terça-feira, 29 de dezembro de 2015

A leseira que dá

Um ano cheio de agonias. Pessoais. Vou me limitar a isso. Daí o dia de vir a Belém passar as festas de final de ano começa a se aproximar. E dá uma leseira... Mas uma leseira... Algo assim: coração fica sem lugar; cabeça cheia de informações que se confundem. Decido fazer uma coisa, mas volto no meio do caminho, porque estou certa de que é melhor começar por outra. O ar, nessa altura do campeonato, o ar já começa a faltar. Dá uma espécie de cara branca. Melhor mesmo é sentar no sofá. Rio. Acho graça convicta de que não tem graça nenhuma. Convicta de que é preciso manter um mínimo de dignidade. Esfrego as mãos no rosto, pra sentir se limpa a confusão. Nessa hora, a fome aperta e nem sei de que tenho vontade de comer. Qualquer coisa serve. E por onde anda a muleta? Sim, porque as pernas estão bambas e as mãos tremulam. A bomba ansiolítica foi tamanha que o sono parecia arrebatador. Um dia inteiro em poucas horas da manhã. Encosta. Respira fundo. Dá uma tossidinha pra ver se a palpitação regulariza um pouco. Isso já não foi mais só leseira. Foi ataque histérico! Valei-me!

Balanço do ano? Só se for numa rede gostosa, com a costelinha da minha pequena que já está grande, sentindo o vento fresquinho amansar a pele e o som do bailar das palmeiras apascentando as ideias. Cheguei.

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