quinta-feira, 31 de março de 2011

Meia-noite em Paris



Os filmes de Woody Allen sempre se destacaram pelos roteiros. O diretor americano nunca foi um esteta.

Parece, no entanto, que no outono de sua vida, Allen resolveu limpar os olhos de seus espectadores.

Afinal, Midnight in Paris, seu novo filme, tem no elenco Rachel McAdams e Carla Bruni (alô, Carlos Barretto!), emolduradas por cenas da deslumbrante capital francesa. Não é um colírio; é uma verdadeira operação de catarata!

quarta-feira, 30 de março de 2011

Cafeína Blues




O ser humano busca, desde tempos imemoriais, alguma substância que estimule o cérebro, que o deixe mais “on”. Chás, beberagens, drogas mil têm sido usadas por povos antigos e pelas tribos modernas para suprir uma espécie de lacuna bioquímica em nossos neurotransmissores.


Dentre as muitas substâncias, lícitas e ilícitas, que estimulam o sistema nervoso central na direção da otimização de funções tais como a atenção, a concentração e a própria memória, duas se destacam: a nicotina e a cafeína.


A primeira não pode ser prescrita ou sequer mencionada a nível de consultório médico, por motivos óbvios.


Quanto à cafeína, apesar de muita controvérsia, ainda não há um consenso sobre os limites ao seu uso, nem medidas restritivas por parte das agências reguladoras, muito menos leis a este respeito.


Em 1911 ninguém usava a expressão “bebida energética”, mas um famoso julgamento ocorrido há exatos 100 anos em Chattanooga, Tennessee, gerou o consenso de que mais pesquisa seria necessária para o real entendimento dos benefícios e dos malefícios oriundos do uso desta substância.


A bebida denominada Coca Cola foi então processada pelo Departamento de Agricultura dos EUA, sob a acusação de conter um ingrediente prejudicial à saúde: a cafeína.


Naquela época uma garrafa de Coca continha 80 mg de cafeína, tanto quanto uma latinha de Red Bull contém hoje.


O juiz responsável pelo caso o rejeitou, e após anos de apelação a questão foi encerrada com um acordo sem definição de culpabilidade.


A interessante história do julgamento está toda no The New York Times de ontem.


Mesmo com a atual discussão médica e legal sobre os efeitos das ditas bebidas energéticas sobre a pressão arterial, o sono e padrões de vício, algumas perguntas vitais permanecem sem respostas:


1 - Qual a dose diária segura de cafeína?


2 – A cafeína natural contida no café age de maneira diferente da cafeína adicionada artificialmente aos refrigerantes?


3 – Cafeína vicia?


4 – Pode ser vendida aos menores de idade?


Em 1912, o editorial do periódico “The American Journal of the American Medical Association” escreveu: “É gratificante que os efeitos sobre o sistema humano de uma droga com a cafeína sejam investigados por testes científicos rigorosos realizados pelas mãos de pesquisadores capazes; apenas dessa forma existirá uma base adequada para conclusões corretas sobre os possíveis riscos ligados ao uso de bebidas contendo cafeína”.


Em 2011, no mesmo periódico, as pesquisadoras Amélia Arria e Mary Claire O’Briend escreveram: “mais pesquisa é necessária, em particular, para guiar a tomada de decisão por parte das agências reguladoras para estabelecimento de limites comprovados cientificamente para a quantidade de cafeína que um fabricante pode incluir em uma única dose de qualquer bebida”.


Na verdade, cem anos depois do dito julgamento continuamos sem evidências científicas reais de que uma elevada quantidade de cafeína possa ou não representar uma ameaça tão grande à saúde pública e individual quanto às bebidas alcoólicas.


O que fazer? Recomendo tomar um cafezinho ou uma Coca Zero para melhor divagar a respeito do tema.


Sem culpa.



Che Guevara e sua ração de cafeína

terça-feira, 29 de março de 2011

Morre o grande brasileiro José Alencar

Morreu agora há pouco, por volta das 14:50 h, o ex Vice-Presidente José Alencar. Um homem que se notablilizou pela trajetória digna que cumpriu na vida pública, e pela incansável luta contra o câncer. Aos 79 anos, resistiu a inúmeras cirurgias, quimioterapia entre outros tratamentos que enfrentou em sua árdua luta pela vida.


Paulo Henrique Amorim, republicou em seu Conversa Afiada, uma entrevista com o então Vice-Presidente da República,  ao sair de uma de suas inúmeras internações hospitalares. E nela, uma pequena frase que resume o caráter deste cidadão de bem.
"Não tenho medo da morte. Mas da desonra". 

Fique em paz, José Alencar

Foto: autor desconhecido

José Alencar, vice-presidente da República nos dois mandatos do ex-presidente Lula, acaba de falecer, vítima do câncer contra o qual lutou por 13 anos.

Alencar dignificou o cargo público que ocupou e sua condição de paciente. Lutou pela vida com todas as forças e os meios possíveis. Foi um exemplo de superação e força de vontade,
com uma voluntariedade difícil de ser imitada. Merece, por isso, todas as homenagens que certamente lhe serão conferidas.

A vida segue seu curso. Fique em paz, Alencar.

