segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Estonteante



Um vídeo absolutamente espetacular, encaminhado pela amiga RZ. Dispensa maiores comentários. VEJAM!

Luhli & Lucina - o reencontro



A Revista Trip é um dos poucos sinais de vida inteligente no mercado editorial brasileiro. Na linha de arte & comportamento, a revista promoveu o reencontro de Luhli & Lucina - separadas artisticamente há 14 anos. Pela primeira vez, pelo menos pelo que eu saiba, elas falam sobre o famoso casamento à três que viveram durante anos com o fotógrafo Luiz Fernando da Fonseca, e claro, do encontro delas e da parceria que nos deu pérolas como Fala, O Vira, Bandoleiro e outras tantas. O vídeo acima é um trecho de um documentário sobre elas, artistas que seguiram um trajeto alternativo na MPB, mas que sempre foram fonte de uma arte refinadíssima, biscoitos finíssimos que a massa comeu na voz de Ney Matogrosso, Nana Caymmi e as Frenéticas, por exemplo. A reportagem completa, escrita por Pedro Alexandre Sanches, vocês podem ler aqui. E, depois, dar um volta no excelente site da revista. Eu recomendo.

domingo, 30 de outubro de 2011

Europalia - O Brasil em Imagens



O Europalia Brasil International Arts Festival conseguiu colocar o nosso país na vitrine. São 25 exposições sobre o Brasil espalhadas por 10 cidades da Bélgica. A maioria das exposições está nos mais prestigiados espaços de arte na capital européia, Bruxelas. Há de um tudo: desde Terra Brasilis com desenhos e primeiras imagens do Brasil descoberto (ou invadido), feitas por naturalistas nos séculos XVII, até o trabalho de arquitetos como Lina Bo Bardi e fotógrafos contemporâneas, como a nossa caríssima Paula Sampaio e nosso mestre Luiz Braga. Segundo os jornais belgas, as exposições mais visitadas nesse primeiro mês foram Art in Brazil (1950-2011) - um panorama das artes plásticas brasileiras, e a Índios no Brasil. Esta última, sem dúvida, uma oportunidade única, pois reúne peças dos acervos do Museu Nacional da UFRJ, Museu do Índio (RJ), Memorial dos Povos Indígenas (DF), Museu Paraense Emilio Goeldi (PA) e do Museu de Arqueologia e Etnologia da USP. O vídeo acima dá uma idéia do que os europeus estão vendo.

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Tropicália com sotaque



A Red Hot Organization que, desde o final dos anos 80, arrecada dinheiro para a luta contra a Aids (quem não se lembra do Red Hot + Blues, com estrelas reinterpretando Cole Porter?) lançou, há uns meses, a sequência para sua coletânea de homenagem à bossa nova "Red Hot + Rio" (1996). O novo álbum duplo, chamado "Red Hot + Rio 2", é um tributo ao movimento da Tropicália brasileira da década 60. As colaborações são pra lá de interessantes: Beck e Seu Jorge, Of Montreal e os Mutantes, David Byrne e Caetano Veloso, Madlib e Joyce Moreno, Cults and Superhuman Happiness, Devandra Banhart, Marisa Monte e Rodrigo Amarante, Javelin e Tom Zé, e mais outros. Uma das faixas favoritas é essa do grupo Beirut. O vocalista Zach Condon, um apaixonado pelo Brasil e pela MPB, se esforça na pronúncia do português na sempre fofa O Leãozinho, de Caetano Veloso. O resultado é bonito, sobretudo pelo arranjo.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

FotoBarragem na Sol Informática


É com satisfação que convidamos nossos leitores a assistir ao Coletivo de Imagens FotoBarragem. O evento, que tem como intenção democratizar a divulgação de trabalhos fotográficos profissionais e amadores, funciona como uma exposição improvisada e efêmera há alguns anos. Este ano, vai ocorrer simultâneamente em Belém e Brasília. Em nossa cidade, acontece na Sol Informática às 19 horas.
Este poster, honrosamente, terá algumas de suas imagens (já divulgadas no Flanar) incluídas na apresentação, junto com outros renomados fotógrafos paraenses. Uma honra para este médico. Uma ousadia que jamais imaginava que seria capaz de ter, não fossem o estímulo e até mesmo empenho pessoal de nosso amigo e parceiro de blog Paulo Santos.
Agradeço de maneira muito especial, o carinho de meu amigo jornalista Paulo Silber, responsável pelo pequeno texto de minha apresentação. 

Dream team


Imagem: João Mantovani (Revista Fullpower)

Para quem gosta de carros nacionais antigos, talvez o time acima seja o protótipo de uma garagem de sonhos: Maverick, Gol GTI, Opala e Fusca.
Seria a garagem ideal!

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Kampai!



