sábado, 10 de agosto de 2013

Camille Claudel volta às pautas das quais nunca saiu

Tendo a seguir os argumentos psicanalíticos. O que não significa que rechace laudos médicos ou justificativas político-ideológicas. Eu me sinto identificada com várias pessoas que são enquadradas como “loucas” na sociedade. Assim que adoro discutir o assunto. Ler sobre ele. Assistir filmes e ser platéia histérica em peças de teatro. Por isso deixo aqui para nossos leitores a lembrança de uma grande artista: Camille Claudel. Uma mulher como muitas de nós. Diferente de nós também. E que vive, até hoje, na pauta de cada uma dessas categorias – desde as psicanalíticas, às medicamentosas, às artísticas, às político-ideológicas (digamos parte das feministas, por exemplo).

O fato é que podemos simplesmente nos regozijar com mais um filme sobre ela, e com uma atriz fabulosa, Juliette Binoche. Gostaria também de assistir a peça, em especial a peça. Mas tudo dentro de minhas possibilidades.

Ah, culpar ou não culpar Rodin pela “loucura” de Camille, para mim, não é a questão. Ainda que tudo o que nos rodeia tenha seu impacto sobre nós – ainda que o organismo tenha lá suas influências sobre nós, de forma mais ou menos determinante – temos que nos empoderar de nós mesmos. Nós decidimos como podemos dar conta de tudo isso, em geral. Em geral.

Recomendo a leitura do texto que me provocou postar: aqui

PS: Amanhã haverá eleições primárias na Argentina. Senadores e deputados disputam uma cadeira confortável no Legislativo dos hermanos. Buenos Aires está decorada com muitos cartazes e os colégios públicos libararam as crianças das aulas ontem, para que a estrutura se prepare para receber quem for votar. Fora isso, não se vê cavaletes atropelando os passantes nas calçadas. Como brasileira residente na capital federal, só tenho direito a votar na cidade. Ou seja, ano que vem. Farei com o prazer de poder ver fora de órbita o atual prefeito.

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