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O Brasil deu mais uma demonstração democrática nesse último domingo, 3 de outubro. Se ponderarmos a extensão territorial, o tamanho do colégio eleitoral e a inegável desigualdade social entre as regiões ricas e mais pobres do país, teremos a perfeita dimensão do quanto é importante termos a democracia como bem em um país que busca ter os pés no futuro. Entretanto, como exigem todos os rituais de passagem, obrigo-me a fazer algumas reflexões.
Para mim está claro que Marina Silva (PV) protagonizou papel coadjuvante nessas eleições: arrumou para José Serra (PSDB) o segundo turno que o paulista precisava, conforme demonstra o mapa dos votos do jornal Estado de São Paulo. A acreana fez uma aposta alta em que buscou estar nominalmente no segundo turno sem arriscar seu patrimônio moral e político. O PV deu a ela o protagonismo do palanque no primeiro turno, mas demarcou desde o início que não lhe atribuia a competência para conduzir alianças em nenhum dos tempos eleitorais.
Ao não ter superado José Serra para disputar com Dilma Roussef o segundo turno, Marina está agora, por sua vez, presa a uma rede em que seu discurso sinuoso perde velocidade e força para o imediatismo partidário verde, pouco afeito a considerandos e idéias de plenárias, conforme demonstrou seu presidente na imprensa, nesse domingo último, quando disse com toda a clareza que o apoio do PV seria para José Serra (PSDB/DEM) no segundo turno.
Conforme foi registrado, o PV disputou à luz da lei o primeiro turno para presidente sem coligações. Entretanto entre a letra da lei, o discurso, a realidade e a psicologia da vendeta existem vários caminhos não tão claros para o eleitor, ainda que uma análise do discurso deixe antever a tempestade de quem semeou ventos. Ao menos é o que depreende-se da declaração da candidata verde, quando já estava definido o segundo turno paras as eleições presidenciais de 2010:
- O partido vai ter que fazer uma discussão nas suas instâncias e, por respeito, aos que fizeram aliança conosco, vão ter que também convidá-los para debater as nossas posições. A nossa posição mais importante já está colocada: é a nossa plataforma.
Uma plataforma que até o momento não consegui decifrar para além do "hermetismo" dos chavões. Sem dúvida o PT neste segundo turno deve por as barbas de molho e tirar da gaveta o bom e velho manual que ultimamente anda esquecido. O destaque no texto aqui citado é deste blogueiro do Flanar.
Uma plataforma que até o momento não consegui decifrar para além do "hermetismo" dos chavões. Sem dúvida o PT neste segundo turno deve por as barbas de molho e tirar da gaveta o bom e velho manual que ultimamente anda esquecido. O destaque no texto aqui citado é deste blogueiro do Flanar.
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