Funcionários públicos endividados

Aí está uma bela pauta para os jornalistas da terra: o endividamento dos servidores públicos no Estado do Pará, motivados pela facilidade de crédito decorrente dos chamados empréstimos consignados.

Alguém duvida que o Banpará, por exemplo, já não teria sido privatizado se não fossem os Multicreds da vida?

Alice na CBF

Sepp Blatter, presidente da FIFA, deu uma chamada ontem em Ricardo Teixeira, indignatário da Confederação Brasileira de Futebol, a CBF: as obras para a Copa de 2014 no Brasil estariam mais atrasadas do que estavam as da África do Sul, quando faltava o mesmo tempo para a Copa de 2010.

A CBF, em lugar de justificar a situação ou demonstrar que o cronograma de preparação está sendo cumprido, resolveu dar um pulo além do espelho: disse que Blatter, no início de março, teria elogiado os preparativos para a Copa no Brasil - na tentativa indireta de mostrar incoerência no discurso do mandatário da FIFA.

Melhor fez o Ministro dos Esportes, que convidou/desafiou Blatter a vir conferir o tal atraso no cronograma in loco. Mas se Orlando Silva é bom de discurso, parece não ter a mesma desenvoltura quando o assunto é tocar um evento de proporções mundiais: as obras andam reconhecidamente a passos de cágado. A situação vai caminhando para o desejo geral das empreiteiras e governantes das futuras subsedes; é quase certo que haverá derrama de dinheiro público e afrouxamento dos mecanismos de controle às vésperas da Copa, para que estádios, aeroportos e outras obras de infraestrutura fiquem prontos.

É o descalabro administrativo mais anunciado da história do país acontecendo dia-a-dia e a olhos nus.

segunda-feira, 28 de março de 2011

Mantendo o estilo

O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, está empenhado em criar um novo partido no Brasil. Até segunda ordem chamado de Partido Social Democrático - PSD, seria o 28º em atividade no país. Como se precisássemos de mais!
Mas além da semelhança do nome e consequentemente da legenda, o novo DEM parece uma legítima cria do PSDB, ao menos no que tange a sua forma de esclarecer as coisas. Algo assim meio em cima do muro. Veja o que disse Kassab sobre a ideologia da nova agremiação:

"O partido não será de direita, nem de esquerda, nem centro."

Claríssimo. O partido será, como podemos perceber, igual aos demais.

domingo, 27 de março de 2011

Um Porto Alegre de emoções

Ei.
Vem comigo, passear aqui.

Sobre o Rio Grande do Sul. Torrão de meus ancestrais por parte paterna. Digo que meu avô , tenente do exército, embarcou no "Trem da Alegria" ao lado de Getúlio Vargas em direção ao Estado de São Paulo para dar início à revolução. Anos de 1930.

Ele é natural do Alegrete (RS). Terra de corajosos homens de armas na fronteira do Uruguai. Terra de homens de outras armas: a poesia.
Terra do maior líder político da história do Brasil: Getúlio Vargas.

Meu avô, Antonio Marcelino Pereira, foi um dos primeiros gaúchos a desbravar o até então inóspito sul do Pará, a partir de Conceição do Araguaia e, alguns anos depois, já casado, estabelecendo-se, até a sua morte, definitavamente em Marabá; onde serviu à comunidade, como delegado por mais de 10 anos.

Mas o que marca meu avô é outra coisa. Ele foi o primeiro industrial da região, montando fábrica de sabão, de mosaico, olaria; a primeira máquina de beneficamento de arroz importada da Itália, e como se não bastasse, introduzindo rebanhos de mulas e burros de cargas, prática pouco aproveitada pela população de então.

Meu avô foi um homem extraordinário.

E nas estâncias do gaúcho da fronteira. Guapos que fardam indumentária de botas cano longo com esporas, calça comprida bombacha, lenço ao pescoço e punhal na cinta incorporado no cinto com alforge que abriga o fumo, esmeradamente plantado, secado e cortado, para o caximbo ou papel de palha de milho para pitar.

O buraco cavado raso para espetar a carne da caça e vara fina, com brasa preparada com cavaco aparado e seco. Só o sal grosso no churrasco de fogo de chão. E a companheirada passando a cuia de chimarrão no sentido horário; a garrafa com água quente ou o bule aparado por corrente fixada em forma de triângulo, é o anteparo. E festa de confraternização, se dá.

Noutra fogueira o grão cozindo em fogo alto, lambendo o fundo do tacho de ferro. Arroz carreteiro e pimenta no pé da mesa.

O Alegrete é terra de Mario Quintana, o Alegrete é sua morada. Porto Alegre seu descanço outonal, num apartamento do Grande Hotel, falido, incorporado pelo governo do Rio Grande do Sul, onde hoje é a Casa de Cultura Mário Quintana, no Centro da cidade.
Conheci-a, por ocasião, na semana passada; em visita à prestigiar a abertura da agenda cultural da Casa de Cultura Mário Quintana, com exposição de fotografia na Galeria Xico Stockinger - Museu de Arte Contemporânea do Rio Grande do Sul – espaço cultural trilegal –, onde minha irmã, a arquiteta e fotógrafa Flavya Mutran, abriu a pauta anual com a mostra individual "Pretérito Imperfeito de Territórios Móveis", um dos trabalhos premiados com o XI Prêmio Funarte de Fotografia Marc Ferrez de 2010, do Ministério da Cultura.