Depois de ler Garotas de Tóquio numa sexta-feira, nada melhor do que mais um pouco do quadrinhista francês Frédéric Boilet para quebrar o meio de uma semana enfadonha de final de mês.
Para tornar a quarta ligeiramente sensual e nada banal sugiro o livro O Espinafre de Yukiko (Conrad Editora), uma estória de paixão quase fotográfica, obsessiva até, fundindo oriente e ocidente, realismo e surrealismo, e culminando com emoções fortes e suaves imperfeições.
O Espinafre de Yukiko não permite pausas e deve ser lido bem devagar.
Como saquê.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Duplo traumatismo


O acidente de Simoncelli

O que vimos no domingo passado, no GP da Malásia de MotoGP (a "Fórmula 1" das motocicletas), em termos de atendimento médico a um acidentado, é absolutamente inaceitável, e tem sido criticado com muita severidade pela imprensa mundial.
Após o lamentável acidente que vitimou o piloto italiano Marco Simoncelli logo na segunda volta, houve uma incrível demora na chegada da equipe médica, tendo o piloto permanecido estirado na pista por alguns minutos.
Aparentemente não foi feita sequer a instalação de colar cervical ou quaisquer procedimentos para a proteção da coluna vertebral, e nem manobras de apoio ventilatório.
E, pasmem, o piloto ainda caiu da maca, conforme mostra o vídeo abaixo.
As manobras de reanimação só foram feitas (sem sucesso) no Centro Médico do Autódromo de Sepang, onde o piloto foi declarado morto.
É tudo muito triste, e nos faz meditar um pouco sobre quantas pessoas devem morrer diariamente, mundo afora, por atendimento inadequado a acidentes de trânsito.


A queda da maca

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Tempo presente



Vários filmes abordaram a variável tempo, nos últimos tempos: Minority Report, Déja Vu, Efeito Borboleta, O Vidente e A Origem, entre outros.
Ontem tive a oportunidade de ver mais um, Contra o Tempo (Source Code), o segundo longa-metragem de Duncan Jones (sim, eu tenho que mencionar que ele é filho de David Bowie, até o dia em que se possa dizer que Bowie é o pai de Jones).
A minha expectativa era enorme, pois adorei o seu primeiro filme, o claustrofóbico Lunar, obra-prima da ficção científica independente.
A mão forte do diretor está presente e, aliado a um bom elenco (destaco a ótima Vera Farmiga), o resultado é positivo.
É lógico que os chatos de plantão vão encontrar possíveis falhas nas explicações científicas e criticar detalhes que poderiam afetar a realidade da fantasia, mas quem se importa? O tempo é curto e diversão é a palavra-chave.
Excelente opção para um meio-feriado, como hoje.

domingo, 23 de outubro de 2011

Nas Docas

Imagem: Scylla Lage Neto

Flanar na Estação das Docas, enquanto o lusco-fusco não vem, continua sendo um dos mais poderosos estímulos ao onírico que nós paraenses podemos ter.
Que a Virgem de Nazaré assim o conserve, por séculos e séculos.
Amém.

