quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

A estrela no fim

Do comentarista Lafayette, citando Mário Quintana, no post Um assunto delicado I, de Val-André Mutran.

INSCRIÇÃO PARA UM PORTÃO DE CEMITÉRIO

Na mesma pedra se encontram,
Conforme o povo traduz,
Quando se nasce - uma estrela,
Quando se morre - uma cruz.
Mas quantos que aqui repousam
Hão de emendar-nos assim:
"Ponham-me a cruz no princípio...
E a luz da estrela no fim!"

Mario Quintana - A Cor do Invisível

2 comentários:

  1. Ôpa, obrigado pela ribaltada (calma, Yúdice, olha a pressão! rsrs) do Mario. Mario me encanta. Não esgoto sua leitura e releitura.

    Tenho a obra completa. Já a li e reli.

    Muitas coisas ainda não consegui entender, e nem sei se terei tempo e experiência para tanto. Vai que a morte chegue antes... e, como ele disse: "A morte não melhora ninguém.". Mestre!

    Aliás, Barreto, Mario não é Mário. Não tem acento. E ele, no começo, ficava um pouco emputessido com isso, mas, depois, relaxou e até se divertia.

    O "Mario sem acento" me fez criar um poeminha, tempos atrás, que ousarei a tirar da caixa particular, em primeira mão, para o amigo:

    BENDITO ESCRIVÃO

    "Mário não é Mario
    Como Mário, não
    É Mario.

    Sem acento pois
    Se acento tivesse
    Não seria Mario
    É Mário.

    Sem assento fica
    Assim, em pé
    Com acento
    Fica assim com pê de puto

    E, se assento quisesse
    Procuraria o da praça
    Onde o passarinho
    Como previsto
    E com acerto
    Passará."

    Ontem, o Paulo do Espaço Aberto, postou uma foto e uma frase do Quintana, com Mário. Mandei um email pra ele sobre a não acentuação, e ele consertou.

    E não é que lá um anônimo (sempre eles) ousou a atacar, banalmente, a poesia do Mario. Tô "travando" uma luta, cutucando só no fígado! réréréré

    http://blogdoespacoaberto.blogspot.com/2010/01/o-que-ele-disse_06.html

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