E vamos a Mario por ele mesmo.


Nasci em Alegrete, em 30 de julho de 1906. Creio que foi a principal coisa que me aconteceu. E agora pedem-me que fale sobre mim mesmo. Bem! Eu sempre achei que toda confissão não transfigurada pela arte é indecente. Minha vida está nos meus poemas, meus poemas são eu mesmo, nunca escrevi uma vírgula que não fosse uma confissão. Ah! mas o que querem são detalhes, cruezas, fofocas... Aí vai! Estou com 78 anos, mas sem idade. Idades só há duas: ou se está vivo ou morto. Neste último caso é idade demais, pois foi-nos prometida a Eternidade.


Nasci no rigor do inverno, temperatura: 1 grau; e ainda por cima prematuramente, o que me deixava meio complexado, pois achava que não estava pronto. Até que um dia descobri que alguém tão completo como Winston Churchill nascera prematuro - o mesmo tendo acontecido a sir Isaac Newton! Excusez du peu... Prefiro citar a opinião dos outros sobre mim. Dizem que sou modesto. Pelo contrário, sou tão orgulhoso que acho que nunca escrevi algo à minha altura. Porque poesia é insatisfação, um anseio de auto-superação. Um poeta satisfeito não satisfaz. Dizem que sou tímido. Nada disso! sou é caladão, introspectivo. Não sei porque sujeitam os introvertidos a tratamentos. Só por não poderem ser chatos como os outros?

Exatamente por execrar a chatice, a longuidão, é que eu adoro a síntese. Outro elemento da poesia é a busca da forma (não da fôrma), a dosagem das palavras. Talvez concorra para esse meu cuidado o fato de ter sido prático de farmácia durante cinco anos. Note-se que é o mesmo caso de Carlos Drummond de Andrade, de Alberto de Oliveira, de Erico Verissimo - que bem sabem (ou souberam) o que é a luta amorosa com as palavras.

(Texto escrito pelo poeta para a revista IstoÉ de 14/11/1984)


Abduzido por ambiente impregnado do "fazer e circular" cultura; exercê-la plenamente sob as benções invisíveis do talento que sopra a emprenhar os desígnios de minha irmã; o pelejar agregado pelo esclarecimento acadêmico; o andar já da velocidade das redes sociais; um toque de gênio a apalpar os segredos da semiótica que nos rodeia, encanta e emociona a ponto de paixão desmedida, desmensurada. Foi isso que captei na rápida visita a Porto Alegre.

E cito Quintana:

Os degraus

Não desças os degraus do sonho
Para não despertar os monstros.
Não subas aos sótãos - onde
Os deuses, por trás das suas máscaras,
Ocultam o próprio enigma.
Não desças, não subas, fica.
O mistério está é na tua vida!
E é um sonho louco este nosso mundo...

(Baú de Espantos)


Meu relato em fotos.




































































































































Flavya Mutran e um casal de amigos. Ele, médico paraense radicado há 30 anos em Porto Alegre, ao lado de sua esposa, também paraense, de Belém do Pará.

Finalizando com Quintana.

PROJETO DE PREFÁCIO

Sábias agudezas... refinamentos...
- não!
Nada disso encontrarás aqui.
Um poema não é para te distraíres
como com essas imagens mutantes de caleidoscópios.
Um poema não é quando te deténs para apreciar um detalhe
Um poema não é também quando paras no fim,
porque um verdadeiro poema continua sempre...
Um poema que não te ajude a viver e não saiba preparar-te para a morte
não tem sentido: é um pobre chocalho de palavras.

Mario Quintana

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"Uhhhh Huuuu!!!!"

by Val-André.

sábado, 26 de março de 2011

Arte e tsunami


A comunidade virtual francesa CSFL, ligada ao grafismo, aos desenhos, aos quadrinhos, à ilustração e aos mangás, está reunindo desenhos que ilustram o gigantesco drama da nação japonesa.
Em 30 de abril haverá um leilão na galeria Arludik, em Paris, onde as 50 melhores ilustrações serão vendidas para angariar fundos destinados a associações humanitárias atuantes na recuperação das áreas mais atingidas.
Curiosamente, o apocalipse é tema frequente de vários mangás famosos, como Akira, Hokuto no Ken e Neon Genesis Evangelion.
Tsunamis e terremotos aparecem em várias séries, geralmente justificando um mundo pós-apocalíptico.
No famoso Spirit of the Sun (2003), de Kaiji Kawaguchi, um terremoto gigantesco divide em duas a ilha de Honshu, a principal do Japão, gerando um tsunami que destrói o resto do país.
Nos últimos dias várias publicações foram suspensas, assim como reprises de animés relacionadas a estes temas foram retiradas das programações da televisão japonesa, e provavelmente o mesmo deve ter acontecido em muitos outros países.
Sem dúvida as artes visuais são uma maneira efetiva de mandar mensagens de apoio às vítimas e às suas famílias, com respeito e dignidade. Eu imagino que muitos brasileiros devam participar do projeto, denominado "Tsunami – imagens para o Japão”.


