quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Ética e Parlamento

Não é só no Planalto Central que a governabilidade anda em alta.

Na planície, o Conselho de Ética da Câmara Municipal de Belém decidiu arquivar a representação que ali tramitava contra a vereadora Vanessa Vasconcelos, do PMDB.

Para quem não lembra, Vanessa foi acusada de contratar sua empregada doméstica como assessora, recebendo vencimentos que eram posteriormente repassados à patroa e seu marido.

Na época, Vanessa admitiu a nomeação, alegando que o fizera por motivos humanitários. Sua empregada Maria do Carmo Viégas, por sua vez, desmentiu a patroa, revelando, inclusive, que o marido da vereadora, o Tenente-Coronel da PM/PA Arthur Rodrigues de Moraes, tinha feito com que ela assinasse uma procuração em branco e cartões de banco, sem que ela soubesse o motivo.

A questão não acaba, porém, no Conselho da Câmara. Primeiramente porque cabe recurso ao Plenário - que dificilmente, no entanto, reformará a decisão anterior. Segundo porque o Ministério Público Estadual poderá muito bem tomar a frente do assunto e providenciar o devido Inquérito Civil, provocar o Inquérito Policial e, por fim, ajuizar as ações judiciais pertinentes.

É esperar para ver.

Um comentário:

Anônimo disse...

Pelo jeito, (quase) todos os tais "conselhos de ética" são aglomerados de coliformes fecais.
Lamentavel!