando como vai cicatrizar. Bonito.
ResponderExcluir"Doendo mais que a lâmina dos dias"... realmente parece um corte. Mas existem dores que só curam com a lâmina do cirurgião. Se ele respeitar os planos dos tecidos, vai cicatrizar com tranquilidade. Nem se avexe.
ResponderExcluirÉ um poema musicado pelo excelente Vitor Ramil. Pode ser escutado em ZULUSA, último cd de Patrícia Bastos, que na voz, é o elixir para anestesiar as almas doídas. Qualquer hora falo desse cd por aqui.
ResponderExcluirSilvina, dor assim a gente cuida com elixires de poesia na "veia da aorta". Sara logo... rsrs.
ResponderExcluirBela
ResponderExcluirForte!
ResponderExcluirMuito forte!
Bela e forte
ResponderExcluircomo as tempestades do norte.