Akira; baseado na obra de Katsuhiro Otomo

sexta-feira, 25 de março de 2011

Siouxsie & The Banshees: A 5ª essencia do pós punk



Sabe aqueles dias que o sujeito (a) chega em casa totalmente consumido por uma jornada puxada e que a única coisa que deseja é tomar uma ducha quente, e no caminho do banheiro tomar uma dose de scotch?

– Pois é exatamente assim que estava quando cheguei essa noite em minha casa.

Liguei o possante. Passei rapidamente a vista nas opções e, vai saber por quê? Resolvi selecionar uma sequência aleatória da banda pós-punk Siouxsie & The Banshees.

Aumentei o som e fui para o banheiro.

Na segunda música, uma energia invisível me deslocou – como numa máquina do tempo – para a Belém de 1983.

– Lá embaixo, no piso térreo de minha casa. Enquanto acionava a forma de gelo para preparar um drink pós happy hour que não rolou – Brasília apresenta aos moradores um clima maluco: mistura de secura, chuva e calor dos infernos (nunca fui lá, mas parece que deve ser assim) –, aproveitei para brincar um pouco com meu cãozinho.

Sua companheira, bem mais velha, morreu quando estive em Belém há três semanas atrás.

A nossa poodle Lessie, morreu de causas naturais, por velhice – ela tinha 17 anos –, mas era a namorada do vigoroso Teddy. Um patife de raça misturada que, agora, faz carreira solo no terreno daqui.

Pois bem.

Enviei uma senha de prioridade para meu servidor dedicado e fiz um upload do especial da banda em tela para que os leitores do blog, possam avaliar, segundo seus próprios critérios, o quanto eu penso que Siouxsie & The Banshees influenciou e continua influenciando bandas supermodernas como The Strokes, Pulp, The Fall, Muse... e mais uma plêiade de promessas para esses dias de século XXI.

Seria ótimo que os vestais que soltam sentenças a torto e a direita, pudessem, um dia, prestar um pouco a atenção nas letras dessa bandas referencial.

E nesses dias que hoje vivemos, diga-se de passagem: quebram ditadores. Desnudam vagabundos que adoram praticar o assalto ao dinheiro público e tiram de circulação, a bem do serviço público e regozijo da sociedade, funcionários públicos, pagos com nossos impostos, que não merecem estar entre nós a nos julgar.

Dias em que a Justiça tenta – jamais conseguirá – calar a boca de Lúcio Flavio Pinto, Ana Célia Pinheiro e Augusto Barata e o jornal O Estado de S. Paulo.

Dias de alegria e cansaço por aqui. De preocupação e indignação com a Justiça do Estado do Pará, aplaudidas por um nicho de porcas lideranças covardes que, muito brevemente, mergulharão em suas insignificâncias.

Pós-punk como remédio contra o recrudescimento da censura.

– Xô!

Era uma vez...

...Um talento chamado?

– Björk

Um dos mais extraordinários vídeo clip's jamais produzidos, dessa irlandesa que, tive o privilégio de lançar nas pistas do La Cage, ainda sob a ordem de sua banda Sugarcubes.

A simbiose sonora do Gotan Project



Há muito tenho pensado sobre o que virá após a velocidade desses dias que estamos vivendo e testemunhando.

O crescimento é, sob certa perspectiva – particular do ângulo de quem a vê – o início de muitas coisas como a conhecemos hoje, e é também, o princípio de outras, ainda desconhecidas.

Há, nesse intenso processo algo descontrolado de mundo contemporâneo, uma lembrança.

Coisa de quatro anos atrás, quando conheci pessoalmente o CEO do Flanar, numa prosaica festa de aniversário em Belém, para onde tinha me deslocado de Brasília para Marabá e de lá para a cidade das mangueiras, Barretto trocando músicas e outras muitas figurinhas comigo, apresentou-me o Gotan Project.

Na ocasião estava de férias e no dia seguinte passei uma semana em Salinas, a outra em Palmas, até retornar numa segunda-feira, às minhas atividades do ganha pão de cada dia.

Na rota acima referida, passei o arquivo do GP do HD para um pen drive e comecei a escutá-lo, em volume civilizado na Praia do Atalaia e de lá pelas estradas e outras paragens na rota de volta para casa.

Lú, Valzinho e eu, gostamos de cara, do som resultante dessa provocadora simbiose musical que é a cara do início do século XXI, acompanhadas de suas rápidas transformações do mundo que hoje conhecemos.

Tango, electro music, musak, fossa nova... Um pouco de um caldeirão sob a inspiração portenha e européia. Dificil de descrever se não for ouvido com calma.

Eis ai em cima, no player disponível para download, portanto, o que consegui agregar da discografia originalmente presenteada da banda pelo meu amigo Carlos Barretto. Banda, diga-se, multiétnica, poliritmica e absolutamente talentosa.

