sábado, 21 de julho de 2007

O Real está nú


Luiz XV de França. A vaidade em pessoa.

O economista Luciano Coutinho desfaz o mito e mostra a diferença entre a política econômica de FHC e a do governo Lula. Nas palavras de Coutinho a estabilidade proporcionada pelo plano real foi extremamente precária e vulnerável. A verdadeira estabilidade da economia brasileira só teria ocorrido a partir de 2005.
Está, portanto, lançado o desafio para um debate sério de idéias que supere a preguiça intelectual vigente até então sobre o tema. Mas, não se animem. Nesse momento estamos ainda no raso de um potencial debate que, de verdade, será travado com profundidade na academia.
No momento temos o seguinte: Malan correu ao Estadão para justificar o real com um texto escrito em mal traçadas linhas e recebeu de volta um petardo escrito por J. Carlos de Assis. Gustavo Franco, sonolento, fez declarações estapafúrdias sobre os objetivos de Coutinho na página eletrônica do PSDB, acusando-o de apropriação indébita.
De todo modo voltarão ao tema, pois a fração tucana dos leigos em economia brasileira, na intimidade, está desapontada e insatisfeita com as reações de seus valetes ao ataque desenvolvimentista. E na chorumela reclamam do silêncio do príncipe-sociólogo, rogando aos céus que ele agite seus punhos de renda e fale em defesa de seu maior patrimônio.

2 comentários:

Anônimo disse...

"Nesse momento estamos ainda no raso de um potencial debate que, de verdade, será travado com profundidade na academia."

É interessante essa herança de alguns tiques e cacoetes reacionários burgueses, para quem diploma serve como título de nobreza comprado. Deve ser porque a parte pensante desse "governo popular de esquerda" brasileiro seja composta basicamente de pequenos-burgueses.

Certamente Lula não faz parte dessa turma, mas infelizmente (e não somente ele) nutre esse fetichismo ignorante que apenas serve para criar uma relação promíscua, idealizada e servil. Mas qual é a alternativa a isso?

Quem sabe na China, não é Oliver! ;-)

Eu tô fora.

Itajaí disse...

Difícil mesmo é entrar num debate com disposição para tal ;-) Mas, hoje é sábado, véspera de domingo, num julho de férias, lhe reconheço o direito à preguiça.