terça-feira, 3 de outubro de 2006

Avançam as investigações

Leitor anônimo deste blog, gentilmente encaminhou informações referenciadas a respeito do assunto a qual publicamos a seguir:

O Estadão informa que possivelmente o choque do Legacy atingiu a cauda do aviao da Gol. Isto altera toda a estabilidade do aviao, que mergulha de bico e termina se espatifando emborcado, tal qual mostram as fotos.
O Estadao tambem informa que o Legacy mudou de rota e foi informado para que corrigisse a rota pelo CINDACTA-1. Simplesmente nao respondeu.
Quanto ao equipamento que o piloto pode desligar por vontade e uma possibilidade que a caixa preta podera informar.
Enfim, tudo sugere que esse tipo de acidente nao tem causa unica.
Existe tambem a possibilidade de alguma parte do Legacy ter sido sugada pela turbina do Boeing, que explodiu, piorando ainda mais o quadro da instabilidade mecânica que se instalou no aviao da Gol.

Não sou aviador nem especialista no assunto. Meu conhecimento a respeito advém de uma antiga paixão por aviação. Pediria inclusive que se houvesse algum aviador "na escuta" (QAP) que comentasse livremente sobre o assunto. Portanto, arrisco-me em comentar o seguinte:
De fato, a se confirmarem as informações acima, as coisas começam a fazer algum sentido.
A cauda do avião é um elemento crítico no controle de direção e altitude. Uma vez comprometida, pouca coisa os pilotos poderão fazer para elevar ou baixar o nariz da aeronave caso os profundores tenham sido atingidos.
No Japão, a cúpula de contenção (estrutura responsável por suportar a pressurização do avião em altas altitudes) da cauda de um 747 rompeu-se em pleno vôo, levando integralmente a cauda do avião, provocando situação semelhante. Os pilotos ainda conseguiram manter o avião alguns minutos no ar manobrando os manetes de aceleração da maneira a elevar ou baixar o nariz do avião, gerando subidas e descidas intermitentes por algum tempo, o suficiente para estabelecer contato com a torre e informar sobre as dificuldades. Mas tal não impediu o desfecho final, em tudo semelhante ao GOL 1907. Com a diferença que até o momento não sabemos se a tripulação do GOL 1907 chegou a manter sequer algum contato com a torre de controle declarando emergência. O que parece não ter acontecido.

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