Set List
1 Gotan Project II - "Triptico"
2 Gotan Project - "Zen Men"
3 Gotan Project - "Una Musica Brutal"
4 Gotan Project - "Sufism"
5 Gotan Project - "Shall We Dance Soundtrack"
6 Gotan Project - "Santa Maria"
7 Gotan Project - "My Funny Valentine"
8 Gotan Project - "Santa Maria"
9 Gotan Project - Whatever Lola Wants
10 Gotan Project - "London in The Rain"
11 Gotan Project - "Tango Cancion"
12 Gotan Project - "Indian Gipsy"
13 Gotan Project - "Buddah Bar"
14 Gotan Project - "Celos"
15 Gotan Project - "Diferente"
16 Gotan Project - "Criminal"
17 Gotan Project - "Paris, Texas"
18 Gotan Project - "Chunga's Revenge"
19 Gotan Project - "Queremos Paz"
20 Gotan Project - "Silencio (Gardel)"

Enjoy now!

Uma pérola do underground belga


Ela tem apenas 21 anos e há pouco tempo ainda cantava nos bares underground de Leuven - a cidade flemenga famosa por sua top university, a Universidade Católica de Leuven. Este mês, ela é a capa da edição belga da revista Elle e seu vídeo no Youtube, intitulado White girl sings like a Jamaican, onde ela canta a canção Raggamuffin ao vivo, num festival em Antwerpen, já foi visto mais de 800 mil vezes.
Antes de lançar o primeiro CD cantou ao lado de Prince, Cee-Lo Green (um dos mestres da soul music contemporânea) e aqui, no célebre programa da TV francesa Taratatá, ao lado de ninguém menos do que Moby. Eles cantam a canção emblemática de Lou Reed.
Para saber mais de Selah Sue, nada melhor que visitar o site dela. Trilha sonora perfeita para um final de semana desse comecinho de primavera.

Raimundo Paccó - Imagens Sem Fronteiras.


Este é o lado do fotógrafo Raimundo Paccó, conhecido dos consumidores de imagens e notícias.
Talhado no front do fotojornalismo, Paccó conheceu o mundo trabalhando para jornais como Correio Brasiliense, Folha de São Paulo entre tantos outros. Um trabalho voltado a documentação, cobertura diária. Companheiro em grandes reportagens como o assassinato de Dorothy Stang ou massacre dos garimpeiros pelos índios Cinta Larga em Rondônia, ambos tão simbólicos para Amazônia.
Este que mostro aqui, em pequeníssimo ensaio, vem com um olhar menos tensionado pelo tempo , contemplativo, alheio a produção do chamado hard news jornalistico.
Como barco ao largo da cidade flanando pelos rios ele transita. Um caminho de luzes trilhado por onde o fotógrafo passa, passa e vê, o movimento das cores nas velhas e sólidas construções estáticas, história que se confunde com cenários cenográficos, vermelho tungstênio marcado nas pedras do forte, e a lua que ele não mostrou naquele dia.






Sobre quem nos julga



Sempre fui um fã incondicional de animações. E não poderia deixar de compartilhar com os leitores, esta animação espetacular de David Lisbe do Ringling College of Art and Design, na quase sempre ensolarada Flórida. Com agradecimentos a nossa leitora e colaboradora secreta, RZ. Beijos querida.

Mistério revelado


Imagem: Ben Stansall/AP

Durante 35 anos Fiona Walker foi anonimamente famosa.

Tudo começou em 1976, aos 18 anos, quando ela foi convencida pelo namorado a posar para um ensaio de fotografias sensuais, na Universidade de Birmingham.

Uma das fotografias virou pôster e vendeu mais de 2 milhões de unidades, tornando-se uma das imagens mais famosas do universo esportivo e um dos pôsteres mais vendidos de todos os tempos.

Agora Fiona, aos 52 anos, resolveu revelar a sua identidade e que não gosta de tênis. Contou que as bolinhas espalhadas na quadra pertenciam ao seu cachorro, que o boné era do seu pai e o vestido emprestado. E que não recebeu um centavo sequer pelas fotos.

Penso que talvez a manutenção do mistério tivesse sido bem melhor e que a enigmática e sensual tenista sem rosto, que povoou o imaginário de muitos por décadas, tivesse permanecido anônima e jovem por toda a eternidade.

quinta-feira, 24 de março de 2011

Como o Poraquê pode entrar na sua vida

Imagem: Wikipedia
Os habitantes de nossa região, especialmente os do interior, já o conhecem. Trata-se do Electrophorus electricus, vulgarmente conhecido na região como Poraquê, ou ainda mais conhecido como "peixe elétrico". O Poraquê, segundo a Wikipedia, se molestado, é capaz de gerar de 300 volts a 0,5 ampère até 1500 volts a cerca de 3 ampères! Ou seja, um choque e tanto. Ainda na Wikipedia, matei a curiosidade e descobri que o nome Poraquê, vem da língua tupi, que pode significar "o que faz dormir" ou "o que entorpece". 
Longe de adormecer ou ficar de barato, você pode mesmo morrer se receber as descargas mais elevadas do bicho, que teriam a capacidade de levar para o túmulo um majestoso cavalo. Afinal, o peixe pode chegar a 3 metros de comprimento e pesar cerca de 30 kg. Um verdadeiro cabo de alta tensão. E se levarmos em conta o fato da água ser um ótimo condutor de eletricidade, você inclusive pode nem tomar conhecimento daquilo que o levou para o purgatório. (Hehehe). Basta que esteja próximo ao bicho. Se ele se invocar com você não gostar de sua cara e liberar a sua descarga elétrica, mesmo à alguma distância, poderá no mínimo lhe proporcionar um baita de um susto.
Veja por exemplo, o interessante vídeo abaixo.