sábado, 22 de outubro de 2011

Vamos acabar sabendo, mesmo

Eu não gosto de Hugo Chávez. Conheço gente — gente que respeito muito, por sinal — que acredita em suas aspirações libertárias e questiona duramente quem suspeita dos objetivos do líder da revolução bolivariana. A pessoa em questão, contudo, tem tanta raiva do imperialismo americano e da forma como aquele país se conduz, em suas relações internacionais, que ouso duvidar de sua isenção ou objetividade intelectual, nesse particular.
Não sou cientista político e não possuo qualquer qualificação para examinar a matéria. Estou me arriscando numa simples opinião.
Duvido de revolucionários. E duvido mais ainda de alguém que assume a presidência de um país e, ao invés de vestir o universal terno e gravata, ou os trajes típicos de seu povo, como faz Evo Morales, faz questão de envergar uniformes militares. Pode ser trauma, talvez. Todavia, por debaixo das vestes está o homem que promoveu o maior investimento bélico das últimas décadas na América Latina, sem enfrentar, antes, o desafio de erradicar a pobreza do povo. Não é um investimento como o que está sendo feito pelo Brasil, em equipamentos que podem ser usados na segurança pública (qualquer hora escrevo sobre os investimentos da Polícia Federal), mas uma preparação para a guerra.
Acima de tudo, desconfio de qualquer pessoa que se perenize no poder, não importa o quão democrático se afirme que as suas re-eleições sejam. Eu não queria um terceiro mandato de Lula e já me incomoda o PT por 12 anos comandando o país (e teve meus votos, para isso). Isso só não me incomodaria se o governo fosse maravilhoso mas, convenhamos, isso está longe de ser o caso.
Chávez mudou a Constituição (por razões óbvias, desconfio de governantes que mudam a Constituição) da Venezuela e se permitiu não mais uma, e sim quantas re-eleições quisesse. Também conseguiu que o Congresso lhe delegasse poderes para legislar, sozinho, sobre matérias que antes exigiam leis votadas pelo Parlamento. Digam o que disserem, não posso acreditar no caráter democrático de um governo assim, ainda mais conhecendo os modos como se ganham eleições e maiorias no Poder Legislativo, em países de incipiente evolução democrática, como o nosso mesmo.
Nesse meio tempo, Chávez praticou diversos atos típicos de governos ditatoriais, como perseguição a opositores em geral, chegando ao ponto de cassar a concessão de uma emissora de TV que não rezava por sua cartilha. Ameaçou expulsar do país qualquer pessoa que falasse mal do governo, inclusive jornalistas estrangeiros. E se permitiu usufruir do habitual populismo, dos discursos vazios e encomiásticos, permeados de alusões à liberdade e de combate a um Grande Inimigo, no caso os Estados Unidos, figurinha fácil de arrebanhar antipatias.
Não, eu não gosto de Hugo Chávez.
E eis que, de repente, ele precisou se deparar com uma força contra a qual não há Exército, Legislativo, imprensa, oposição, povo ou Estados Unidos que dê jeito. Um câncer severo, um risco elevado de enfrentar a Indesejada, Aquela Que Não Marca Hora, Aquela Que Não Pode Ser Evitada. Tratamento em Cuba e mais discursos ideológicos.
Aparece então um antigo médico pessoal (ou que assim se disse) e calculou em dois anos a sobrevida do presidente, mesmo sem ter qualquer contato pessoal com ele. Supostamente, avaliou as características da doença em si e as possibilidades de tratamento. A polícia aparece e revista a casa e o consultório do tal médico. Ele foge do país com sua família, alegando medo de retaliações. Agora uma junta médica desqualifica a manifestação do suspeito e afirma que Chávez evolui de modo satisfatório, havendo boas chances de cura. Todo governante alegaria a mesma coisa. Afinal, as eleições se aproximam. É preciso angariar mais um mandato, para si mesmo ou para alguém da corriola.
Tudo cheira a conspiração. Seria o médico Salvador Navarrete um instrumento da oposição, ou dos Estados Unidos, querendo enfraquecer o governo ante a ideia da morte de seu líder e de uma clara perseguição a um homem que, supostamente, quer bem a esse homem e apenas falou a verdade? Estará o governo mentindo deliberadamente para os venezuelanos, dando esperanças de vida a um pré-moribundo?
Decerto que não saberemos a verdade por enquanto. Mas ela está lá fora. E dentro de mais ou menos dois anos pode já ter revelado a sua face.

Saudade de postar no Flanar. Queria fazê-lo com um texto maior e mais pessoal. Espero que alguém me diga se tenho alguma razão ou se apenas viajei.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

I Corrida dos Gordinhos do Círio



O sonho de todo gordo é ficar magro. E dos gordinhos paraenses, além de emagracer, disputar a Corrida do Círio representa a glória, a realização suprema de uma existência voltada às calorias e às guloseimas.
Eu fico meio triste e meio feliz em contar que já estive lá: disputei a dita corrida há cerca de 10 anos.
Para conseguir tal façanha tive que fazer (mais uma) dieta rigorosa e passar por um trabalho físico longo e intensivo, com musculação e muitos exercícios aeróbicos, orientado por um personal trainer nazi-fascista.
Mas treino é treino e corrida é algo muito pior e lá estava eu, o atleta da família, o vingador dos gordos, dobrando a esquina da Av. Assis de Vasconcelos rumo à reta final, subindo a Av. Nazaré.
O cérebro confuso nada entendia, as articulações rangendo, os pulmões bufando, e aquela avenida me parecia tão alta quanto o Everest e a linha de chegada tão inatingível quanto a Nicole Kidman.
Eu estava a uma fração de segundo da desistência quando olhei para o lado e vi um corredor, um oponente, um rival ainda mais gordo do que eu. E ele nem parecia tão cansado, ao olhar compenetrado para o asfalto, ignorando solenemente o seu colega de infortúnio - eu!
Aquilo deve ter estimulado o meu tálamo e o meu hipotálamo de tal maneira que tudo o que conseguia pensar era "esse gordo não vai me passar!".
E não passou.
Guiado pela sombra de meu alter-ego momentâneo, consegui subir a íngreme avenida e cruzar a faixa de chegada quase em morte cerebral e em morte corporal.
Do misterioso gordinho corredor, nem as feições eu consegui ver, pois tudo, absolutamente tudo, permaneceu fora de foco por uns bons 10 minutos.
Ufa, hoje, só de relembrar e contar, beiro a exaustão.
Por que ninguém teve a idéia de criar a Maratona Gastronômica do Círio?
Eu certamente me inscreveria no triatlo: pato no tucupi, maniçoba e sobremesa.


quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Crise financeira



"Quando eu tenho pouco dinheiro, compro livros; e se sobra alguma coisa compro roupa e comida"

Erasmo de Roterdã
Humanista holandês
(1469 - 1536)

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Sing, sing, sing....



