Sabe aquela coisa de menos ser mais? Um evento grevista de menor envergadura pode ser muito mais prejudicial do que uma greve geral. Refiro-me à suspensão dos trabalhos na empresa Belém-Rio - concessionária de linhas que operam no Satélite, Cabanagem, Marambaia e Ceasa (regiões que nem sequer são contíguas) -, que começou às quatro da madrugada de hoje.
Tratando-se de um serviço essencial, a greve deve ser comunicada previamente, para que a população tome conhecimento e se prepare. Além do mais, há a necessidade de assegurar um percentual de coletivos nas ruas. Mas quando o movimento é reduzido a esta ou aquela empresa, isso nunca acontece, pegando o cidadão de calças curtas, sem a menor ideia de que o transporte não chegará. Como tal serviço em Belém é péssimo o ano inteiro, o pobre usuário vai demorar a entender que a enorme demora pelo ônibus já excedeu à demora de todos os dias. Quando o motivo vier à tona, o estrago estará feito.
Situações como essa poderiam ser mitigadas por ações fiscalizatórias e intervenções do poder público. Mas isso num mundo perfeito, claro. Inútil esperar por isso, ainda mais sabendo qual o poder concedente do serviço à iniciativa privada.
Enquanto isso, alguém paga a fatura. Sabemos quem.
Nenhum comentário:
Postar um comentário