Recentemente escrevi alguns pensamentos que me saltaram a partir do anúncio de lançamento de um novo filme e peça de teatro inspirados na vida de Camille Claudel, artista francesa por quem guardo enorme admiração. Costumo ruminar alguns temas. Catarse, talvez. Na verdade, acho mesmo que escrevo tudinho para mim. É como colocar em letras pensamentos às vezes confusos e, assim, até organizá-los. Perdão se isso lhes causa incômodo, leitores.
O fato é que acabei revendo o filme protagonizado pelos belíssimos Gerad Depardieu e Isabelle Adjani. E outra vez me transportei à trajetória de outra artista admirável, Frida Khalo. Em especial, me sobressaio a relação de ambas com seus respectivos pais. Seja porque o Brasil acaba de comemorar o dia dos pais, seja porque me faz retomar minha própria história de vida, ou seja lá por que motivo for. Ambas mantém uma relação dura com suas mães e uma relação de amor explícito com seus pais. Que colo fabuloso eles têm! Talvez o bom e velho Freud explique. Sei lá. O fato é que sigo ruminando impunemente.
E, para não sair da linha cinematográfica, devo dizer que preciso rever o mais novo filme do genial Almodóvar, “Los amantes pasajeros”, que estreou esta semana aqui em Buenos Aires. Digo rever não porque tenha gostado, mas justo porque me frustrou. Não esperava do diretor tão pouco; tão longe de tudo que assisti de sua caminha filmográfica fabulosa. Os personagens neste filme são fracos, superficiais. A narrativa é meio sem-pé-nem-cabeça. Me pareceu uma chula e típica comédia yanque. Bem, assim posso livrar a mim mesma da exigência de ser sempre incrível. Se até os gênios escorregam, como eu, mera mortal, não me estabacaria também?
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