domingo, 30 de setembro de 2007

Sacizeiro: adj.


É menino traquinas, apesar de ser com uma perna só. Do foclore brasileiro, o saci vem perdendo terreno para lendas importadas, como é o caso dos raloins. Como exemplo de resistência fundaram então uma sociedade que se propõe lutar pela presença do Saci no imaginário brasileiro. Na simpática página eletrônica, é possível se associar à empreitada, conhecer os causos, relatar os seus ou dos outros, e ler ou assinar abaixo assinado em defesa do nosso querido Saci Pererê, que, na logomarca, mais parece com o Pluto!
Em tempo: o termo que entitula o post aprendi na Bahia, na voz de um motorista de táxi; desconhecia até então a existência de tal vocábulo no falar brasílico. Trata-se de adjetivação que remete qualidade de Saci aos que têm conduta de moleque; que, por contumazes, enganam e dão prejuízos aos incautos com peças e mentiras. Pois bem, estás vendo algum saci por aí? Olha bem...

Kid Bujaru e o belo exemplo de ética

Essa preocupação ética, essa generosidade, é o que faz de Egydinho o advogado e militante respeitado que é, a despeito das eventuais divergências que se possa ter com ele. Trata-se, sem dúvida, de um dos raros exemplos, no exercício da advocacia e na política, de litigante que disputa o bom combate.

Com estas palavras, o Jornalista Augusto Barata define o advogado e amigo Egydio Sales Filho em seu blog. Refere-se a recusa de Egidinho em disputar a vaga ao desembargo, aberta após a morte súbita do desembargador Geraldo Lima. Para ler mais a respeito, vá ao Blog do Barata.

Muito justo o texto do jornalista sobre Egydinho. Afora a simpatia, alegria e bonomia que sempre caracterizaram a família Sales, a seriedade e o equilíbrio também bem os define.
Para quem não entendeu o título deste post, esclareço que há muito tempo, Egydio Sales Filho apresentava um ótimo programa na Rádio Cultura FM, com programação inteiramente dedicada ao rock, com o codinome de Kid Bujaru.
Quem ouviu, não esquece e quem perdeu, perdeu para sempre.
Ou será que não?

Case Mod


Aqui, uma CPU modificada em estilo japonês.

Tem gente que não se contenta com o aspecto repetitivo e monótono do design de suas CPUs, normalmente de cor bege ou preta, com aquele traçado retangular. E resolve partir para a aventura de modificá-los, às vezes com resultados no mínimo bizarros. São os chamados case mods. E acreditem. Há criatividade demais nestas modificações.
Leia mais na PC World BR e veja a galeria

Pablo Milanés: mágico do coração


Pablo Milanés e excelente banda no Hangar.

Vestido com simplicidade, o gigante encanta.

Ontem por volta de 20 h, no Hangar, realizei um velho sonho de assistir ao vivo um grande mestre da música cubana. Acompanhado de uma banda irretocável, cheia daqueles ritmos bem caribenhos, Pablo Milanés encantou a todos os presentes com sua voz incomparável e suas letras que tocam os corações. Quase inteiramente calvo e bem acima do peso, Pablo é absolutamente único na forma que canta.
Após uma estrondosa performance inicial da banda com 3 tecladistas, um saxofonista/flautista, um extraordinário baterista e um percussionista, ele chega lá, com roupas absolutamente singelas, senta no banquinho e arrebata nossos corações.
Tudo com equipamento sonoro de primeira.
E tudo isso, por apenas 5 reais, que é o preço do estacionamento do Hangar. Se você não for de carro, não paga nada mesmo.
E hoje vai ter nova dose. Absolutamente recomendável, mesmo que você tenha que enfrentar aquela fila de carros para entrar. Por esta razão, melhor chegar 1 hora antes.
Uma dica: ele cantou "Amo esta Isla" acompanhado em coro pelo público. Não faltou também "Yolanda", qua a platéia saudou com emoção.
Leia mais sobre Pablo Milanés na Wikipedia.

sexta-feira, 28 de setembro de 2007

Vírus para Mac OS????


Enquanto os usuários de Windows vivem aterrorizados com sucessões de vírus, spywares, malwares e toda sorte de pragas virtuais, os usuários de Mac OS seguem indiferentes.
É verdade que não existem vírus para Mac OS?
A resposta pode estar aqui.

140 anos, amanhã.


Completa o Grêmio Literário e Recreativo Português avançada efeméride. Fundado em 29 de setembro de 1867, para ilustrar a formação cultural da mais importante comunidade portuguesa na Amazônia, a instituição tem hoje em sua sede, na intersecção das Travessas Manoel Barata e Frutuoso Guimarães, mais que um belo patrimônio arquitetônico. Guarda-se ali uma das mais importantes coleções bibliográficas do país, que inclui entre outras rarirades uma camiliana completa e uma edição princeps do gênio camoniano, Os Lusíadas. Foi também alí, em um de seus magnifícos salões, a que se ascende por escada iluminada com as figuras de azulejo sobre a colonização da Amazônia (salvo engano), que formei meu gosto na sétima arte, assistindo importantes filmes projetados pela Associação Paraense de Críticos de Cinema. A APCC infelizmente, hoje, possui quase nenhuma atividade na formação de platéias, o que deveras é uma pena.

quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Nova Iorque e Giuliani


Giuliani no WTC em 2001 (Foto: NYT)

The number of casualties, will be more than any of us can bear ultimately.”

Com estas palavras, o então prefeito de Nova Iorque Rudolph Giuliani respondeu à imprensa em 11 de setembro de 2001, ansiosa por saber quantas vidas seriam perdidas com os ataques ao World Trade Center.
E o The New York Times não parece disposto a esquecer sua ativa participação durante aqueles dias que jamais sairão da memória do planeta.
Com artigo especial, comenta a personalidade polêmica de Giuliani, com direito a fotos e vídeos.
No início deste ano, bombeiros e trabalhadores do ground zero acionaram a então prefeitura de Nova Iorque, acusando-a de negligência com a saúde daqueles que trabalharam no rescaldo e resgate de vítimas. Boa parte deles padecem agora de seríssimos problemas respiratórios, com progressiva perda de capacidade pulmonar total.
Uma pedra no caminho da candidatura republicana de Giuliani à presidência dos EUA.
Mas Giuliani provavelmente é um dos menores problemas dos republicanos.
George W. Bush é o suficiente.

Google comemora 9 anos



Com mais uma obra de arte do japonês responsável pela manutenção de sua logomarca, o Google completa hoje 9 anos.

quarta-feira, 26 de setembro de 2007

Viva a República!


