terça-feira, 25 de agosto de 2009

Ele, o cara

Enquanto a popularidade de Barack Obama despenca nos Estados Unidos por conta de problemas internos e o refluxo do poder de influência da oposição republicana, após recuperar-se da derrota eleitoral do ano passado, no exterior a imagem do presidente americano ainda é boa.

Até os habituais inimigos e detratores do Império Americano andam falando bem de Obama. Ao estilo morcego do morde-assopra, tudo bem. Mas é sintomático um elogio, ainda que breve, do comandante Fidel Castro ao presidente americano, após os anos de penúria da era Bush e de pleno bloqueio comercial.

O desafio de Obama é distensionar ainda mais as relações com Cuba e os países da América Latina que seguem a cartilha bolivariana. Mas com a montagem de bases norte-americanas na Colômbia e a má-vontade de Hugo Chávez e companhia limitada, percebe-se que tal meta ainda tem muitos obstáculos pela frente - se é que esta meta existe, de lado a lado.

Um comentário:

Itajaí disse...

Nenhum governo vil sobrevive tanto tempo tempo, cercado por inimigo dotado de tão formidável poder econômico, cultural e militar. Senão a lógica, certamente a história desde Heródoto o demonstra.
Logo, os detratores de Cuba deveriam dar uma chance às suas inteligências quando escrevessem seus libelos contra Castro e o regime cubano.
A exemplo, não enxergam que em guerra os direitos corriqueiros de informação, de ir e vir, de opinião e de imprensa são flexibilizados em nome da defesa da segurança da população, do Estado e do governo.
Mas, esta equação apenas dá certo, e só dá certo, quando o governo tem da população o apoio necessário para subsistir ao cerco militar, econômico, político e moral.
Abudam exemplos para corrobar para o bem e para o mal essa afirmação. Se reconhecessem a História, por exemplo, saberiam que só na Segunda Guerra Mundial a Inglaterra autorizou a polícia a pedir apresentação de carteira de identidade às pessoas em território de SM britânica!
Mais próximo desta geração, os detratores dos cubanos acaso fossem dignos no propósito crítico saberiam reconhecer que após o atentado do fundamentalismo islâmico contra o WTC, em 11 de setembro, o governo norte-americano flexibilizou uma série de princípos legais, ao arrepio das bases filosóficas da democracia que Washington e Lincoln ajudaram a constuir em um país que, a despeito delas, até os anos 50 linchava negros e enforcava-os em via pública sem que as autoridades locais dessem combate sério a esses crimes.
Sem contar que, nos dias atuais, são produtos do ambiente lastimável da guerra os episódios amplamente denunciados sobre as prisões de Abu-Graib, Guantânamo e sabe-se lá mais o quê, para apenas ficarmos no Iraque!
Além do mais, nós brasileiros, por exemplo, quando deixamos de cortejar o Eixo, ao entrarmos na II Guerra Mundial, expulsamos famílias alemãs e italianas do território nacional e enfiamos japoneses em campos de concentração sem direito a qualquer recurso de defesa.
Porem quando é justificado para um, a outro é negado pela circunstância. Quando se trata de Cuba tudo é negado, até mesmo o direito de resistir sob a alegação de que não é uma democracia; como se os males que seu povo tem sofrido não decorra antes das ações tomadas contra o estado cubano por seus inimigos, contrariados pelo governo de Havana haver optado pela propriedade coletiva dos meios de produção e pelo alinhamento político com a extinta URSS.
Por que será - expliquem a nós, que fomos alugados a vida inteira com essa cantilena!?
Qual é a nóia que move os detratores de Cuba, a ponto de fazê-los pensar como ainda vivessem na Guerra Fria, mergulhados exclusivamente em informações unilaterais sobre o assunto? A ponto de explicarem porque suas vistas serem as vistas de gente mumificada como Trumam e Lyndon Johson, e não tivesse Nixon ido a Pequim dizer que sim vocês são comunas, mas podemos fazer bons negócios, dando início a globalização!
Na verdade, a esses caras só falta confessar que acreditam em comunista canibal de criancinhas - mesmo quando, os milhares e milhões de crianças que morrem no mundo por mês e por ano, ontem e hoje, nada têm a ver com aqueles a quem fazem essas críticas mais que gastas, porque ancoradas a um tempo extinto que não lhes pertence.
Nenhum país é perfeito, nenhum regime é intocável, todos são produtos do fazer humano. Mas sobre a barbárie dos tempos, engendrada pelos homens contra os homens, sem a influência dos deuses de pedra ou dos departamentos de estado, deve prevalecer a razão, a honestidade e a justiça com que o homem honre a Humanidade a que pertence.