segunda-feira, 3 de setembro de 2007

Caras e belas


Bal Au Moulin de la Galette, por Pierre-Auguste Renoir (US $78.000.000)

O blog Obvious publica um interesante post sobre as 10 obras de arte mais caras até o presente momento. Na lista, Picasso, Van Gogh, Renoir, Rubens, Cézane, entre outros. Van Gogh lidera a lista com nada menos que 3 indicações.

10 comentários:

Itajaí disse...

Como é composto o preço de uma obra de arte desse porte? Em primeiro lugar porque é autêntica produção artística de mestres, mas, principalmente, porque hoje não existem mais tantos Van Gogh, Renoir, Rubens, Cezane à venda no merdado. A propósito, estive na semana passada no MASP e me deliciei com nossos Van Gogh. Que luz, que textura, que fazem os objetos como vivos a saltarem da tela. Belíssimo também (não o conhecia)o retrato da mãe de Toulouse Lautrec nos jardins do palácio da família. Lautrec, um mestre avant gardee no registro do instante, para um mundo que usou da velocidade para se re-formar!
Parabéns aos nossos colegas lusitanos; bem vindos!

morenocris disse...

"Ver" uma obra de arte dessa importância...caramba, que privilégio...

Beijos.

Carlos Barretto  disse...

O MASP, por obra e graça do casal Bardi (Pietro Maria Bardi 1900-1999 e Lina Bo Bardi 1914-1992) possui um dos acervos mais significativos da américa latina.
Lina Bo Bardi projetou o MASP e Pietro foi seu diretor por 45 anos consecutivos.

Itajaí disse...

É verdade. Pietro Bardi aportou aqui depois da derrota de Mussolini. Assis Chateaubriand, o todo poderoso dono dos Diários Associados, contratou-o para organizar o museu. Acontece que o Chatô não era flor que se cheirasse quando definia um objetivo. Logo que sabia da disponibilidade de uma peça na Europa (era o pós-guerra!), ele saia a campo para arrematá-la, sem necessariamente por o dinheiro dele na empreitada. Abria um subvenção para os endinheirados da paulicéia. Diz a história, que Chatô não brincava em serviço para conseguir adesões. Se necessário ameaçava chantagear os VIP que resistiam a contribuir para a compra da obra de arte. Ele tinha ao que parece uns dossiês - risos -, que apavoravam os industriais paulistas. Sabendo disso, fica uma delícia ler embaixo de cada obra a lista de contribuintes...
Apesar dessas pixotadas do Chatô, ele terminou legando ao país um grande pequeno museu. Vale a pena conhecê-lo com o acervo onde constam Picassos, Modiglianis, impressionistas e expressionistas franceses, Goyas, El Greco, mestes holandeses, tapetes Gobelins, etc, além da parte dedicada à arte brasileira.
Depois de usufruir de todo esse prazer estético, o visitante ainda pode almoçar num restaurante de cozinha internacional (a quilo ou a la carte) a preço convidativo. Quando vou a SP, sempre que o tempo permite, dou uma esticada lá. E, aos domingos, no térreo, rola uma deliciosa feira de antiguidades.

Itajaí disse...

Ah, sim, o projeto arquitetônico, arrojadíssimo para a época, é de autoria da arquiteta Lina Maria Bo Bardi. Um verdadeiro cartão postal de SP e do Brasil!

Itajaí disse...

Mais ainda: apesar de boa parte do acervo ter sido constituído no pós-guerra, nenhuma de nossas peças é suspeita de resultar da pilhagem nazista que aconteceu na Europa. Foram todas aquisiçoes de procedência honesta.

morenocris disse...

Caramba, Oliver...volte... rsrs

Você tem fotos desses espaços abertos ?

Beijos.

Itajaí disse...

Infelizmente não, Cris, mas penso que não é difícil achar na internete.

morenocris disse...

É verdade, Oliver. Perguntei porque quando juntamos imagem e texto a conjugação do verbo informar se completa. E depois, nada melhor que dividir essa satisfação. Mas, gostei muito das informações e do post. Obrigada, enquanto leitora.

Beijos.
Bom dia.

Carlos Barretto  disse...

O quadro que ilustra o post, pode ser visto no Museu do Louvre, em Paris.
Nem é preciso dizer que a visita ao Louvre é obrigatória, não só por isso.