Monumento à República, Belém-PA.
Acabou a excrescência da votação secreta para cassações no Senado. Mas, para a República brasileira, decorridos 22 anos do fim da ditadura militar, ainda é pouco. Faz-se necessário ir adiante e por um ponto final em toda e qualquer votação secreta no Congresso Nacional. Trata-se de uma medida sanitária para correção do intolerável com o conceito de democracia.

segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Lomografia


Foto: Obvious

Também no Obvious, uma interessante explicação sobre Lomografia. Quer saber o que é? Clique aqui.

Loucuras no ar


Foto: Obvious

A cidade de Évora, Portugal, viveu momentos de puro deleite durante um festival aéreo. O blog Obvious, em post especial contendo vídeos e fotografias impressionantes, mostra as loucuras que lá ocorreram. Em outro post interessante, o Obvious mostra o interior de um avião presidencial russo.
Curiosidades que valem sua visita.

As orquídeas de Maripá

É tempo de violências. O crescendo com que o problema vem afligindo a população paraense e a moralidade das instituições públicas aproxima-se do insuportável. Notícias sobre o assunto abandonaram as páginas policiais e foram com enfoque mais holístico objeto de editorial e de reportagens bem cuidadas. O Diário do Pará saiu nesse aspecto à frente. É destaque no contexto atual, a viagem do Delegado Benassuly à Medellin, Colômbia, para conhecer as ações governamentais que derrubaram a criminalidade e suas ações violentas a níveis toleráveis e antes inimagináveis. Louvável a atitude do policial e da governadora, que denotam vivo interesse em intervir e superar o quadro desinteligência pública e sua incapacidade de enfrentar o mais poderoso inimigo do bem comum e das relações sociais na urbe moderna. Relevar a violência urbana num programa/plano de governo, conforme antes sentido, é cutucar onça com vara curta. Um dia ela vem e te come com a melhor das sensações, a dela.
Não obstante, qualquer que seja o plano governamental contra as violências, dois aspectos são fundamentais para o sucesso. Primeiro: deve ter transversalidade nos diversos orgãos de governo, de modo a reunir esforços num eixo executivo que realize não só ações policiais, judiciária e penal, mas sobretudo as de inclusão no território social. Segundo: no território social, o plano terá de construir pontes sólidas com atores institucionais privados importantes e, especialmente, conquistar o apoio incondicional da população. Sem ela, tal qual na dengue, é impossível vencer a epidemia de violência que ora vivemos.
Enquanto escrevo esse texto, tenho a minha frente a revista piauí, expondo as suas primeiras páginas. Lia o artigo simpático Maripá, sempre à frente, que usarei para ilustrar esse post.
Os maripaenses do Paraná são felizes, pois vivem em uma cidade de 5,5 mil habitantes com criminalidade zero. De base econômica agropecuária, é conhecida como a Rainha das Orquídeas. Na cidade existem para embelezar a vista cerca de 200 mil orquídeas de 100 espécies diferentes. Quem fiscaliza a segurança desse patrimônio é a população e 50 estudantes, anualmente distinguidos com tal honraria. A prefeitura põe 130 mil reais/ano para financiar a manutenção do grande orquidário a céu aberto.
Nesse paraíso, pra que delegacia? Os maripaenses fecharam a única existente e fizeram dela a sede do conselho tutelar. Mas, animação não falta. Anualmente a cidade é sacudida por visitantes, atraídos pela festa da orquídea e do peixe, quanto então é realizado o concorrido Arrancadão dos Tratores.
Qual o segredo dessa tranquilidade, que faz Maripá a 5a. cidade do Paraná em qualidade de vida? É a população pequena? Decerto ajuda, mas a razão está nas ruas da cidade que têm olhos que dela cuidam, olhos do poder público e olhos da população; no fato de que a cidade satisfaz as necessidades sócio-econômicas de seus cidadãos e na existência de um esforço coletivo para manter condições e oportunidades socais que não permitam vicejar entre suas flores e frutos a erva daninha do crime e da violência. Em Maripá e Medellin, nunca é tempo de murici, quando cada um cuida de si.

domingo, 23 de setembro de 2007

Acredite se quiser

Bem ao seu estilo, Fred Guerreiro do blog O Intimorato, comenta uma reportagem feita pela revista Isto É sobre Belém.
Para melhor entender a razão de indicarmos a leitura do post e, certamente, o acompanhamento regular do blog, tem que ir lá agora mesmo.
Já está na Mira do Flanar.

sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Nossa "Red Street" e Rock Hudson

Comentando o post O quintal nosso de cada dia publicado na terça, que trazia à ribalta (obrigado, professor) o artigo Meus amigos são baratos de Edyr Augusto, Oliver, ativo blogueiro do Flanar, modestamente, acrescentou muito ao cenário do decadente entorno da Presidente Vargas. Tão modestamente que o fez na caixinha de comentários do post original.
Tomo à liberdade de "ribaltar" (perdôem-me, por favor) suas considerações, de suma importância histórica.

PS: desculpem a modorrenta descrição dos tortuosos caminhos da blogosfera. Mas é assim mesmo. Blog cita blog, que cita blog....

PS2: nossas caixinhas de comentários tem andado floridas. Ricas em conteúdo. Ao que honrados, agradecemos.