Percebam o que acontece quando um modesto Poraquêzinho (com certeza está mais para um Mussum) é abocanhado por um Jacaré de pequeno tamanho (Não é exatamente um "calango". Vamos combinar!). Veja e tire suas conclusões. O vídeo é precioso e pode mesmo ser uma raríssima oportunidade de surpreender um evento natural como esse.

*Nossos agradecimentos ao farmacêutico e magnata dos medicamentos na amazônia Marcos Castello, vulgarmente conhecido na tuitolândia como @Castellito, por compartilhar a preciosa informação.

Guia de São Paulo grátis para seu iPhone

Quem viaja, sabe que um bom guia pode mesmo fazer a diferença. O problema ainda é o volume e peso que estes produtos, (alguns, verdadeiras maravilhas gráficas), podem fazer em sua bolsa ou malas. Se for a várias cidades, a coisa pode ainda ficar mais complicada. Sendo assim, a opção do guia eletrônico, passou a ser mais interessante. E com o advento dos smartphones, é quase inacreditável que você ainda não tenha um. 
Atualmente, existem inúmeras opções nas lojas de aplicativos online para smatphones. Desde os modelos mais descolados e pagos do Lonely Planet, até os fornecidos gratuitamente no Brasil Mobilewebsite da Embratur para estrangeiros.
Mas a canadense mTrip, também possui uma grande variedade de guias eletrônicos de viagem. E acaba de desenvolver o primeiro guia mTrip de uma cidade brasileira. Por enquanto, São Paulo é a única contemplada. 
Contudo, a dica e motivo maior deste post é a seguinte. Quem acessar o mTrip São Paulo através do Blog do iPhone, pode ir baixando grátis o Guia de São Paulo. Você clica neste link, lê a matéria do Blog do iPhone, e lá no finalzinho, vai encontrar a maneira de baixá-lo de graça através da iTunes App Store. De outra forma, o aplicativo custa 5 dólares! Então, o que está esperando? Clique logo aqui e vá pro abraço.

Manipulação

Já que este é um blog feito por pessoas que gostam de tecnologia, em diferentes tipos de máquinas, compartilho um belo vídeo publicitário, batizado de "Manipulation", sobre o novo Audi A6, linha 2012, com carroceria de alumínio. No filme, uma pessoa molda pequenos blocos de alumínio e constroi o carro com as próprias mãos. Uma ideia inteligente e visualmente encantadora.


Por fim, o carro acabado, sobre os quais você pode obter maiores informações lendo aqui. O modelo atual do A6, segundo o site brasileiro da própria Audi, custa a partir de R$ 272.700,00. Um troco. Aproveite.

quarta-feira, 23 de março de 2011

Magrela McLaren



Para os aficcionados por bicicletas, a mais nova opção é a Venge, superbike fabricada pela McLaren em associação com a americana Specialized.
O quadro pesa apenas 950 g e o preço do modelo completo beira os US$8,500, nos EUA.
No Brasil, pedalar com tanta exclusividade deve custar o dobro.
A propósito, a Venge estreou nas competições no último sábado, tendo inclusive vencido a tradicional prova Milano-San Remo, de 298 km de extensão, com Matthew Goss.
Quem se habilita?

terça-feira, 22 de março de 2011

As aventuras de Edu e Dorinha – parte 2: a carona

Toda sexta à noite, Edu, o nosso herói (?!) da primeira parte de suas próprias aventuras, tinha o hábito e a obrigação de ir dormir na casa de seu pai, portador da terrível doença de Alzheimer. Ele aproveitava então para barbeá-lo, passear de carro com ele e assistir DVD’s dos velhos tempos, tipo Oscarito e Grande Otelo.

Dorinha, sua fiel esposa, que a princípio fora contra essas saídas, acabou por concordar, desde que Edu aceitasse que ela saísse com a inseparável amiga Helga para “tomar uma caipiroska, dançar um pouco e dar uma espiada na balada”. E fez questão de frisar que o dia que o sogro morresse ela continuaria saindo com a sua melhor amiga. “Algo assim como direito adquirido”, ela disse.

Meses e meses então se passaram, sem mais atritos ou desconfianças.

Mas, numa chuvosa sexta-feira à tarde, tudo se complicou numa improvável reviravolta.

Edu já aprontava a sua mochila quando Dorinha lhe fez o pedido fatal: “amor, você pode levar a Helga pra casa dela? É bem no caminho da casa do seu pai”.

Meio a contragosto, mas com um enorme sorriso estampado, Edu embarcou no seu Kadett cinza, com a Helga e sua minúscula saia bem à vontade no banco do passageiro.

