quarta-feira, 4 de outubro de 2006

Jornalista do NYT continua sua patriotada


Joe Sharkey (Folha Online)

O Estado de São Paulo publica que Joe Sharkey, não satisfeito com o texto no mínimo precipitado que produziu no The New York Times, deu hoje entrevista ao canal de TV americano NBC pondo sob suspeita as investigações brasileiras sobre o acidente com o GOL 1907 e ainda dizendo que os pilotos do Legacy estariam "correndo algum tipo de perigo" no Brasil.
Seria mais uma "patriotada" bem americana?
Mas a Globo Online informa que a Aeronáutica prova através de registros que o jato Legacy não atendeu aos chamados de rádio antes da colisão.
Joe Sharkey não só se precipitou ao escrever sobre o assunto bem como "floreou" com tons melodramáticos sua "tragédia pessoal", que nem de longe se assemelha aquela produzida no Boeing da Gol. O título da "matéria" diz tudo:
"Colliding With Death at 37,000 Feet, and Living".
Além disto, insiste em deixar em segundo plano o principal perigo que as 155 vítimas do acidente de fato estavam correndo ao meramente cumprirem a sua rota a caminho de Brasília.
Alguém precisa dar assistência psicológica a este jornalista, claramente acometido de algo similar a famosa Síndrome de Estocolmo. Esta síndrome, apesar de estar relacionada a vítimas de sequestro que se afeiçoam a seus sequestradores, pode encontrar uma analogia no caso em foco.
Ou então é Síndrome de Patriotada mesmo. Neste caso, uma repreensão exemplar por parte do ombudsman do NYT ou mesmo de autoridades americanas, não seria inapropriado.

3 comentários:

Val-André Mutran  disse...

Sua análise está correta e o fato do colega escrever no NYT não o qualifica como o supra-sumo, exceto aquele que mascava quando era menino para curar dor de garganta.

Carlos Barretto  disse...

Hehehe. A lembrança do "Supra-sumo" foi hilária. Já nem me lembrava mais dele. Lembra das balas Kids, depois tidas como perigosas pelo risco de entalarem nas vias respiratórias das crianças? :-)

Val-André Mutran  disse...

Os gringods serão processados por imperícia e pilotagem perigosa.
Homicídio doloso contra 115 pessoas.
Penas que passarão de 100 anos. Trinta de chilhindró com vista do sol quadrado e condicional após 7 anos.
Acho pouquíssimo para esses caras.
Quanto ao jornalista do NYT, vai faturar um bom dinheiro e fama para sua Coluna.
Como o NYT já teve uma sério entrevero com Lula em razão da matéria do Lary Rotter - o correspondente do jornal aqui no Brasil-, agora o caso é diferente.
Envolve declarações e afirmações caluniosas sobre a eficácia dos mecanismos de tráfego aéreo do país.
Se eu apitasse no governo, já teria acionado o repórter e exigido um pedido formal de desculpas do jornal e do governo americano.
Como graças a Deus não apito nada e nem quero apitar, fica o recado: -Esse governo engole tudo: de Morales a Chavez, de Fidel a um simples Joe Sharkey.