Li o texto de Edyr Augusto. Não o conheço pessoalmente, embora minha mãe lembre dos Proença com a satisfação de um tempo em que todos se conheciam numa Belém, em que, embora existissem desigualdades sociais, havia uma cordialidade que nos mantinha de pé, honestos e confiantes no futuro que não sabíamos exatamente onde iríamos chegar.
Quanto a produção literária de Edyr Augusto tenho acompanhado desde conversas com amigos comuns, como é o caso de Haroldo Maranhão, recentemente falecido, de quem sou afilhado. Li de Proença, presenteado por Rômulo Paes, amigo de infância e aplicadíssimo leitor da literatura brasileira contemporânea, o Casa de Caba, uma novela que denuncia a violência paraense em seu cerne social, de que acontecimentos muito recentes ilustram a pertinência da obra.
Mas é outra minha relação com o memorável bairo da Campina.
Quase nasci nele, numa casa na 1o. de março, logo atrás da residência dos Martins Júnior (hoje as Lojas Americanas). Aos nove anos retornei ao bairro, que ainda apresentava uma escola de samba que, hoje, tive notícias pretendem ressuscitar.
Fiz todo o meu curso primário na Escola de Aplicação Profa. Serra Freire, anexa a Escola Normal, o IEP. Sou do tempo em que o prédio do Conselho Estadual de Cultura, também abrigava uma escola hoje extinta, o Grupo Escola Floriano Peixoto.
Depois, vindo do outro lado da Praça da República, morando de frente para o Teatro da Paz, começei na ante-adolescência a conhecer a Campina em seus desafios de interpretação: entre familiar, boêmio e marginal. Ví de tudo: de moças avoando feito passarinhos - do Manoel Pinto da Silva - a bombas do CCC estourando bancas de revistas nos últimos suspiros da ditadura. E aqui eu quero ressaltar a figura do Albino, que com destemor vendia o que devia ser vendido para o melhor conhecimento da situação brasileira. Albino foi responsável por uma parte de minha formação cultural, que busquei na Livraria Martins (1o. de março com Aristides Lobo - alguém se lembra?), Sebo do Dudú (já no Comércio) e Nossa Livraria (na Serzedelo Correia, entre Gama Abreu e Bráz de Aguiar).
Contudo, os excluídos de meu tempo espelham o mundo de hoje, conforme o relato de Edyr Augusto. Sucederam-se em silenciosas gerações, embora destituídas de perfilhação natural. Naquele tempo era o tempo do Língua de Veludo, do Camelo, do Charuto, do Cheira Éter, da Vaca Braba, das prostitutas Lua (violentíssima), Neide Baleia (foi Rainha Moma) e Jóias Laura, esta completamente maluca e que lançou muita "tendência de moda" que agora vejo por aí na cena "fashion" brasileira. Guardada as proporções estéticas, Laura funcionava como uma espécie de Artur Bispo do Rosário local.
Conheci também a famigerada turma da Bailique, hoje quase toda morta de morte matada, ou morta para o nexo com a realidade que nos envolve. Esse foi o tempo em que a droga chegou pesada no bairro e, desconfio, que em Belém.
Nesse meu tempo vi eclipsar a luz boêmia do bairro. Um por um, Cascatinha, Universal, Biriba, Acapulco fecharam as portas. Uma por uma as "pensões de mulheres" encerraram os negócios - Mme. Fernanda, Mme. Anita, Pensão Zezé, Corredor Polonês (uma nesga de porta e janela, assim apelidada em memória da II Guerra Mundial), etc, submetidas ao tacão moralizante da ditadura. Sobrou como último bastião da putaria a decadente Riachuelo, para desespero dos ouvidos e das noites insones do Juvêncio.
Foi exatamente nesta zona que Rock Hudson, ainda não saído do armário, fez furor nas alcovas da alta zona de Belém, ao tempo do último conflito mundial.
E chegaram então boates como o Porão e o Papa Jimmy que disputavam com a saudosa Maloca quem melhor chacoalhava os ossos dos frequentadores.
Foi esse o tempo em que o belíssimo Grande Hotel veio abaixo e ergueram o insípido, estranho e estéril Hotel Hilton, que de certeza nem é conhecido pela mais famosa herdeira do conglomerado hoteleiro, a vazia Paris Hilton. Pois, foi nesse tempo que iniciamos nossa descida aos infernos.

"Eu poderia estar roubando!"

Sob esta frágil argumentação, muitos se acham no direito de agredir passantes que não atendem a seus pedidos. E também instalar barraquinhas em qualquer lugar que lhes seja franqueado.
E tem quem os apoie. E como tem.

Ambulantes: aumenta o clamor pela cidadania

Continua provocando reações na blogosfera a atitude abusiva e flagrantemente arrogante dos praticantes do comércio dito "informal", para não dizer ilegal.
O Arbítrio do Yúdice postou agora há pouco manifestação de outro blogueiro paraense (Fred Guerreiro), igualmente indignado com a gota d'água que os ambulantes deixaram escorrer em nossa tolerância e principalmente, a inércia das autoridades com um problema histórico.
O post Esculhambação geral, irrestrita e oficializada, não deixa dúvidas da ira que começa a surgir em parte da sociedade, já suficientemente desrespeitada nos direitos mais elementares.
Está chegando a hora de determinar as soluções antes de uma guerra civil aberta pela cidadania elementar.

Restaure-se a ordem!

Sobre o post Ultrapassando todos os limites, Francisco Rocha Júnior, comentarista do Flanar manifesta-se com clareza a respeito dos abusos cometidos há décadas pelo comércio informal em Belém, ampliado pela absoluta inércia dos gestores. Pelo texto primoroso e pela análise meticulosa do problema, reproduzo na íntegra abaixo.

Barretto, normalmente sou um sujeito tolerante, nos limites do possível. Também já fui mais tolerante com os camelôs, pois acreditava que o que os empurrava para a informalidade era tão somente a necessidade de trabalhar, o desejo de não roubar, a pretensão de uma vida digna, que todos nós almejamos.Mas hoje, não mais. Enumero uma lista de fatos, ou simples perguntas não respondidas (mas cujas respostas todos sabemos) que me fizeram mudar radicalmente de idéia:

a) a atividade não gera impostos, concorrendo deslealmente com o mercado formal - essa, a mais antiga das críticas;
b) os ambulantes, em 99,9% dos casos, vendem produtos ilícitos: sem regulamentação dos órgãos de controle de segurança, pesos e medidas ou patentes de produtos (IMEP, INMETRO, INPI, etc.), sem controle da saúde pública, contrabandeados e piratas;
c) o escárnio e o desrespeito pelo Estado de Direito, pelas autoridades e pelo direito de ir e vir dos demais cidadãos;
d) a gravíssima violência perpetrada ao meio-ambiente urbano, sob todas as formas possíveis de poluição;
e) finalmente, a formação de verdadeiros grupos econômicos mafiosos, no sentido técnico do termo, concebidos e fomentados por gente que deixou, há muito tempo, de querer somente "ganhar seu dinheirinho de maneira honesta".

Não há nada que justifique (embora haja o que explique) a leniência deste e de todos os governos municipais para com os ambulantes. A coisa realmente passou a ser caso de polícia - para todos, administradores públicos e camelôs.

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

Ultrapassando todos os limites

É incrível como a questão dos ambulantes em Belém, continua arrastando-se anos a fio, sem que uma medida sequer seja tomada em favor dos cidadãos e seu direito de ir e vir. Se continuarmos a ouvir os mesmos argumentos de 30 anos atrás, muito em breve, Belém será o maior camelódromo do mundo.
E a argumentação não muda, desde a época em que "havia emprego formal" (???). Vem sempre com um certo tom de ameaça ao cidadão, que frequentemente, deixa de ser apenas um tom para materializar-se grotescamente. Como foi o caso da barreira humana que os ambulantes fizeram para impedir quem quisesse adentrar um shopping da cidade.
E a SECOM ainda abranda sua ação legítima, quase que pedindo desculpas.

É o seguinte: não roubar, além de obrigação prevista em lei, é um dos 10 mandamentos de Deus na igreja católica. Algo bem antigo mesmo. O fato de não roubar, não justifica a permissividade da atividade econômica dita informal.
Em outras palavras, não pode roubar e nem instalar comércio informal em qualquer lugar que der na telha. Este é claramente meu voto e meu desejo.
Aos poucos, pela absoluta passividade dos titulares que se sucedem na gestão pública, uma questão a princípio de cunho social passa para a esfera policial. Simplesmente pelo fato de não haver nenhuma ação eficaz que garanta ao cidadão o direito de ver sua cidade e caminhar pela calçada pública. Com a omissão e passividade dos gestores, garante-se e amplia-se apenas o direito dos ambulantes.
Já fui mais tolerante a esta questão. Hoje, confesso-me inteiramente indignado com os abusos, arrogâncias e passividade de muitos. Além da sucessão de maus exemplos, vindos de cidadãos pouco interessados na moralidade pública. Será que atingimos a tal roda viva ou círculo vicioso, do qual não sairemos nunca mais?

