sexta-feira, 21 de junho de 2013

Na TV

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Sim, Dilma Rosseff precisa ir à TV dizer aos brasileiros que são eles mesmos que estão nas ruas. E que ela deseja ouvi-los. E que  suas manifestações são legítimas, e que espelham aquilo que o Brasil precisa fazer na produção de maior equidade. A CNBB tem razão ao dizer que Dilma Rousseff  tem que falar com a grande Nação brasileira. Concordo  plenamente com isto. E ela vai falar agora, às 21 horas, horário de Brasília. Concordo plenamente que há uma instabilidade causada pela descrença nas instituições da política brasileira; e que isto ocorre desde que o mundo é mundo. E que não será o fim deste mundo chamado Brasil. É uma pena um cara como o José Dirceu falar que querem desestabilizar a democracia. Se ele conhece tanto a Mídia brasileira, por que não pagou as contas do Roberto Civita - da editora Abril - ao invés de financiar os políticos corruptos, para governar com tranquilidade. Querem que tenhamos medo de dizer que estamos insatisfeitos e de saco-cheio da canalhice nacional. Ora bolas, que venha Dilma Rousseff para dar freios aos histéricos que não tem mais o que dizer diante da desordem nas prioridades públicas e nacionais. Queremos ter prioridade. Ter acesso a transporte público de qualidade. Queremos ter hospitais decentes. Atendimento de saúde. Queremos ter acesso a educação de qualidade. Queremos uma justiça que não seja só para os ricos. Enfim, queremos equidade real.

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2 comentários:

Marise Rocha Morbach disse...

Bato palmas e peço bis ao pronunciamento de Dilma Rousseff. rechaçou o medo e afirmou a liberdade de expressão, e defendeu as vozes das ruas. Beleza! Não negou o mal estar diante da rejeição aos partidos políticos e deu um depoimento franco sobre as intenções de seu governo diante das demandas que urram das ruas.Eu curti!

Marise Rocha Morbach disse...

Deixo aqui os comentário de Fábio Castro sobre o pronunciamento de Dilma Roussef.
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O pronunciamento de Dilma foi excelente, porque:

1. Mostrou disposição de força de combater os vandalismos. A Rede Globo vem pautando obsessivamente essa questão. Se o Governo não demonstrasse essa disposição, alguém o faria e um (bastante) eventual golpe de estado encontraria sua possibilidade.

2. Afirmou disposição de interlocução com os movimentos que estão nas ruas, com o que renova a identidade de esquerda do seu governo.

3. Aproveitou para avançar em três agendas:
- o projeto de 100% dos royalties do petróleo para a educação
- reforma política já
- médicos cubanos já
Com isso, Dilma pega impulso nas pautas dos movimentos para oportunizar uma reforma estrutural e empreender duas ações concretas, em saúde e educação, que os opositores de seu governo temem.

4. Ao falar da Lei de Acesso à informação pública construiu uma agenda indireta, que, a depender da articulação dos setores progressistas da sociedade, poderá ter chance de:

- Pautar a Lei da Comunicacão, enfim, e,

- Domesticar a arrogância do Judiciário, pois, ao propor que essa lei se estenda aos outros poderes, Dilma jogou a batata quente para esse poder, que agora precisará responder à altura e enfrentar seu inerente e escandaloso problema ético.