domingo, 15 de junho de 2014

Cesta do enfraseamento: Apneia inspiratória

Nesta sexta não tem cesta. 
Os deuses das frases me asfixiaram  de inspiração. 
Só resta expirar... e esperar 
que o fôlego retorne, afiando idéias arfantes.
"inda" estou embotado da última, 
a do clamor do cangaço sanguinário.
Dou mais gosto ao cangaço literário
por onde escarro murmúrios de palavras. 

Labareda, do bando de Corisco

2 comentários:

Abel Sidney disse...

- perdeste a inspiração?! - perguntaram-lhe à queima-roupa.

- não! ela está apenas entrecortada, dilacerada, por conta dos últimos acontecimentos.

- como tu bem sabes o pulmão exige este constante "inspira, expira", mesmo que o ar entre cortante, rasgando as entranhas...

- nestas horas quem manda é o coração e com ele a exigência dos automatismos se cala.

- felizmente, mesmo em silêncio o coração sabe dizer o que sente!

- se você diz...

- digo e hei de esperar o teu se pronunciar, na próxima sexta ou em edição extraordinária. estarei na escuta, estetoscópio d'alma na mão.

eu, por minha vez, aguardarei, Roger.

um abraço,
Abel

Geraldo Roger Normando Jr disse...

Abel, meu caro Abel, fazia tempo que não flanavas por aqui para reavivar as bordas desse sentimento "almado". Ando encaFIFAdo com a copa do mundo, porém mais ainda com um congresso médico que estou organizando em Belém e que estará repleto de convidados nacionais e estrangeiros. Isto me toma tempo e minhas têmporas ficam voltadas para ciência que tanto admiro. Dê-me um tempo e muito em breve (quando entrar setembro) estarei de volta.
Aproveito para utilizar este texto que te pertence, como álibi para esse meu aconchego provisório para com a ciência de Hipócrates. Ele vai me servir como um travesseiro para um descanso poético.
Perdoe-me