Bodas de prata



Quem completou 25 anos ontem foi o smiley. Largamente utilizado em chats e mensagens eletrônicas digitando-se simplesmente :-), a marca tem história que pode ser conhecida clicando aqui. Muito embora, muitos brasileiros prefiram o rsrsrsrsrsrs.
:-)

Google Moon: lua atualizada



Para os amantes dos serviços online do Google, vem a dica.
O Google Moon está novinho em folha. Segundo o IDG NOW! "a Nasa ofereceu novas imagens em alta resolução, mapas e conteúdos multimídia da Lua para que o Google atualizasse seu serviço de mapas lunares".

30.000

Na calada da noite, mineirinho, o Flanar passou agora a ostentar a marca de 30 mil vistantes.

terça-feira, 18 de setembro de 2007

O "quintal" nosso de todo dia

Edyr Augusto e seu blog Polaroads, faz uma excelente crônica sobre a decadente zona central de Belém no post Meus amigos são baratos.
Oliver e eu temos muito a falar desta região. Oliver por ter passado parte de sua vida em uma residência às proximidades e eu por atualmente residir no, por assim dizer, "quintal" da Presidente Vargas.
Já o Juvêncio, titular do Quinta, um pouco distante do quintal pode nos dizer alguma coisa do alto de seu quinto andar.
5 parece um número mágico, não?
Leitura obrigatória.

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Finalmente!!!!



Querida Kat.
Você nem imagina o quanto este primeiro post era esperado. E já tocando num assunto de extrema importância para o cidadão: segurança.
Esperamos nós todos, blogueiros convictos do Flanar e seus leitores, vê-la muitas vezes por aqui.
Bem vinda ao Flanar!

Paz para flanar

Oi!
Minha primeira inserção no blog é para fazer coro ao Museu Goeldi e pedir que todos se mobilizem pela segurança e paz em Belém.

Como flanar sem a tranqüilidade de saber que nosso direito de ir e vir pela cidade está garantido? Viver se tornou um empreendimento de alto risco em Belém. O perigo está tocaiado, nos aborda em qualquer lugar, a qualquer hora do dia, é destemido em função da certeza da impunidade. Os truculentos não permitem que suas vítimas sejam humanas, tentem fugir de quem lhes ameaça, defender seu espaço, pertences ou entes queridos. Baleiam a sangue frio. Cortam o fio da vida com trivialidade. Utilizam-se da legislação e dos nossos jovens para escapar e perpetuar a violência.

Como quero viver bem na minha cidade, que aprendi a amar com pulsos e impulsos, reproduzo abaixo o Manifesto pela Paz e pelo geólogo Rafael Nascimento, avisando que nesta quinta-feira, dia 20 de setembro, tem reunião às 16h no Parque do Museu Goeldi para discutir como podemos garantir a vida na cidade.

Paz em Belém!

O Museu Emílio Goeldi vem a público, pede a atenção dos moradores e exige das autoridades ações efetivas que garantam a segurança para quem mora ou transita na cidade de Belém. Queremos que a vida seja respeitada na sua integridade. Queremos segurança nas nossas ruas, garantia para o direito de viver, trabalhar e se divertir sem medo de sermos agredidos e mortos.
Na última terça-feira, um colega muito querido teve sua vida brutalmente interrompida, como se nada valesse. Ela valia, era preciosa. Nós, como instituição, labutamos para conhecer e entender os processos da vida na Amazônia. Conhecer para garantir oportunidades de viver melhor, em equilíbrio, com qualidade, de forma sustentável, com respeito ao outro e ao ambiente que nos cerca.
Rafael Nascimento Filho, mais um de nossos colegas que foram tocaiados e mortos à bala, era um lutador. Empenhou-se em conhecer, informar e educar as pessoas sobre os processos de degradação dos rios, demonstrando como uma cidade limpa é uma cidade linda. Sua visão e ação tinham tudo haver com a missão do Museu Goeldi. Ele tinha orgulho do Goeldi e nós tínhamos orgulho dele ser do Museu.
Museu Goeldi é vida e a vida é nosso maior patrimônio. Não deixe a vida ser ameaçada, ser extinta como se não tivesse valor. Viver com medo é não viver, calar é se render à violência e ao desrespeito.

Segurança e Paz em Belém devem ser bandeira para toda instituição e todo cidadão.

Detalhe importante

É o seguinte!
Todo mundo, mas TODO MUNDO MESMO sabe, que quem carrega algo semelhante a ISSO...

Leva ISSO!

Portanto, não insista em ser vítima do próximo assalto. Cuide-se e trate de se antecipar aos fatos.

Brasil na Uncyclopedia



Incrível! Mas vejam o que podemos ler na Uncyclopedia sobre o Brasil.

Brazil is internationally known as the home of
soccer football. Seems that's the only thing they can do properly. The country is the birthplace of the ugliest best football players of the world, like Ronaldo, Ronaldinho, Pelé and Maradona[15].

(Pô! Aqui tem uma baita sacanagem!)

Despite the common misconception that Brazil is inhabited only by soccer hooligans, there are some rather unusual sports quite popular as well, like Stealing from Tourists, Prison Break, Running From The Cops, Gun Fighting and Bus Torching.

E isso somente o tópico sobre esportes. Nem queiram saber o que eles falam sobre o resto.
Mas tem para todo o mundo.
Leiam o verbete sobre os "americanos". Acho até que eles foram bem parcimoniosos.

Com os agradecimentos a asf@web pela dica.

Flanando pelo Google Earth


Face indígena no Google Earth.

Na galeria do IDG NOW!, uma série de imagens bizarras encontradas por usuários do Google Earth.
Para ver mais, clique aqui.

Advinha a resposta?

