sexta-feira, 24 de julho de 2009

H1N1 é discutida pelos intensivistas

É intensa a discussão dos intensivistas, na lista de discussão brasileira em Medicina Intensiva (AMIB-Lista*). Os conhecimentos sobre a doença e as últimas novidades em estudos para diminuir a mortalidade vão sendo introduzidas quase em tempo real. Percebe-se que as informações sobre a doença aumentam a cada dia, e ela definitivamente entra na ordem do dia dos médicos e pesquisadores em todo o mundo.

O foco dos intensivistas naturalmente é nos casos severos onde se verifica insuficiência respiratória pelo desbalanço de fluidos nos pulmões, impedindo as trocas gasosas. Este desbalanço, segundo trabalho publicado nesta semana no Journal of the Federation of American Societies for Experimental Biology, é provocado por uma proteína do vírus conhecida como M2. Este e outros conhecimentos que rapidamente vão sendo acumulados, dão pistas aos médicos e pesquisadores sobre novos alvos numa possível terapêutica, focada nos casos de maior gravidade.

*A AMIB-Lista é nacional, possui no momento 694 integrantes e é aberta apenas a profissionais de saúde para troca de informações especializadas.

3 comentários:

Itajaí disse...

Eis aí uma peculiaridade, se considerarmos que nas outras pandemias de gripe a pneumonia era provocada pelo pneumococo. Na era pré-penicilina funcionava como a foice da indejesada. Por ser de origem viral a pneumonia associada à gripe suína é, portanto, de grande gravidade.
Vale salientar que o H1N1 é nosso velho conhecido, traçando-se sua presença até as primeiras décadas do século XX. Contudo, esta variedade associada à atual pandemia é nova, originada em uma ecologia específica que se expressa no fato de que há segmentos da cadeia de DNA típicos do vírus da gripe aviária.
Para os céticos que combatem a teoria darwinista, o H1N1 representa uma prova contundente de que a teoria da evolução se constitui numa das maiores verdades científicas que temos produzido.

Anônimo disse...

Dizem que para voce não pegar esta gripe voce deve se afastar de aglomeração. Estive na 5ª Feira no Hospital Amazonia para fazer uma consulta médica e o local onde se faz a triagem e sala de espera é um ajuntamento de mais de 60 pessoas todas com os mais variados problemas de saude, os Senhores não acham que este Hospital deveria dar o exemplo de como não devemos ficar exposto a isto? Estou falando deste Hospital, porque não fui nos outros, pode ser mais grave os outros mas eu não tomei conhecimento destes.

Carlos Barretto  disse...

Amigo
Vc tem parcialmente razão. A emergência e alguns ambulatórios de muitos hospitais públicos ou privados, estão assim.
A preocupação com aglomerações é pertinente em casos de ampla disseminação da doença, como aconteceu no México, na fase inicial. Ainda não há razão para ter esta preocupação específica, acima dos cuidados mais elementares como lavar as mãos com água e sabão, evitar levar as mãos aos olhos, nariz e boca.
É desta maneira que estamos pegando todas as viroses sazonais de aparente menor complexidade que a atual.

Abs