terça-feira, 4 de março de 2008

De mal

Lula não tem atendido aos insistentes telefonemas do presidente Hugo Chávez, que, tanto quanto o presidente da Colômbia, deve muitas explicações sobre a responsabilidade do governo que lidera no último imbróglio militar na América Latina. Fidel, por um lado, manifestou-se corretamente quando condenou a invasão das fronteiras equatorianas pelas tropas colombianas - de fato um crime injustificável, mas corriqueiro depois de 11/9, comparável às violações de fronteira promovidas pelos nazistas alemães.
A parte o valor estratégico do elemento surpresa, errou Fidel, contudo, no contraponto, ao classificar a ação como covarde, em razão do ataque ser noturno, no momento em que o foco das FARC dormia o sono dos justos. E errou exatamente por apontar a covardia com um olho, sem retirar a trave que obscurecia a visão de outro tão qual grave, representada pelos excessos militares do exército revolucionário de Marunlanda - El Tiro Fijo, denunciados pela Anistia Internacional. Ou, agora, também vão dizer que a Anistia Internacional está à soldo de Tio Sam, tal qual disseram de Papai Noel, Mickey e Tio Patinhas?
Mas, autocrítica não é boa moeda nesse mercado de variados interesses, que se ampliam para além das fronteiras onde o confronto se desenrola; em que as certezas absolutas de uns implica na desgraça e morte de outros. Ou de outro modo, como registrado por James Ellroy ("Meus Lugares Escuros" e "Dália Negra") : quem são esses homens que se alimentam de outros?

Um comentário:

morenocris disse...

Se fosse só ele(Lula)...rsrs

Beijinhos.
Bom dia.
Saudades.