Como anda a credibilidade dos políticos no cenário nacional?
Veja o exemplo: vá até o Google e digite apenas "político honesto".
Sou avesso a generalizações. Mas este é definitivamente o resultado desta busca no Google.

sexta-feira, 14 de setembro de 2007


A autora, Dra. Marcia Angell, é ex-editora chefe do centenário e prestigiadíssimo The New England Journal of Medicine, e atualmente pesquisadora do Departamento de Medicina Social da Harvard School of Medicine. É considerada pela Times Magazine uma das vinte e cinco pessoas mais influentes nos EUA, no campo da saúde pública.
A Verdade Sobre os Laboratórios Farmacêuticos ilumina a questão como um petardo, e se torna leitura obrigatória para todos que desejam saber até que ponto o direito à saúde se torna fragilizado ao depender do fetiche da mercadoria (medicamentos, vacinas e equipamentos), e seu destino inexorável de traduzir maior ou menor valorização das ações do Complexo Industrial da Saúde nas bolsas internacionais. No Brasil está à venda nas boas casas do ramo ao preço de R$ 45,00.

quinta-feira, 13 de setembro de 2007

Memória premiada

No momento em que o revisionismo histórico não mede esforços para negar a existência de crimes contra a Humanidade na Segunda Guerra Mundial, a Espanha concede o Prêmio Príncipe das Astúrias ao Museu da História do Holocausto de Jerusalém. O comunicado da premiação diz que a instituição israelense foi distinguida por manter lembrança viva da tragédia histórica; por seu tenaz trabalho para promover entre as atuais e futuras gerações, a partir dessa memória, a superação do ódio, do racismo e da intolerância.

Catastrófico

Realmente terrível o pronunciamento do deputado Alessandro Novelino na Assembléia Legislativa. Além de ter se referido de maneira preconceituosa em relação aos Diretos Humanos, agora atrai para si uma ação movida pela defesa do radialista Luís Araújo, indiciado na morte de seus irmãos Ubiracy e Uiraquitã.
Durante o pronunciamento, Novelino chegou a afirmar "quando Deus marca é para não perder de vista", possivelmente fazendo referência a deficiência física do radialista.
É o que publica hoje O Liberal.
O assunto já foi comentado por Oliver no post Direitos Humanos na quarta-feira, dia 12.

Controle Atômico

Entrevistado pela revista INFO de setembro, o Ministro da Cultura Gilberto Gil, um histórico entusiasta da vida digital, não perdeu a oportunidade de fazer uma daquelas suas fantásticas afirmações.

INFO: Qual sua opinião sobre a repressão contra a troca de arquivos via internet?

Gil: Eles não resolveram ainda o problema dos átomos, então como vão controlar as partículas subatômicas?

Despudor

Serei econômico, pois chego nesse momento de jornada de trabalho, a que somei jantar em homenagem a queridíssima amiga, que ora vive um momento existencial difícil. Mas, digo-lhes: Uma República, para ser honrada enquanto tal, não pode chegar ao nível que chegamos.

quarta-feira, 12 de setembro de 2007

Direitos Humanos

O deputado estadual Alessandro Novelino compareceu à Assembléia Legislativa do Estado do Pará depois de longo afastamento, motivado por luto pela morte de seus dois irmãos, vítimas em crime bárbaro fartamente noticiado na imprensa. Em que pese não possamos avaliar a dor que sente, não se pode concordar que em nome dela o deputado ultrapasse certos limites.
Em plenário, a pretexto de denunciar alegado favorecimento de regalias penitenciárias aos réus confessos (que facilmente podem ser revogadas pela justiça), Novelino decidiu fazer um ataque aos direitos humanos. No mal-inspirado discurso o deputado ainda ironizou os portadores de deficiência física, ao comentar que esse prolema de saúde, apresentado por um dos reús, é um estigma divino.
Certamente o deputado não sabe o que diz. É ignorante que a Declaração Universal dos Direitos Humanos (ONU, 1948) é uma das maiores conquistas da humanidade contra o arbítrio de poderosos encastelados nos governos, ou contra os que em comandita conspiram contra os mais elevados valores da sociedade.
Aliás, é graças a esses direitos que o Sr. Alessandro Novelino pode praticar o desatino cometido. Diz o artigo XIX da citada Declaração: Todo ser humano tem direito à liberdade de opinião e expressão; este direito inclui a liberdade de, sem interferência, ter opiniões e de procurar, receber e transmitir informações e idéias por quaisquer meios e independentemente de fronteiras.

terça-feira, 11 de setembro de 2007

Carta ao trigo novo

Trigo novo, sou eu teu amado,
prazer em viver, só se a teu lado.
Considera a volta ao teu amigo.
Afasta o ingrato do caminho.
Feliz quem comeu do teu amigo:
está contigo e sabe o teu agrado.
Minha casa conta como tua.
Aqui, ao meu lado, é minha e tua.
Faz dias te aguardo - é sol, é lua...
Vem, se tardas mais, Deus cobra o tardo.
Dias bons... enfolhas todo o chão,
e cresces no alto mais que Adão,
na ponta espiga, palha e grãos.
- Lindo o porte que ergues sobre o talo!
Se me vens por este meu recado,
vem na mula, como os bens, montado:
te recebo igual e de bom grado
e a ninguém te dou, nem emprestado.
Por um tempo eu clamo: por teu tempo.
Me aponta o lugar do teu contento.
Que o tio alfaqui não chegue a tempo:
Só descanso, trigo, se te trago.
Ibn Quzman de Córdova (séc. XII) In:
A poesia árabe-andaluza. Michel Sleiman.
Objetiva-FAPESP, 2000

segunda-feira, 10 de setembro de 2007

Decifra-me, ou devoro-te

Patrus Ananias, Ministro do Desenvolvimento Social, resolveu enfrentar a esfinge. Comunica que em um mês apresentará ao presidente Lula um conjunto de medidas interinstitucionais que estabelecerá a porta de saída do programa Bolsa Família, que, imagino, privilegiará a reinserção das famílias no mercado de trabalho. O mineiro pelo visto gosta mesmo de impor a si grandes desafios.

Lei de Lynch

Mais um linchamento na grande Belém, com o resultado de dois homens mortos. Sinal de que a população nada mais espera das autoridades e está aplicando seu próprio senso de justiça.

O luxo é o lixo?

Se acordasse do sono eterno, Dener Pamplona de Abreu, o ilustre estadista da haute couture brasileira, nascido no Marajó, desatualizado diria que o conterrâneo é um lixo do pret-a-porter. Mas essa não é a realidade da atual moda brasileira e mundial, que entre seus magos inclui o paraense Lino Vilaventura (um pseudônimo imagino).
De certa forma, o velho Dener foi ressuscitado pela brilhante editora Cosac-Naify. Está nas livrarias a re-edição de um raro testemunho de época do mundo da moda brasileira: Dener, o Luxo, em que o célebre costureiro paraense narra a história pessoal e da moda brasileira, sem esquecer de oferecer alfinetadas e dedais a quem julgava sub nos caminhos da moda na Pindorama daquele momento.
Para se ter idéia da importância do sujeito, depois que ele morreu com pouco menos de quarenta anos, quem falasse em alta costura no Brasil do Ame-o, ou deixe-o ficaria corado de vergonha, apesar dela continuar existindo em Paris, Milão e Nova Iorque.

domingo, 9 de setembro de 2007

Amor de Carnaval

Victória vestiu-se de índia pele-vermelha

na fotografia de um carnaval distante.