Como o trânsito estava muito ruim, houve tempo para conversas triviais sobre coisa nenhuma, até que de repente a quarentona Helga partiu para um surpreendente ataque: “Edu, tu me achas bonita? Me fala a verdade”.

De fato quase não houve tempo para a resposta, pois a mão esquerda dela começou a trabalhar rápido em todo e qualquer zíper que pudesse ser aberto.

Helguita, isso não vai dar certo”, ainda tentou argumentar Edu, mas ela replicou de forma irrefutável: “cala a boca e pega a Conselheiro”.

Quando Helga praticamente obrigou Edu a entrar na garagem do prédio em que ela morava no apartamento 901 com a mãe e o filho, ele gelou, pensando no escândalo que seria.

Ao entrar no elevador, Edu congelou de vez no instante em que ela apertou o botão do nono andar e não parou de beijá-lo e de apalpá-lo até que a porta se abrisse no destino.

Rápida como uma serpente, Helga passou a mão no chaveiro e abriu a porta do apartamento 902, empurrando um atônito Edu para dentro.

Peraí, peraí, Helga, tu não moras no 901? Eu estive lá várias vezes, inclusive um dia desses, no teu aniversário. E o que significa este apartamento todo vermelho? E estes quadros indecentes?”, sussurou um já semi-desnudo e quase totalmente dominado Edu.

Eduzinho, bem que a Dora me diz que tu és meio bobinho! Este é o ninho de amor que eu e a ..., minha amiga ..., nós alugamos só pra..., bem, tu sabes...

Neste momento Helga calou a sua boca enchendo-a com partes do corpo de um Edu gemente, com a roupa rasgada, e jogado no chão.

Nosso herói fez então um derradeiro e gigantesco esforço físico, levantou-se, subiu a calça, e fugiu bravamente escada abaixo.

Edu só parou para pensar já no portão da casa do seu pai, ao parar, esbaforido.

Antes de entrar, murmurou para si mesmo: “ah, se a Dorinha não fosse uma esposa tão dedicada...

segunda-feira, 21 de março de 2011

Benedito Nunes no Jornal Pessoal

A última edição do Jornal Pessoal, do jornalista Lúcio Flávio Pinto, traz encartada uma entrevista concedida pelo filósofo Benedito Nunes ao editor, falando sobre sua formação literária e seu amor pelos livros. LFP explica que a reportagem deveria sair no Bandeira 3, antiga publicação sob sua responsabilidade, mas acabou sendo divulgada pela extinta Província do Pará, nos idos dos anos 70.

Mais tarde, por sugestão de Lúcio, a UFPa transformou a reportagem em livreto e o distribuiu aos calouros, em determinado ano, tornando aquela conversa transcrita uma raridade.

Agora, Lúcio Flávio resgatou a entrevista e a dispôs aos leitores do JP. Nela, Benedito fez uma relação de livros essenciais à sua formação, falou de seus autores preferidos, contou como formou sua biblioteca. Em um trecho poético, o filósofo fez notar que uma biblioteca é o organismo vivo, que cresce, tem perdas, aspirações, exige cuidados e, no caso, nasceu antes mesmo de seu proprietário, já que iniciada pelo pai com quem ele não teve contato pessoal.

A história do amor do professor Benedito Nunes aos livros é encantadora. Saber da dedicação à sua biblioteca e da generosidade de fraqueá-la a quem precisava (mesmo ao preço da perda de uns bons exemplares) poderia muito bem nutrir a pretensão de outros que sonham um dia formar torres de conhecimento como aquela que foi construída na Travessa da Estrela.

Parabéns ao Lúcio Flávio pela contribuição à memorabilia paraense. O encarte é para ser guardado como um pequeno tesouro.

Um apelo ao Jornal Pessoal

Aliás, todo o Jornal Pessoal da 1ª quinzena de março está muito bom. Esta edição do JP supera várias das edições anteriores do próprio jornal. Há tempos não se lia um Lúcio Flávio tão provocativo e tão inspirado.

É natural que uma publicação de cunho tão pessoal, escrita por uma única pena, esteja sujeita às vicissitudes daquele que a escreve. Os leitores do JP sabem bem das dificuldades que o solitário redator tem para dar conta das edições quinzenais, e principalmente para garantir-lhes o ótimo nível. A última edição deixou-me a impressão de que sobrou um tempinho a mais, nestes 15 últimos dias, para que LFP burilasse melhor seus artigos. Talvez suas lutas judiciais lhe tenham dado trégua; talvez – pior – tenha sido a dor da perda do mestre, o professor Benedito Nunes, o dínamo que embalou a publicação.

O fato é que algo precisa ser urgentemente dito, em favor do jornal: R$ 3,00 não pagam o serviço público que o JP presta à sociedade paraense. R$ 6,00 por mês são um investimento pífio, mais ainda se se comparar com o R$ 1,00, ou R$ 1,50 diários que Diário do Pará e O Liberal cobram, respectivamente, por suas edições.

