sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Sobre justiças e algo mais

Sim, a Argentina está muito à frente do Brasil no que se refere a “memória, verdade e justiça”. Poderia elencar uma centena de indicativos dessa certeza. Mas prefiro destacar um aspecto que é exceção. Aquele que vai justo de encontro a esse fato, mas que não o macula, apenas sugere que sempre há muito a ser feito sobre o tema das repressões políticas.

Me senti motivada a falar disso a partir da matéria que li, no jornal Pagina12, confiante na fonte da informação, o Cels. Lembro do recente tumulto, ainda vigor, que se motiva pela contrariedade à proposta democratização da justiça oferecida pela Presidência. Mais uma vez desejei que a proposta se concretize aqui, como a democratização da comunicação, que ainda em peleja - e que, no Brasil, foi nem aventada pelos dois governos Lula, que entregou a pasta das comunicações ao PMDB, tampouco pelo de Dilma, que entregou ao PT. A peleja a que me refiro aqui na Argentina já se restringe mais especificamente à oligarquia clarinesca. Os demais grupos aderiram a Ley de Medios. Como desejei também que se concretizem ambas no Brasil. Isso sim seria um passo lindo para o desenvolvimento includente e responsável.

Não, não sou simpatizante da forma pública da presidenta Cristina. Muito pelo contrário. Ela me causa aversão. Também há sim do que se queixar quanto a decisões políticas, como a que se refere aos povos indígenas. Ainda assim, o atual governo tem sido motor de decisões cruciais para o país dos hermanos, que enfrenta um rescaldo danado de hostil de governos neoliberais.

Adelante!

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