sábado, 17 de agosto de 2013

Que sejamos esta mulher perigosa. Muito perigosa

Com "la permiso" de nossos leitores para publicar um pequeno texto do fabuloso Galeano, com referência precisamente ao dia de hoje, proponho uma reflexão que tanto tem me incomodado estes dias, desde que um colega me informou, por uma postagem que no facebook, que uma das alamedas que circundam o Teatro da Paz foi as-fal-ta-da. Sim, isso eu não consegui digerir. Com tantas referências que se fazem a depredações ao patrimônio público feitas por manifestantes ou quem seja - e suas respectivas punições, claro -; com tantas referências ainda a um atentado moral aos dotes de arquitetônicos e históricos de uma cidade, como pode o próprio estado sair ileso a um atentado como este? Sim, pra mim, é uma afronta inominável. Desejo que cada cidadão seja uma mulher perigosa, muito, muito perigosa, como a descrita por Galeano.

Que assim seja!

Agosto
17

Peligrosa mujer

En 1893 nació Mae West, carne de pecado, voraz vampiresa.

En 1927 marchó a la cárcel, con todo su elenco, por haber puesto en escena una invitación el placer, sutilmente llamada Sex, en un teatro de Broadway.

Cuando terminó de purgar su delito de obscenidad pública , decidió mudarse de Broadway a Hollywood, del teatro al cine, creyendo que llegaba al reino de la libertad.

Pero el gobierno de los Estados Unidos impuso a Hollywood un certificado de corrección moral, que durante treinta y ocho años fue imprescindible para autorizar el estreno de cualquier película.

El Código Hays prohibió que el cine mostrara desnudeos, danzas sugestivas, besos lascivos, adulterios. Homosexualidades y otras perversiones que atentaran contra la sanidad del matrimonio y el hogar. Ni las películas de Tarzán pudieron salvarse, y Betty Boop fue obligada a vestir falda larga. Y Mae West siguió metiéndose en líos.

Eduardo Galeano - Los Hijos de los Días. - Siglo Veintiuno Editores Argentina, 2012. PG. 263)



2 comentários:

Edyr Augusto Proença disse...

A outra alameda, cujo nome é Edgar Proença, sumiu, não existe mais a não ser a placa, ao menos isso, pregada no Teatro.

Erika Morhy disse...

É ser muito estúpido alguém que propõe um crime desses, caro Edyr. Muito! E talvez seja porque as demandas sejam tantas que a sociedade mal consegue reagir a cada atentado contra nós mesmos; só pode!
Não, eu definitivamente ainda não cheguei à mínima tranquilidade necessária para ter saúde diante de tanta crueldade.
De todo modo, obrigada pela lembrança, mais uma, que eu mesma já havia "passado batida"...