sexta-feira, 26 de maio de 2006

Paraíso dos Camelôs

No RD de hoje, uma nota esclarecedora:

A DRT acredita que os trabalhadores informais - entre eles os camelôs - ainda estão pouco informados sobre os programas de qualificação profissional do Ministério do Trabalho. A questão é que, mesmo os informados, não trocam o lucro nas calçadas pelo trabalho regular.

É o que eu faria também se, desempregado, tivesse encontrado tanta facilidade para criar uma banquinha em qualquer ponto da cidade que eu desejasse. E isso em pelo menos 3 governos municipais até o momento. Mas se os limites lhes tivessem sido impostos desde o início, Belém não teria se transformado no verdadeiro paraíso da chamada economia informal. Que em minha humilde opinião, deve sim ser compreendida, mais nunca aceita sem limites mínimos de urbanização organizada. Ou será que os leitores ainda se lembram da fachada dos prédios da principal artéria da cidade, absolutamente tomada por camelôs. Em alguns pontos, o cidadão mal consegue atravessar a rua sem ter que passar pelo labirinto de barraquinhas, correndo mesmo o risco de ser atropelado. É isso o que eu chamo de "erro conceitual". E agora para tirá-los de lá, só com muito desgaste político, que ninguém, é claro, deseja.
O desemprego, sem a menor dúvida, é feio e ninguém o deseja. Mas o ataque ao bem público de maneira desordenada é o fim da picada.

2 comentários:

Anônimo disse...

Enquanto isso, na atual administração municipal, para discutir o plano diretor da cidade foram convidados vários representantes da comunicade evangélica. Mas parece que ninguém lembou de convidar também o CREA e a OAB!

Durma-se com um barulho desses!

Carlos Barretto  disse...

Sim. Nosso desgosto continua neste particular. E a prioridade é obra faraônica, construída por empresas de fora, e não duvido muito, com margem para superfaturamento garantido. Já o zelo pelo cidade, muito mais barato mas com desgaste político certo, ninguém vai mexer?
Abs