sexta-feira, 21 de abril de 2006

Histórias do "Chapéu Amarelo"

O Diário do Pará de hoje, em matéria de capa, com grande destaque, faz justiça a situação absolutamente ímpar da chuva de ontem, agravada pela hora do rush de véspera de feriado prolongado e pela absoluta ausência dos agentes de trânsito da CTBel. E não adianta dizer que é perseguição deste jronal ao "alcaide" da cidade que se mostra a cada dia inepto e incapaz do cargo que ocupa. Quem viveu a situação e esteve no meio do pânico, viu em alguns momentos os motoristas saindo dos carros, dignamente tentando ordenar o trânsito, na absoluta ausência da CTBEL. E viu alguns não tão dignos, perdendo a paciencia e partindo para atos violentos. Triste porém compreensível.
Pelo amor de Deus! Onde está este prefeito? Será que podemos discutir seu "impeachment" também? Ou será que teremos que recorrer aos Batalhões de Engenharia das Forças Armadas para abrir trincheiras, construir pontes e salvar a cidadania dos belenenses?
Nunca esquecerei a presença de espírito do prefeito Rudolph Giullianni em Nova Iorque durante a catástrofe de 11 de setembro nos EUA, atuando pessoalmente no local do terrível evento. Guardadas as devidas proporções, no mínimo, o prefeito local poderia ter tomado as providências básicas, certamente suportadas pelo nosso IPTU, no sentido de ao menos mobilizar a CTBEL para os locais onde qualquer cidadão sabe, que sofrem terrivelmente sempre que chove em Belém. No mínimo. Dispensaria a sua presença naquele local. Seria mesmo mais um desgosto.
Mais importante contudo, para o prefeito, é gastar o IPTU construindo aquele portal de Mosqueiro, de gosto duvidoso, fazendo alusão ao real potencial turístico da ilha, com símbolos imitados da região sul do país. Típico sinal de colonialismo para não dizer "simplismo". Ou caro agradecimento aos votos dos moradores da ilha, irritados com a inércia do alcaide anterior na manutenção de suas vias públicas.
Do que o prefeito se esconde? Do provável corretivo que ensandecidos cidadãos possam lhe aplicar em via pública? Este seria um temor igualmente compreensível, se de fato existisse. Afinal, existe a possibilidade que ele de fato nada tema achando que com seu discurso falacioso pode perfeitamente conseguir algum título eletivo a mais na sua já triste biografia. Com a cara de mogno, é claro. Ou será que teremos que aguentar por mais 4 anos os "chapéus amarelos"? Desde já, símbolos da inércia, da incompetencia (da qual tanto ele se queixou durante a campanha). Mas para uma biografia forjada, nem sempre o futuro se pode forjar da mesma maneira.
Deve estar aprendendo agora o "chapéu amarelo", que administrar com poucos recursos a antiga metrópole da amazônia, significa estipular prioridades para o cidadão. E numa cidade que afunda e desanda toda vez que chove (e aqui chove muito), não vejo o turismo como prioridade. Mas para quem tem olho em obras eleitoreiras, às favas as reais prioridades.
Não é verdade senhor "chapéu amarelo"?

3 comentários:

Anônimo disse...

É melhor morar em Gotham City. Ao menos lá tem o Batman para ordenar a cidade e por os canalhas na cadeia.

Anônimo disse...

Por que Dudu não apareceu para ajudar o cidadão durante a enchete?

1- Estava em Brasília.
2- Estava com a namorada.
3- Não estava nem aí!

Carlos Barretto  disse...

Alternativa 4 - Estava pensando e articulando as "desculpas amarelas" para o dia seguinte.
O que chega bem perto da alternativa 3.