sábado, 24 de abril de 2010

Schaefner Morre: Junto Alguns Segredos Hediondos

A ditadura chilena (1973-90) do general Pinochet foi uma das mais sanguinárias da história da América Latina. Evidências demonstram que o golpe militar que depos e assassinou o médico e presidente constitucional Salvador Allende teve assessoria direta dos golpistas brasileiros de 1964. É famosa a afirmação ouvida na época da boca de autoridades brasileiras: A receita do bolo está pronta, vamos repetí-la.
Nesta semana um dos mais sinceros colaboradores da ditadura chilena desceu aos infernos, entregando a alma por causas naturais. Trata-se do nazista alemão Paul Schaefer (88 anos), que estava cumprindo pena por seus crimes hediondos num presídio chileno.
Schaefer coordenou a Colonia Dignidad, uma propriedade rural de 17 mil hectares, localizada a cerca de 343 km ao sul de Santiago. Nesse lugar funcionava um centro de torturas tanto para presos políticos quanto para seus familiares e até colonos locais. Os processo judiciais revelam que ali as crianças depois de serem separadas de seus pais eram submetidas a abusos sexuais.
Com a queda do regime criminoso de Pinochet, Schaefer foi se esconder na Argentina e ali foi capturado e devolvido ao governo chileno para responder por seus crimes. Condenado, desde 2006 cumpria pena por crimes de homicídio qualificado, tortura, abuso sexual e infração a Lei de Controle de Armas.

3 comentários:

Anônimo disse...

O monstro nazista do Chile morreu na prisão. Enquanto isso, no Brasil, os monstros não só estão soltos como são promovidos, os defensores da tortura são escolhidos para o tribunal superior militar e o ministro da defesa se horroriza quando se pede justiça. Até quando?

Yúdice Andrade disse...

Pior ainda (sempre pode ficar pior), na consciência de significativa parcela da população brasileira, os nossos monstros não são punidos porque não merecem, já que foram herois, impedindo que o país caísse nas mãos do comunismo.
Parece até enredo de cinema. Mas o horror é que é real.

Anônimo disse...

Esperar o que de um ministro civil que adora se fantasiar *literalmente* de general, sem nunca ter sido?