quinta-feira, 17 de junho de 2010

Beleza patológica


HIV; Luke Jerram

Aqueles que trabalham em ambiente hospitalar não raramente se deparam com situações de beleza extrema em doenças. Tal pode ocorrer no diagnóstico, na semiologia, na imagem, na evolução, nos aspectos psicosociais envolvidos e até nas medidas terapêuticas.
O neurologista inglês radicado nos E.U.A., Oliver Sacks , construiu sua carreira literária contando casos clínicos da especialidade em livros como Tempo de despertar (que virou filme de sucesso com Robin Williams), O homem que confundiu sua mulher com um chapéu e Um antropólogo em Marte, entre outros.
Pois bem a propósito, a beleza viral e bacteriana virou exposição de grande sucesso em Nova York (Infectious Beauty ; Heller Gallery; até 31 de julho), na forma de esculturas de vidro, feitas pelo artista inglês Luke Jerram.
“Monstros” que são notícia diária na mídia, como o vírus HIV, o da gripe H1N1 e da varíola ganharam mais força através da transparência das obras de Jerram, que por sinal é daltônico.
Deve ser curioso ir à exposição gripado e visualizar o próprio agente patogênico face a face.
É sempre bom conhecer o inimigo...

2 comentários:

Itajaí disse...

Scylla, vai lá no Vôo que eu postei um vídeo do Oliver Sacks, quando ele veio ao Brasil. Dá uma busca por lá.
Tú sabes que há um concurso mundial para esse tipo de fotografia?
Interessante essa do daltonismo, lembrei que meu orientador de mestrado, atual presidente do Instituto Nacional de Nanotecnologia, é daltônico.

Scylla Lage Neto disse...

Valeu, Itajaí, vou checar o vídeo.
Quanto ao Daltonismo, a idéia de criar as esculturas transparentes me soa como um by-pass artístico/biológico supimpa.
Abs.