E floriram tantas primaveras por aqui,

quanto as blossom hill no vale ianque.

Anos seguidos mandou as mesmas fotos de fim de ano,

quando - a surpresa ! - chegou-me a do sorriso ancho,

de braço dado com o entediado viúvo italiano.

Haverá culpa do destino em tanto adiarmos o encontro?

Ah, não! É o pulso da timidez a lavrar desencontros,

a ponto de seguir meu penar nesta andança,

para encontro de campa, que desconheço onde.


Ioda. O Encantado audível, Ed. do autor, sd.

La ociosa espada

sueña com sus batallas

Otro es mi sueño

Jorge Luis Borges - Dezessete Haiku.
Arte Pau Brasil, 1990.

Do Blogue do Gadelha

A Prefeitura de New York resolveu investir no turismo aproveitando o próximo 11 de Setembro, quando as atenções do mundo voltam-se para a cidade e a tragédia de 6 anos atrás. Nada mais natural. E inteligente, já que busca transformar o baixo astral da data em atração simpática para os turistas. O que me intrigou foi o tema da campanha, "Just Ask The Locals" (Pergunte aos Locais"), com peças de propaganda ilustradas por artistas famosos (como De Niro ou Julianne Moore) dando dicas sobre a cidade aos visitantes. Isso é difícil de acreditar. Simpatia não é o forte de New York (é verdade que ganha de Paris...), onde até eu, quando morei lá, tratava mal os americanos de outras cidades que pediam informações! Não é com simpatia que New York tem conquistado a preferência como destino turístico. As pessoas vão a New York em busca de emoções, não de simpatia. Lá é a Big Apple, a cidade do pecado, onde tudo pode acontecer. Tenho até um cartão postal de lá, onde vemos um assaltante, com arma na mão e tudo, com a frase "Bem-vindo a New York". Tomara que essa mudança na imagem da cidade dê certo.

Corceu Negro

A prisão de um professor de inglês, em flagrante de pedofilia, é notícia hoje n'O Liberal. O repórter, contudo, passou batido em cobrar das autoridades o caso da morte dos adolescentes nas matas da CEASA, crime sexual insolúvel até hoje.
Com base na matéria em referência, fiz uma busca na rede e cheguei ao movimentado blogue mantido pelo acusado, o flogão do corceunegro, com quase cinco mil acessos registrados. Nele ficamos sabendo que tem 38 anos, é católico e admirador dos Papas Bento XVI e João Paulo II, assim como eleitor cativo do PSDB.
Entre as 350 fotos publicadas nada existe de ilegal ou ilícito. Vemos, contudo, algumas fotos de garotos, sempre identificados como amigos em subtítulos curtos e elogiosos.
O homem ao que parece é popular na comunidade de Santa Izabel-PA. Mas, apesar do que aparenta, não gosta de surpresas. À exceção dos autorizados, é impossível fazer qualquer comentário naquele blogue - o que, pela visível e absoluta falta desses, suspeitamos de que ninguém mereceu tal distinção.
A tempo: apesar de se dizer bacharel em letras, o professor grafa errado o nick que escolheu para identidade na blogosfera. Tal qual papel, o cor-ceu, em bom vernáculo, escrevemos cor-cel.

É primavera


Cartaz norte-americano da II Guerra Mundial
Mas, como diz minha mãe, do alto de seus quase noventa anos, a atmosfera está pesada. O Center for Disease Control and Prevention- CDC, da saúde pública norte-americana, lança a campanha Esteja pronto! Setembro é o mês de prontidão. Mais de 1300 organizações públicas e privadas de âmbito nacional, regional e local estão financiando esforços de emergência para enfrentamento de desastres, e estimulando a todos os norte-americanos a participarem. A chamada para a ação parte da seguinte pergunta: Você está pronto se houver uma emergência? E aconselha em seguida: Esteja pronto: montar um kit de suprimentos de emergência, ter um plano de emergência, ficar informado e comprometido em ajudar sua família, seu negócio e sua comunidade é estar preparado.

A voz do Irã


Ex-integrante da força aérea canadense e Miss Mundo Canadá, a cantora iraniana Nazanin Afshin-Jam vem se destacando por ações que a comparam com Angelina Jolie, ou ,quem sabe, com a hoje pouco conhecida Joan Baez. Ao lado de suas atividades musicais ela lidera campanhas contra a execução de crianças em sua terra natal, o Irã. Vale consultar a página da stop child execution para conhecer esse assunto vergonhoso. Quanto aos que desejarem conhecer a pop music de Nazanin basta visitar a página oficial da artista.

O ovo da serpente

Einstein dizia que vivemos um mundo perigoso menos pela presença dos malfeitores do que pela apatia das pessoas de bem. Tenho aqui denunciado a natureza excludente do outro nos discursos e textos dos fundamentalistas islâmicos, que os aproxima de modo inexorável à eloqüência feroz do ódio racial. Nesta semana, Bin Laden reapareceu e confirmou minhas preocupações com o braço político/armado do islamismo: existem duas formas de haver paz no Oriente Médio. Ou pela retirada, ou aniquilação dos exércitos da coalizão norte-americana, ou pela conversão dos EUA ao islamismo, disse o chefe da al-Qaida.
A construção de um mundo milenar homogêneo, simbolizado naquele único gesto e locução totalitária, outrora nada trouxe de positivo à Humanidade. Apesar de todo sangue, suor e lágrimas vertidos nos campos de batalha contra o nazi-fascismo daquela época, ainda hoje alguns políticos e intelectuais se deixam seduzir por essa catiguria de pensamento e linha de ação política, encistadas no fundamentalismo islâmico. E depois ainda nos brindam com o cinismo de que tudo se resume na necessidade de fragilizar o poderio imperial dos EUA.

Memória não volátil

O Paulo Emílio dizia que o Brasil nega o seu passado de miséria, e que deveríamos fazer o oposto. Eu concordo. Os escritores e intelectuais não devem permitir que se apague essa história de pobreza e analfabetismo; é só assumindo o país, sem histerias e demagogias, que é possível acabar com esse horror. O dia em que o Brasil tiver mais creches e mais escolas vai ter menos hospitais e menos cadeias.
(Lígia Fagundes Telles, em entrevista, hoje, na Ilustrada da Folha de São Paulo)

Apple versus Apple


Marcelo Nóbrega do IDG NOW!, chama a atenção para possíveis efeitos colaterais do iPod Touch, o nôvo mp3 player da Apple lançado na última quarta-feira.
O Touch teria o potencial de canibalizar o iPhone, da mesma empresa.
Como já afirmamos anteriormente, os chamados early adopters, poderão ter dores de cabeça.
Vamos acompanhar o comportamento do mercado, na busca das respostas às perguntas formuladas pelo jornalista.
Em tempo, a Apple após provocar a fúria dos compradores de primeira hora do iPhone reduzindo o preço do telefone de 599 para 399 dólares, resolveu dar-lhes um crédito de 100 dólares para compras nas lojas da empresa.
Altas emoções pros lados de Cupertino!
No mesmo IDG NOW!, os brasileiros ficam sabendo que a nova linha de iPods estará chegando ao Brasil já em outubro.
É bom estar preparado para uma majoração de mais de 100% no preço praticado nos EUA. O que lá sai por 300 dólares, chega por aqui com preços entre 700 a 800 dólares . Ou mais!
Depois reclamam!

