Esta é questão para o nosso querido Juvêncio, acostumado ao métier, responder: o que dizer das imensas reportagens de quase meia página que o governo do Estado mandou publicar, hoje, no Diário do Pará? Precisavam ser tão grandes e, por conseqüência, tão caras, se o mesmo texto poderia ser publicado com destaque em menores dimensões?
Meu questionamento vai mais além: o poder público dispõe de recursos para gastar com publicidade estritamente institucional, que é aquela que raramente vemos. Em 99,9% dos casos, a publicidade se presta à promoção pessoal do titular do Executivo, de seus apaniguados prediletos ou do partido ora no poder. A meu sentir, as tais peças de hoje são isso: promoção do governo e não das suas missões institucionais, que é o que invariavelmente acontece quando o texto é tão subjetivo, valorativo e panfletário. Note-se que ele não privilegia dados factuais ou estatísticos, e sim apresenta discurso, carta de intenções ou apreciações subjetivas do próprio desempenho.
Ficaria feliz com uma análise mais técnica. De minha parte, gostaria de poder receber o meu dinheiro de volta.
5 comentários:
Você tem total razão: os anúncios são um disperdício do dinheiro público. Não serve pra nada de nadinha, a não ser encher os bolsos dos Barbalho, donos do Jornal Diário do Pará. Não informa, não homenageia - se essa era uma das razões , em homenagem ao dia da mulher que foi ontem, sábado; tem um texto grande, desnecessário e chato, contrariando todas as premissas - por menores que sejam, quanto a uma mensagem publcitária.E uma ilustração terrível:um par de algemas. Fiquei, como cidadão, chocado e estarrecido com essa comunicação do governo do Estado. Mas tem a assinatura de uma agência, a Vanguarda, que se apresenta como tal e é a preferida dos petistas.
Faça um teste: force uma pessoa a ler e depois pergunte o que ficou como mensagem ?
Pedro Paulo
Caro Pedro Paulo, eu nem tinha pensado por esse lado que mencionas: o que fica da mensagem após lê-la toda? De fato, não creio que fique nada.
Ao anônimo que pediu para publicar uma carta "censurada" em outro blog:
Sem questionar os motivos que você tenha para protestar, não vejo o menor sentido em publicar o seu desabafo neste blog, cujos seis titulares não têm, que me conste, qualquer relação com a pessoa que você deseja criticar. Eu pelo menos não tenho. E com certeza o Flanar não foi criado para suprir dificuldades de comunicação em outros locais.
Além do mais, não faço a menor idéia se o seu desabafo lê este blog. Se não lê, ficaria aqui um protesto inútil, que não chega a seu destinatário. Outrossim, não há porque se surpreender que ele "censure" sua carta. Um blog é um local de certo modo privado. Eu não publico ofensas e ninguém, muito menos a mim mesmo.
Finalmente, seu texto é claramente ofensivo e eu seria irracional se comprasse uma briga que desconheço, chamando a mim a responsabilidade, inclusive penal, pelo excesso de linguagem empregado.
Espero que compreenda que seu pedido não corresponde às finalidades deste blog e nem seria no meu, individual.
Valor estimado dos três anúncios desnecessários do Governo do estado publicados na edição de domingo do jornal Diário do Pará:
- R$ 225.000,00. Isso mesmo, 225 mil reais. Consulte a tabela de preços do jornal que você vai se espantar com o preço que os caras cobram para anúncios do Governo Estado.
Não é muita grana pra quase nada. Ou melhor, pra nada mesmo.
Carlos Silva
Olá, Yúdice.
Só vi o anúncio referente a Segurança Cidadã - salvo engano um qarto de página - e não me pareceu despropositado em suas dimensões.
Não considero qua tenha havido desvio de finalidade institucional na peça,que eforça a atenção da opinião pública para uma bem sucedida e inpedita ação da puliça, o que é parte da missão da comunicação oficial. Pessoalmente, também comemoraria a Operação Navalha na Carne, e a usaria como exemplo de uma novidade ocorrida no âmbito daquela secretaria, devastada nos governos anteriores.
Quanto ao par de algemas considero-o uma visão extremamente agradável para quem precisa de segurança.
Pedro Paulo tem razão, entretanto, ao afirmar que a folha barbalhuda tem cobrado tabela cheia para o governo do Pará, o que é inaceitável.
Porque o maior anunciante da praça não tem desconto?
Abs, professor Yúdice.
Recebo com respeito tuas ponderações, Juvêncio, por estares muito mais capacitado a essa avaliação. Todavia, continuo achando o texto mais panfletário do que informativo. E a questão do preço é de doer, considerando os valores mencionados pelo Carlos Silva.
Eu realmente acho que as despesas dos governos, quaisquer que sejam, deveriam ser drasticamente reduzidas. Não consigo aceitar que certas cifras sejam gastas, quando temos necessidades bem mais primárias e urgentes a sanar.
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