A nossa tia excêntrica está de volta. Não aos palcos, mas às telas. Morrissey 25: Live (clique para ver o trailer) é um concerto filmado em 2 de março deste ano, na Hollywood High School, em Los Angeles. E isso, um pouco antes da onda de cancelamentos de turnê do cantor - ele ia até mesmo ao Brasil mês passado - motivada por sérios problemas de saúde, que vão de pneumonia dupla à infecção nas cordas vocais. É um "concerto íntimo", diz o site do filme, para celebar 25 anos de carreira de Morrissey, gravado num lugar para 1.800 espectadores, um auditório de colégio, e o único registro integral de um show dele nos últimos 9 anos.
No céu das estrelas pop, Steven Patrick Morrissey, é um caso especial. Segundo o jornal The Independent, no cenário artístico britânico, ele é uma espécie de príncipe Philip ( o marido da rainha Elisabeth II), que antigamente abria a boca demais sobre temas delicados, e metia os pés pelas mãos em algumas situações, e que acabou perdendo a espaço no mainstream. Mas, enfim, ele é a nossa tia Moz, talvez o mais brilhante poeta dos últimas duas décadas nas terras sheakspereanas.
Depois de implodir uma das mais importantes bandas da histùoria do rock (The Smiths), brilhar em uma carreira-solo fulgurante, desaparecer, reaparecer, renascer, se esconder, Morrissey chegou ao status de ídolo, a mais completa tradução de cult. E ele alimenta essa imagem. Se auto-exilou em Los Angeles, Estados Unidos, vivendo numa mansão em Holywood Hills, como uma Norma Desmond, do clássico filme Sunset Boulevard ( O Crepúsculo dos Deuses). Há anos ele está sem gravadora e diz que se recusa - e pode! - a aceitar as regras do mercado.
O título da crítica do The Independent resume as dúvidas que pairam mais do que nunca: Can Morrissey survive the years of refusal?
Talvez, a resposta está no blog, True to you, em que ele escreve diretamente aos fãs:The future is suddenly absent. Mais Morrissey, impossível!
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