terça-feira, 23 de setembro de 2008

Na reta, afinal

É cada vez mais freqüente se ouvir que "estamos na reta final da campanha eleitoral". Confesso que me sinto surpreso quando recebo alguma mensagem desse teor. Afinal, como não tomei conhecimento dessa campanha - a pior, a mais sem graça dos últimos tempos -, chego ao ponto de me esquecer que estamos nos aproximando de um evento de tão grande impacto sobre nossas vidas. A sensação é como a volta dos que não foram: esta é a reta final de uma campanha que nem começou.
O pior é que sinto muita falta do tempo em que eu me importava, tomava partido, vestia camisetas, colava adesivos, fazia discursos e tentava convencer as pessoas. Participação política (não necessariamente política partidária) é algo muito bom. Mas quando as causas morrem, ficamos entregues a um nebuloso futuro, em que o que vier pela frente há de ser péssimo. Daí que se avizinha, para mim, a queda de um tabu: vem aí o voto nulo. Não no primeiro turno, mas no segundo com certeza.
Só espero que isso acabe logo. E que tenhamos forças para suportar o que vem pela frente, em 2009.

2 comentários:

Anônimo disse...

Não se desespere companheiro. Em breve teremos um só governo socialista e permanente. Sem esses altos e baixos, sem escandalos, sem imprensa, tipicos da democracia burguesa.

Yúdice Andrade disse...

Caro anônimo, seu comentário foi bastante enigmático, principalmente no que tange a "permanente" e "sem imprensa".