quinta-feira, 2 de novembro de 2006

"VEJA" e a "liberdade de imprensa"

Liberdade de imprensa.
Termo fácil na boca de muitos. De absoluta importância em qualquer regime que ouse se propagar democrático. Mas os cidadãos precisam estar atentos às circunstâncias em que ele é utilizado. Alguns enchem os pulmões de ar quando o pronunciam. Quase a tirar os pés do solo. Na verdade, quase sempre tirando-os antes de verbalizarem-no. Com efeito, muitos também idolatram sua menção, mas escondem seus reais propósitos, por todos conhecidos.
O termo às vezes é príncipe, às vezes "geni". Depende.
Mas depende do quê afinal?
Cada qual encontre a sua explicação. Vão surgir inúmeras.
O Observatório de Imprensa comenta a relação de amor e ódio de VEJA com a Polícia Federal. Uma relação incestuosa em alguns momentos e absolutamente litigiosa em outros.
O jornalista Leonardo Attuch chama a atenção para o que para mim é óbvio, mas para muitos, um "cavalo de batalha", uma típica bravata, para continuarem a oposição, que nunca deixou de ser oposição, mas que veste a roupa de crítica honesta e recheada de moralidade. A pele de cordeiro de que se valem para fazer o mal, incapazes de assumir sua posição clara, posto que impopular. Quase que um cacoete, que por mais que dourem a pílula, em pouco tempo se revela.
Quase sempre de forma quase que histérica.
Vejamos então os termos.

Dois anos atrás, quando fui alvo de uma descabida investigação da PF, incentivada abertamente pela revista Veja, cheguei a publicar alguns artigos no Observatório da Imprensa e no Comunique-se, onde sustentei os mesmos valores e princípios que a Editora Abril hoje defende, ou seja, a liberdade de imprensa e de expressão. E disse que, "se hoje sou eu, amanhã serão eles". Para o meu desgosto, a profecia se cumpriu.

Leia a íntegra [aqui].

3 comentários:

Anônimo disse...

Liberdade de imprensa independente das circunstâncias ou de quem faça uso dela. Indispensável e incontestável!

Que venham os velhacos, que venham todos os lobos em pele de cordeiro, que dissimulem que venham cheios de suas más intenções, que venham de todos os lados, não importa. É apenas uma questão de tempo até que suas máscaras caiam e elas sempre caem.

Entanto houver liberdarde, e como é precisosa a liberdade, enquanto houver liberdade de expressão, nossa jovem democracia estará a salvo. Que tenhamos uma oposição pois não há democracia sem oposição.

A vontade do povo é soberana, ninguém tem o direito de escolher por ele, ninguém tem o diretio de silenciar ninguém!

Carlos Barretto  disse...

Concordo com vc. Mas estejamos atentos para aqueles que ao invés de assumir o legítimo lado da oposição, escondem isso do leitor. E aí, cabe a crítica política, que não compromete a liberdade de imprensa. Ou será que denunciar que alguém se esconde em pele de cordeiro é crime contra a liberdade de imprensa?
Viva a liberdade de imprensa, sim. Viva a oposição. Mas cautela com as análises aparentemente desprovidas de maldade.
E com pressa. A pressa interessa a quem mesmo? Este poster está atento. E também é brasileiro.

Anônimo disse...

Todos estamos.