Preços abusivos na banda larga

O Flanar já abordou o assunto inúmeras vezes. Mas os preços dos serviços de banda larga praticados no país, agora começam a chamar a atenção da imprensa especializada de maneira mais contudente.
O Webinsider publica uma pesquisa de preços realizada pele Telcomp (Associação Brasileira de Prestadoras de Serviços de Telecomunicações Competitivas).
Na pesquisa, entre inúmeros flagrantes de abuso, uma constatação alarmante: a taxa de megabits/s contratada em Manaus é 395 vezes mais cara que a mesma velocidade disponibilizada no Japão.
De acordo com posts anteriores sobre o assunto no Flanar, o artigo reclama da ineficiência do governo federal em fomentar mecanismos que ampliem a concorrência, contribuindo de maneira decisiva para a redução nos preços no setor.

Para Luis Cuza, presidente executivo da TelComp, o principal problema é a inoperância do setor público em não cumprir o que está previsto na Lei Geral de Telecomunicações (Lei n° 9.472/97). “O governo federal, por meio das agências reguladoras, deve implementar as ferramentas de competição já previstas em Lei e Decreto e atuar de forma mais firme nas questões de fusões e aquisições dos players do mercado. A concorrência propicia melhores preços e serviços. É necessário criar mecanismos que promovam esse movimento e, desta forma, o Brasil contará com serviços de qualidade e com custos mais acessíveis”, aponta.

Treo 700p: Palm fazendo água


A conceituada coluna de tecnologia do The New York Times publica um importante artigo de Joe Nocera - assumido como usuário não entendido, ou non-geek - com severas reclamações contra o smartphone da Palm, Treo 700p.
Reinicializações espontâneas, travamentos, menu rolando sozinho, entre outros inexplicáveis e inaceitáveis problemas para um produto de quase 300 dólares.
Na sequência, o jornalista critica a falta de apuro da Palm na concepção de seu sistema operacional Palm OS, congelado no tempo a despeito do incremento da funcionalidade dos gadgets que o utilizam.
Serve como alerta para aqueles que pretendem ingressar na era dos smartphones.
Para assinantes do UOL, clique aqui para ler o artigo traduzido.

quinta-feira, 6 de setembro de 2007


Do Caneta sem Fronteira.

Oliver repercute:
Segundo circula na blogosfera, teriam sido essas as últimas palavras de Pavarotti:
Penso que uma vida pela música seja uma vida bem vivida, e foi a isto que me dediquei.

Novos iPods: primeiras reações


Novos iPods Nano. Reações variadas.

Também na afamada seção de tecnologia do The New York Times, começam a surgir as primeiras reações de usuários sobre a nova linha de iPods da Apple lançada ontem.
Sobre os novos Nano, interessante comentário na blogosfera afirmando que agora eles conseguem ser ridiculamente gordos e magros. Mas não parece haver queixas quanto a qualidade do vídeo exibido. Em tempo, a capacidade de exibir vídeo é nova nos novos Nano.
Já o iPhone, a decisão da Apple de reduzir-lhe o preço de 599 para 399 dólares, tem deixado seus usuários de primeira hora meio malucos. Sendo assim, o aclamado iPhone passa a custar o mesmo que iPod Touch.
E agora os consumidores americanos entram em parafuso.
Toma-te! Apressado come cru.

Livros eletrônicos: persistem as tentativas

A indústria de tecnologia parece gabar-se de apresentar soluções para substituir todo paradigma existente no cotidiano da sociedade. Com efeito, nas últimas décadas, assistimos impressionados o surgimento de uma nova tecnologia, que acabava por fazer literalmente sumir do mapa outra. É o caso dos discos de vinil e do VHS.
Mas existe ainda, mais um complicador nesta questão, possivelmente associado a uma certa temporalidade. O VHS, possivelmente não deixará saudades, por ter sido tecnologia de vida curta . Já os discos de vinil, pela imensa variedade de títulos produzidos ao longo de décadas, no mínimo, obrigam seus aficcionados a investimentos adicionais na tentativa de salvar e converter as edições originais para música digital. Mas e as capas? Os antigos álbuns que marcaram uma época, uma infância, uma adolescência, ricamente editados com o melhor da arte gráfica disponível, com fotos, letras de músicas e outras informações importantes lá disponíveis, bastando para isso, o infinitesimal dispêndio de energia gratuita e reciclável para abrir seu par de olhos?
Lá estaremos nós fazendo conversões para continuar acompanhando a sede de cultura e conhecimento.
Entretanto, apesar de inúmeras tentativas tremendamente fracassadas, os livros permanecem incólumes às soluções que o mundo tech propõe de maneira paroxística para substituí-los.
Os problemas com estas "soluções" parecem sempre os mesmos: custo, baterias e o desconforto proporcionado pela rudeza e peso dos gadgets.
As baterias continuam sendo o principal problema da maioria dos dispositivos que contenham uma mera tela LCD, que continuam a consumir grandes porções de energia, que acabam por comprometer sua portabilidade, e de quebra, também o meio ambiente.
Mas o The New York Times publica hoje uma matéria (só para assinantes do UOL), onde vislumbra ao menos 2 novas propostas de potenciais substitutos dos livros.
Francamente, penso que ainda está por surgir algo no mundo que substitua o prazer de pegar um livro e ler com toda a traquilidade, em qualquer lugar e posição. Sem as preocupações que as traquitanas eletrônicas, invariavelmente ainda nos proporcionam, por mais elevada que seja sua tecnologia.
Não consigo imaginar uma pessoa lendo despropositadamente um livro eletrônico, sem o medo que o vento, a chuva, o fogo e outros elementos naturais e imprevisíveis, levem o investimento - quase sempre elevado - pelo ralo.
Tudo isso, levando em conta apenas os aspectos meramente tecnológicos, desprezando intencionalmente o aspecto social, tendo em vista que para muitos, todas estas tecnologias continuam e coninuarão por muito tempo inacessíveis.
Mas os telefones celulares há algum tempo, já foram um objeto inatingível.
E o que são hoje? E o que serão amanhã?

----------------------------------------------------------
Editada às 13:05 h
Para quem dominar o inglês e desejar ler o artigo original do The New York Times (de acesso livre) clique aqui.

