No Espaço Aberto, com exclusividade:
Uma portaria, um nó e muita desarticulação política
Suas Excelências que integram o núcleo duro e arredores do governo Ana Júlia Carepa tentam desfazer um nó.
O nó foi criado por esta portaria, publicada no Diário Oficial do Estado de nº 31.468 de 24 de julho passado.
É uma portaria curtinha.
Leiam-na primeiro:
PORTARIA Nº1657/2009-CCG DE 23 DE JULHO DE 2009.
O CHEFE DA CASA CIVIL DA GOVERNADORIA DO ESTADO EM EXERCÍCIO, no uso das atribuições que lhe são conferidas pelo Decreto n.º 2.163, de 6 de abril de 2006, e
CONSIDERANDO os termos do Ofício nº. 2179/2009-GABS/SESPA,
R E S O L V E:
exonerar CARLA MARIE DE BRITO KATO do cargo em comissão de Diretor de Centro Regional, código GEP-DAS-011.4, com lotação na Secretaria de Estado de Saúde Pública.
REGISTRE-SE, PUBLIQUE-SE E CUMPRA-SE
CASA CIVIL DA GOVERNADORIA DO ESTADO,23 DE JULHO DE 2009.
JORGE LUIZ GUIMARÃES PANZERA
Chefe da Casa Civil da Governadoria do Estado em exercício
Pois é.
Nenhum problema – ou quase nenhum – haveria se a exonerada, Carla Marie de Brito Kato, fosse apenas e tão somente Carla Marie de Brito Kato.
Mas não é.
Carla Marie, que tem nome de imperatriz, não é imperatriz, mas é irmã do prefeito Mario Kato, de Santa Izabel do Pará.
Peemedebista, ele apoiou com empenho a candidatura Ana Júlia ao governo do Estado, no pleito de 2006.
E aí?
E aí, obviamente, que Kato, o prefeito, acusou o golpe.
Acusou o golpe afastando, de uma só canetada, todo o pessoal da DS (Democracia Socialista) que ocupava funções em seu governo.
DS, para quem não sabe, é a tendência petista a que pertence a governadora Ana Júlia e que pretende emplacar como candidato a deputado federal Sua Excelência Cláudio Puty, chefe da Casa Civil e, mais recentemente, alçado à condição de condestável - ou de cara e coração, se quiserem - do ProJovem.
A questão é: Puty, estando Jorge Luiz Panzera (na foto, extraída do site da Agência Pará) no cargo do chefe da Casa Civil da Governadoria do Estado em exercício, sabia o que o substituto estava fazendo?
Se sabia, chancelou o ato?
Até o início desta semana, havia uma tentativa de contornar a situação.
Independentemente desse esforço, no entanto, fica evidente que a desarticulação política do governo do Estado é um fato.
Diante de embaraços desse nível, fica muito difícil ajeitar – ou ajustar – situações.
Com prejuízos, é claro, para o governo Ana Júlia.
A novela segue até 2010. Até as próximas eleições, haja água pra rolar.
Um comentário:
Égua! Eta desgoverno ruim que dói.
Tá bom pra eles, chega. FORAAAAA.
PAID'ÉGUA.
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