Toda migração requer tempo de adaptação. É a justificativa para a ausência forçada dos especiais musicais que este que vos fala informa para o hiato não proposital.Retomamos os trabalhos, com aquela sensação "de meio caminho percorrido e sempre aprendendo" à uma nova plataforma de hardware e, claro, de softwares.
A solução para Aplle que melhor me satisfez foi uma dica de nosso editor Carlos Barretto.
Por US$ 61,99 adquiri a licença, válida para três máquinas.
Resolvido o impedimento, passo a seguir minhas impressões sobre a banda: Decemberists.
Se disser que Colin Meloy, o vocalista, é um excelente poeta, não lhe farei justiça; se disser que o grupo que lidera – por assim dizer – é umas das mais originais bandas americanas dos últimos tempos, estarei a falhar por escassez. É mais, muito mais do que isso. The Decemberists são um grupo, a muitos títulos, excepcional. Talvez um dos segredos deste agrupamento passe pelo fato de Meloy ser também um excelente escritor (além dos poemas que canta, licenciou-se em Escrita Criativa e publicou um livro sobre a banda The Replacements) e pela sábia diversidade de registos que as suas músicas incorporam. A sua passagem pelo folk inspirou algumas das sonoridades da banda e ajudou a harmonizar o lado mais cru do seu rock. As anteriores experiências musicais do vocalista permitiram ainda ao grupo um harmônico e surpreendente uso de armamento convencional, como guitarras, baixo e bateria, e não-convencional, como o acordeão, a escaleta ou o contrabaixo.
A estreia dos The Decemberists aconteceu em 2002, com Castaways and Cutouts, o álbum em questão. O nome do grupo poderá ter decorrido da História (a revolta oitocentista de Dezembro, na Rússia) ou do tom persistentemente melancólico (mas, estranhamente, irônico) das suas músicas. Formaram-se em Portland, no estado de Oregon (EUA). Talvez a sua localização ajude a perceber que a América surge nas suas músicas e como, curiosamente, as suas palavras e sons são do mais cosmopolita que se pode encontrar. Aliás, é comum associar o grupo a uma das suas facetas dominantes: o vocabulário elaborado dos poemas (recuso-me a falar de «letras», aqui) de Meloy, juntamente com as suas referências literárias e os temas que perpassam nas suas músicas. Vagabundos; mães que se prostituem para alimentarem os filhos; amantes que morrem e vagueiam, fantasmas, nos campos do Interland ianque e nos campos devastados das músicas dos The Decemberists; marinheiros e violadores; trapezistas; artistas – o zoo humano que somos.
A estreia dos The Decemberists aconteceu em 2002, com Castaways and Cutouts, o álbum em questão. O nome do grupo poderá ter decorrido da História (a revolta oitocentista de Dezembro, na Rússia) ou do tom persistentemente melancólico (mas, estranhamente, irônico) das suas músicas. Formaram-se em Portland, no estado de Oregon (EUA). Talvez a sua localização ajude a perceber que a América surge nas suas músicas e como, curiosamente, as suas palavras e sons são do mais cosmopolita que se pode encontrar. Aliás, é comum associar o grupo a uma das suas facetas dominantes: o vocabulário elaborado dos poemas (recuso-me a falar de «letras», aqui) de Meloy, juntamente com as suas referências literárias e os temas que perpassam nas suas músicas. Vagabundos; mães que se prostituem para alimentarem os filhos; amantes que morrem e vagueiam, fantasmas, nos campos do Interland ianque e nos campos devastados das músicas dos The Decemberists; marinheiros e violadores; trapezistas; artistas – o zoo humano que somos.
Se tivesse (se me apontassem a inviável arma à cabeça) de dar estrelas a qualquer disco da banda, atribuir-lhes-ia o céu das estrelas e esqueceria que a Terra gira em torno do Sol, e não o contrário.
Ouçam Castaways and Cutouts clicando no link abaixo.
Sensacional!
ResponderExcluirFalta você fazer uma avaliação deste software, em comparação ao que vc utilizava anteriormente.
Rssss
Faça um "hands on"!
Abs
Ok Carlos, mas, ainda estou avaliando os recursos.
ResponderExcluirO da pré-escuta, por exemplo, ainda não funcionou a contento.
Já mandei um e-mail para a fábrica com 11 questionamentos.
Aguardo orientação que o manual do programa não disponibiliza.
E vamos em frente.
P.S.: Até hoje o magic mouse que comprei na Aplle Store não deu as caras! Tá bom pra você?! Vão-se 18 dias. Uma vergonha.
Animal, Val!
ResponderExcluirOnce again, thank ya!!!
Otima escolha, Val-André. Eu adoro os Decemberists, além de gostar do fato deles serem do Oregon (como o Pink Martini), terra onde morei por muitos anos.
ResponderExcluirVc já ouviu o CD "Colin Meloy Sings Morrissey"? São seis musicas do Morrissey (Smiths) cantadas por Meloy.
A voz dele me lembra muito a do Julian Casablancas, lead vocal dos "Strokes", que tb está lançando carreira solo.
Vou correndo na Fnac comprá-lo Raul.
ResponderExcluirEstou curiosíssimo para ouvir e tentar desvandar, por que Meloy presta um tributo à Morrissey, outro artista que estou devendo um especial, visto que tenho absolutamente tudo dele e do The Smiths.
Gosto, ainda, da crueza dos Strokes e, igualmente fico curioso para saber como virá esse primeiro solo do Casablancas.
Há um brasileiro na banda, náo é mesmo Raul?
Obrigado pelas dicas.
Essa, definitivamente, é a minha praia com água de côco.
Scylla,
ResponderExcluirAC/DC ou The Smiths? Ou Morrissey?
No intervalo, amanhã publico um set de house e de trance para testar o novo software.
Val, eu gosto dos 3. Mas um pouco de metal acelera a segunda, não é mesmo?
ResponderExcluirAbs.
Smiths and Morrissey, claro!!!
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