Pavarotti: o genial tenor deixa saudades


Luciano Pavarotti (1935 - 2007)

Ele se foi, após uma dura batalha contra um câncer de pâncreas. Péssima notícia ao mundo dos aficcionados da ópera, que nele reconheciam no mínimo 2 qualidades: o timbre inimitável de sua voz e o mérito de ter popularizado um gênero antes restrito a uma pequena parcela de admiradores.
O Flanar abre seu luto sincero pelo extraordinário tenor italiano.

quarta-feira, 5 de setembro de 2007

iPod Touch e outras novidades da Apple


A Apple lançou nesta quarta uma nova linha de iPods.
O iPod Nano ficou menor, com tela maior, mais brilhante e agora, tem capacidade de apresentar vídeos. Será vendido nas cores preta, vermelha, prata, azul e verde mantendo as atuais capacidades de 4 (U$149) e 8 gigabytes (U$199).
Foi mantida uma versão com o mesmo design atual do iPod, agora conhecida como Classic.
O Classic, agora é todo em metal, com capacidades de 80(U$ 249) e 160 gigabytes (U$ 349)!!!
O iPod Shuffle mantém a atual característica de mini-player-sem-tela de baixo custo da linha. Mas ganhou novas cores! Oooohhhhh!
Mas a grande novidade é sem a menor dúvida o iPod Touch.
Além do visual flagrantemente semelhante ao iPhone, o iPod Touch ganha agora conexão WiFi para transferência de arquivos e o navegador Safari pré-instalado.
Seu preço vai variar de U$ 299 a U$399, dependendo da capacidade de armazenamento, que surpreendentemente, é muito pequena: 8 e 16 gigabytes.
Ou seja, paga-se caro pela boa funcionalidade e design e perde-se em capacidade de armazenamento.
Em meu humilde ponto de vista, por enquanto, melhor optar pelo Classic e aguardar pelo nôvo Ipod Touch. Ou então pelo nôvo iPhone, assim que desbloqueado no Brasil.
Por enquanto, o iPod Touch apesar da beleza, mais parece um hiato, uma zona intermediária de mudança de tecnologia.

Paulo de Tarso responde

O recém nomeado secretário-adjunto da SESPA, Paulo de Tarso Ribeiro de Oliveira, responde nos comentários do Blog do Barata às afirmações feitas pelo Repórter 70 e repercutidas no blog sob o título "SESPA - Vida pregressa preocupante". Segundo a coluna, ele e mais outros nomeados pela governadora Ana Júlia teriam supostas nódoas em sua vida pública.

Caro Blogueiro,
Gostaria apenas que se certificasse das pessoas e das notícias.
Respondo a esta postagem para informar que desde de 03 de 09 2007 fiz um boletim de ocorrência contra a suposta "denúncia" de um "panfleto" chamado O Liberal. Um jornal (desculpe, um dono de Jornal) que bate em jornalistas (um dos melhores do Pará) em pça pública pode falar qualquer coisa reproduzida por irresponsáveis.
Pedi a Polícia que entre contra queixa crime por difamação contra a minha pessoa. Mesma coisa fará com probidade Azevedo.
Escrevo Não para o senhor blogueiro, mas para todos que tem respeito pela informação.
Além desta queixa, que será encaminhada pela DIOE/SEGUP, estou estudando todos os meios legais.
Para o "ilustre" blogueiro use suas fontes para não reproduzir as misérias que só fazem enfeiar a boa informação. Todos os que me atacarem,subliminarmente que seja, terão as repostas republicanas possíveis.
A incomodação é pela forma republicana que estamos contruindo na SESPA nos últimos trinta dias? Que Pena! Esta Convição é forjada em anos de luta.
Espero retificação de sua indução a má informação.
Paulo de Tarso Ribeiro de Oliveira
Secretário Adjunto da Sespa

Até prova em contrário, Paulo de Tarso tem méritos pelo grande talento demonstrado na condução do setor de recursos humanos do HU João de Barros Barreto.

terça-feira, 4 de setembro de 2007

Microsoft assume problemas com o WGA

Segundo o IDG Now!, a companhia de Redmond admitiu problemas com seu sistema de validação de cópias originais do windows, conhecido como WGA (Windows Genuine Advantage).
O Flanar, em post Enquanto isso, no Vista, de 27 de março de 2007, narrou sua experiência desagradável com o WGA, quando inclusive foi obrigado a um longo contato telefônico com o suporte técnico da Microsoft Brasil, acabando ao final, por receber uma nova chave de ativação, que é válida até hoje.
A notícia contudo, fala como se o problema tivesse acontecido apenas recentemente, por um curto período. O que obviamente não condiz com realidade. Pelo exemplo do Flanar, o problema já acontecia desde março, 2 meses após o lançamento do Vista (31 de janeiro de 2007) .

segunda-feira, 3 de setembro de 2007

Caras e belas


Bal Au Moulin de la Galette, por Pierre-Auguste Renoir (US $78.000.000)

O blog Obvious publica um interesante post sobre as 10 obras de arte mais caras até o presente momento. Na lista, Picasso, Van Gogh, Renoir, Rubens, Cézane, entre outros. Van Gogh lidera a lista com nada menos que 3 indicações.

Novos blogs amigos

Neste fim-de-semana, o Flanar recebeu 2 novos visitantes interessantes:
O primeiro foi o Frequência Jovem, blog da galera portuguesa, que a exemplo do elegante Obvious, prestigia o Flanar. Os portugueses serão sempre muito bem vindos aqui.
O segundo é o Travel of Tourist, de Thiago Cesar Busarello, jovem programador de Santa. Catarina, especializado na área de turismo.
Vamos lá acompanhar e prestigiar estes 2 novos integrantes da blogosfera.

domingo, 2 de setembro de 2007

"Easter Egg" no Google Earth


Pilote o Google Earth

Há uma surpresinha escondida na versão 4.2 do Google Earth. É o que se costuma chamar em informática de easter egg (ôvo de páscoa, em tradução literal). São funcionalidades escondidas por programadores em softwares.
A sensação do momento é o prosaico simulador de vôo escondido no Google Earth.
Leia mais a respeito aqui, e aprenda como fazê-lo aparecer.
Para um bom texto em português, vá no Blog.MacMagazine.

iPod à prova de roubo



Quer proteger seu iPod do ôlho gordo dos bandidos? Compre uma capa. Mas não é qualquer uma.
Vista-o de Zune, da Microsoft.
É a brincadeira do momento na web.

"Refurbished"

É o termo que se usa para o computador recondicionado pela própria empresa que o fabricou, para revendê-lo por um preço menor.
Pode ser uma boa para quem não dispõe de muita grana para adqurir um zero quilômetro.
Mas é preciso cautela ao escolher estes modelos.
A revista PC World dá as dicas para identificar o joio do trigo.