segunda-feira, 14 de maio de 2012

Todo cuidado é pouco


Minha mãe, correntista do Banco do Brasil da Conselheiro Furtado, ao lado do Supermercado Yamada da Batista Campos, foi vítima de um golpe, ontem pela manhã. Minha tia, correntista da mesma agência, havia sido vitimada da mesma maneira, um mês atrás.

Minha mãe se dirigiu a um dos caixas eletrônicos que ficam dentro da agência. Ao inserir o cartão no leitor do caixa, foi surpreendida pelo travamento da máquina, que após a leitura do chip de segurança não liberou o cartão. Um sujeito de boa aparência, bem vestido, que estava na fila atrás dela, aproximou-se e ofereceu ajuda. Postou-se à frente e, rapidamente, após alguns movimentos na máquina, deixou-o no leitor. Disse à minha mãe que o cartão estava liberado e rapidamente saiu da agência. Ao puxar o cartão, deixado no equipamento, ela percebeu que o cartão era de um terceiro: o dela havia sido levado pelo pulha que a abordara.

Fizemos a ocorrência na delegacia virtual no mesmo dia, poucos minutos depois do ocorrido e cancelamos o cartão. Hoje pela manhã, minha mãe foi à agência para levar o boletim policial e solicitar um novo cartão, quando soube da notícia: haviam transferido, por meio eletrônico, R$ 5.000,00 da conta bancária de alguém que ela não conhece para a dela e sacado R$ 1.000,00, usando o cartão dela que havia sido furtado. A senha provavelmente foi vista pelo pilantra no momento em que ela o digitou, ja que ele era bem mais alto que ela. A transferência, certamente feita por hackers.

Mais que nunca, portanto, está na hora da legislação brasileira mudar para atingir duramente os crimes de internet. Ainda estamos claudicando no uso das mesmas figuras penais que não alcançam os novos crimes. Para não variar, o crime se adapta mais rápido aos temos modernos que a legislação e as autoridades.
Ao Banco do Brasil, cabe melhorar a segurança de suas agências, principalmente nos caixas eletrônicos e aos finais de semana. É um absurdo que correntistas sejam vítimas de golpes dentro das agências. Também cabe melhorar a segurança de suas operações, já que o golpe só se concretiza porque alguém consegue fazer transferências eletrônicas burlando o sistema do banco.

Aos correntistas, como fazem os cidadãos todos os dias, cabe virarem-se sozinhos para não se deixar engolir pela violência – que não é só física, como vemos – que passa ao seu redor todos os dias, e num deles os transformam de testemunhas em vítimas.

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