Por isso, serei um consumidor que reclamará às avessas: quero que o JP aumente seu preço de capa. Cinco reais por edição seria um valor mais que justo; dez reais mensais se justificam sobremaneira, pela importância que o jornal tem para a sociedade paraense. Uma análise de mercado superficial já seria suficiente para dizer que o público do Jornal Pessoal, os cerca de 1.500 a 2.000 leitores que compram o jornal nas bancas de revista da cidade, detêm capacidade econômica suficiente para arcar com este aumento de 66% do preço de venda – uma bobagem, se notarmos que o JP não reajusta seu preço há uns bons anos.

De quebra, poderíamos ter a oportunidade de nos deleitar mais frequentemente com suplementos como este último, em homenagem a Benedito Nunes. Um suplemento que, por certo, rendeu um sacrifício extra ao solitário redator/editor/repórter do JP.

Por isso, apelo: Lúcio Flávio, reajuste o preço do Jornal Pessoal. Este seu leitor agradeceria.

domingo, 20 de março de 2011

Trilha sonora para mais uma guerra I



E lá estão eles a bombardear mais um país. E nesses tempos de guerra, acordei com essa canção na cabeça.
Aqui interpretada por Hanna Schygulla, musa do cineasta Rainer Werner Fasbinder, no filme feito por ele em 1981. A tradução é:
Lili Marleen
(Hans Leip, 1915)
Em frente ao quartel
Diante do portão
Havia um poste com um lampião
E se ele ainda estiver lá
Lá desejamos nos reencontrar
Queremos junto ao lampião ficar
Como outrora, Lili Marlene. (2x)
Nossas duas sombras
Pareciam uma só
Tinhamos tanto amor
Que todos logo percebiam
E toda a gente ficava a contemplar
Quando estávamos junto ao lampião
Como outrora, Lili Marlene. (2x)
Gritou o sentinela
Que soaram o toque de recolher
(Um atraso) pode te custar três dias
Companheiro, já estou indo
E então dissemos adeus
Como gostaria de ir contigo
Contigo, Lili Marlene (2x)
O lampião conhece teus passos
Teu lindo caminhar
Todas as noites ele queima
Mas há tempos se esqueceu de mim
E, caso algo ruim me aconteça
Quem vai estar junto ao lampião
Contigo, Lili Marlene ? (2x)
Do tranquilo céu,
Das profundezas da terra
Me surge como em sonho
Teu rosto amado
Envolto na névoa da noite
Será que voltarei para nosso lampião
Como outrora, Lili Marlene. (2x)

Trilha sonora para mais uma guerra II


O texto a tradução e a história da canção Lili Marleen encontrei no site de um mineiro apaixonado por miniaturas, Murilo Moreira Jr . Ele escreveu o texto para explicar o porque de uma miniatura de 1940, chamada Lili Of The Lamplight (1940).

A letra foi originariamente escrita em 1915 na forma de um poema por um soldado alemão da Primeira Guerra chamado Hans Leip. Posteriormente publicado em uma coletânea de sua poesia em 1937, as metáforas e a emoção do poema chamaram a atenção de Norbert Schultze, que o transformou em musica em 1938.
Lili Marlene se tornou uma canção de guerra quando foi transmitida por uma rádio alemã em Belgrado e foi captada pelos soldados alemães do Afrika Korps de Rommel.
Rommel gostou tanto da música que solicitou à Radio Belgrado que a incorporasse em sua programação, no que foi atendido. A canção era tocada às 21:55h todas as noites imediatamente antes do fim das transmissões.
Os aliados escutaram a música e Lili Marlene se tornou a melodia favorita dos dois lados, a despeito do idioma. Os saudosos soldados eram levados às lágrimas pela voz da, até então, desconhecida cantora Lale Andersen, que se tornou uma estrela international. No entanto, a cantora mais famosa foi Marlene Dietrich, que começou a cantar a música em 1943.
A enorme popularidade da versão alemã induziu a criação de uma apressada versão em inglês escrita pelo compositor britânico Tommie Connor em 1944 e transmitida pela BBC para as tropas aliadas.






Esperando a Lua

Enquanto a lua não vem Raimundo Paccó fotografa da janela..



Em Busca da Lua




sábado, 19 de março de 2011

Lua no Perigeu

Na madrugada de ontem registrei uma dezena de imagens iguais a esta, com uma lente de 300 mm montada em uma Nikon D80. O Perigeu lunar, na verdade será pleno hoje. Mas iniciei o registro na madrugada de ontem, temendo que o mau tempo comprometesse a oportunidade.

No início da madrugada, a lua pode ser vista em toda sua majestade, em um céu claro e limpo de nuvens.


Para em seguida,  por volta das 4 da madrugada, desaparecer em meio as nuvens.

O meu olhar sobre o trabalho de Flavya

Começou hoje, em Porto Alegre. Mas, alcança muito do tempo pretérito.

Vejam.

sexta-feira, 18 de março de 2011

Ana Mokarzel - Imagens Sem Fronteiras.

Com prazer mostro três pequenas edições, com fotos pinçadas cuidadosamente, entre alguns dos ensaios já produzidos pela Ana Mokarzel.
Esta nova e tão produtiva fotógrafa, com energia adolescente mas olhar maduro, constrói suas imagens com total liberdade, trascendendo os elementos nela contidos. Belo trabalho Aninhazinha.



Ensaio I






Ensaio II







Ensaio III