Minha mãe, correntista do Banco do Brasil da Conselheiro Furtado,
ao lado do Supermercado Yamada da Batista Campos, foi vítima de um golpe, ontem
pela manhã. Minha tia, correntista da mesma agência, havia sido vitimada da
mesma maneira, um mês atrás.
Minha mãe se dirigiu a um dos caixas eletrônicos que ficam dentro
da agência. Ao inserir o cartão no leitor do caixa, foi surpreendida pelo travamento
da máquina, que após a leitura do chip de segurança não liberou o cartão. Um
sujeito de boa aparência, bem vestido, que estava na fila atrás dela, aproximou-se
e ofereceu ajuda. Postou-se à frente e, rapidamente, após alguns movimentos na
máquina, deixou-o no leitor. Disse à minha mãe que o cartão estava liberado e
rapidamente saiu da agência. Ao puxar o cartão, deixado no equipamento, ela
percebeu que o cartão era de um terceiro: o dela havia sido levado pelo pulha
que a abordara.
Fizemos a ocorrência na delegacia virtual no mesmo dia,
poucos minutos depois do ocorrido e cancelamos o cartão. Hoje pela manhã, minha
mãe foi à agência para levar o boletim policial e solicitar um novo cartão,
quando soube da notícia: haviam transferido, por meio eletrônico, R$ 5.000,00
da conta bancária de alguém que ela não conhece para a dela e sacado R$
1.000,00, usando o cartão dela que havia sido furtado. A senha provavelmente
foi vista pelo pilantra no momento em que ela o digitou, ja que ele era bem
mais alto que ela. A transferência, certamente feita por hackers.
Mais que nunca, portanto, está na hora da legislação
brasileira mudar para atingir duramente os crimes de internet. Ainda estamos
claudicando no uso das mesmas figuras penais que não alcançam os novos crimes. Para
não variar, o crime se adapta mais rápido aos temos modernos que a legislação e
as autoridades.
Ao Banco do Brasil, cabe melhorar a segurança de suas
agências, principalmente nos caixas eletrônicos e aos finais de semana. É um
absurdo que correntistas sejam vítimas de golpes dentro das agências. Também
cabe melhorar a segurança de suas operações, já que o golpe só se concretiza
porque alguém consegue fazer transferências eletrônicas burlando o sistema do
banco.
Aos correntistas, como fazem os cidadãos todos os dias, cabe
virarem-se sozinhos para não se deixar engolir pela violência – que não é só
física, como vemos – que passa ao seu redor todos os dias, e num deles os transformam
de testemunhas em vítimas.
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