terça-feira, 21 de outubro de 2008

Confusão de Valores

O Diário do Pará dá o nome, filiação e endereço da paraense que recebeu o coração da adolescente Eloá, sequestrada e assassinada pelo ex-namorado em São Paulo nesta semana. O que por obrigação exigiria sigilo protocolar, deixa de te-lo por erro de um boquirroto.
Afinal, desimportar das conseqüências psicológicas dessa revelação para a receptora é de menos para quem, no íntimo, calcula que, ao assim proceder, redime a si, tudo e todos da dor moral dessa tragédia... com um lucrozinho para o jornal, claro!
Razão tinham dois grandes da MPB, Noel Rosa e Tim Maia. Este por ter definido que só entre nós cafetão tem ciúme e aquele por cantar que o samba, prontidão e outras bossas, são nossas coisas, são coisas nossas...

8 comentários:

Yúdice Andrade disse...

Também me impressionei ontem, quando vi que os familiares da receptora, nossos conterrâneos, haviam dado até entrevista. Pelo visto, ninguém está se importando com a falta de sigilo. Ele pode ser dispensado, por certo, mas será que precisava ser assim tão imediato?
O fato é que a imprensa terá os seus lucros. Quem não fica emocionado de pensar que a receptora teve transplantado um novo coração bem no dia do seu aniversário? Abordagem na ferida, não?
Enfim, que seja um recomeço para ela e toda a sua família.
PS - Sabes o que mais me chamou a atenção na notícia? Que as despesas do transplante foram custeadas pelo próprio hospital. Saberias explicar o motivo dessa decisão? A Beneficência Portuguesa de São Paulo é um hospital-escola? Aliás, quanto custa um transplante de coração, em média?

Itajaí disse...

O SUS é responsável por 85% dos transplantes realizados no Brasil, por essa razão temos o maior sistema público de transplantes do mundo. É possível que a Beneficência depois apresente a conta ao Ministério da Saúde.
Os custos variam com o tipo de transplante e a unidade onde é realizado. A média do transplante de pulmão, hoje, por exemplo, fica em torno de 45 mil reais. De fígado, consultando dados de 2001, o custo médio foi de 60 mil reais.

Anônimo disse...

Haja virgula heim querido!!! Aliás, que texto mal escrito...

Yúdice Andrade disse...

Se é assim como dizes, então a reportagem falhou ao dizer que as despesas seriam assumidas pelo hospital, o que é completamente diferente de ser gratuito para o paciente, porém pago pela sociedade.
Grato pelas informações.
PS - Não vi nenhuma vírgula fora do lugar. Não se pode confundir estilo redacional com erro. Cada tipo que aparece...

Carlos Barretto  disse...

Por falar em Beneficência Portuguesa de Sampa, ela ainda é administrada pelo capo da Votorantim?

PS: estamos bem, hein! Por aqui já passaram "bastiões da moralidade", pefeletes e agora, temos uma revisora!

Hehe

Itajaí disse...

E olha que estão precisando em muito jornal por aí!

Anônimo disse...

Para a nossa revisora, só a definição de Millor para a palavra "erro", na Biblia do Caos: "tudo é erro na vida do revisor"...rsrsrs..

Abraço, Itajaí.

Itajaí disse...

Rsrsrs. Bia, nossa revisora aprendeu ao menos uma lição nesses últimos dias:
que o Flanar ainda não pendurou nenhuma tabuleta com a inscrição "precisa-se", embora sempre diga obrigado a quem tem bons modos.
Abs.