Tens dias em que tudo o que a gente quer fazer é "sing, sing, sing..."

Duas versões do clássico "Sing" do Travis. Acima, Peter Jöback e Kate Pierson, na versão mais recente. Abaixo, o próprio Travis canta ao vivo no show de TV "Later". E assim se vai uma década...


Do Rio à Paulínia



Cansei de falar mal do Rock In Rio!
Foi o primeiro festival que vi quase a totalidade dos shows pela TV, e talvez por isso tenha encontrado tantos "defeitos", principalmente nas bandas nacionais e nos astros do universo pop.
O canal pago Multishow tem reprisado quase toda a programação, o que acaba por agravar o que é ruim, realçando os bons momentos de bandas como Metallica, Slipknot e Motorhead.
Mas acabou, passou, evaporou - depassé!
Agora a bola da vez é o "sustentável" SWU, em Paulínia (SP), recheado de atrações de primeira grandeza, como Peter Gabriel, Faith No More, Alice In Chains, Stone Temple Pilots e Megadeth, entre outros.
Tirando a parte da "pseudo-preocupação" com o planeta (desculpem, mas não consigo engolir essa conversa), o festival promete entregar mais boa música do que o Rock In Rio.
A checar.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Dançar e viver



Quanto mais Haruki Murakami eu leio, mais eu gosto do autor japonês mais "ocidentalizado" da literatura contemporânea.
Dance Dance Dance, o livro que terminei ontem, é uma curiosa mistura de Raymond Chandler, Philip K. Dick e Franz Kafka.
O resultado é uma pertubadora e intimista poesia em prosa.
Altamente recomendável para abalar a realidade por vezes frígida e insossa dos nossos cotidianos.

domingo, 16 de outubro de 2011

Ramil e o Brasil austral


Um dos grande prazeres de dar aulas de português aqui na Bélgica é que aprendo, descubro e redescubro muitas coisas do Brasil, e da lusofonia em geral, com os alunos. Hoje, recebi de um dos meus mais diletos e curiosos cursistas, Philippe De Grande, um programa inteiro da rádio CBN de SP com um dos meus artistas favoritos: Vitor Ramil. Ele está em turnê com o show Délibáb, do CD do mesmo nome, que é inteiramente de milongas, feitas sobre poemas musicados do mestre argentino Jorge Luis Borges e do gaúcho (também mestre, mas quase desconhecido) João da Cunha Vargas. No programa da CBN, Ramil cantou ao vivo, contou um pouco de sua história profissional, falou sobre o portruguês do gaúcho, do contato com Mercedes Sosa e Caetano Veloso (que participa do recente CD de Ramil), entre outros temas. Um ouvinte perguntou ao músico gaúcho como a música dele é recebida fora do Sul e Sudeste do Brasil. Ele respondeu que, depois de Porto Alegre, o público mais numeroso e fiel que tem é o de Belém do Pará. E rasgou elogios à cidade das mangueiras. Disse que depois de Pelotas, é a cidade mais bonita que conhece e que se sente muito feliz em Belém.
Depois, navegando pelo Youtube, vi esse pequeno vídeo sobre o processo de gravação de Délibáb. Um prazer ver Vitor Ramil tão produtivo e nos lembrando dessa diversidade que é o Brasil austral.

sábado, 15 de outubro de 2011

Amazônia flex


Imagem: Scylla Lage Neto

Em minhas andanças fluviais recentes, redescobrindo a Baía do Guajará, fiz uma constatação óbvia: pelo menos esse pedaço da Amazônia continua ecologicamente correto.
O combustível utilizado (pelos humanos) em todas as embarcações, restaurantes e bares visitados na região da baía é o etanol.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Sem palavras...




Recebi hoje meu exemplar do "The New Yorker" magazine desta semana, e fiquei sem palavras quando vi o cartoon da capa. Mesmo para ateus de carteirinha como eu, a imagem emocionou...

Sexta sensual



Procura por uma literatura leve, sensual, bem ao estilo happy hour de uma sexta-feira?
Sugiro Garotas de Tóquio (Editora Conrad), do premiado quadrinhista francês Frédéric Boillet, um dos poucos ocidentais bem-sucedidos no forte mercado japonês.
Apropriado para ser lido a dois, com uma garrafa de espumante e muitos morangos.

Rosas no Brasil

Rosas, a mais prestigiada companhia de dança contemporânea da Bélgica, desembarca, ainda este mês, no Brasil para uma turnê entre São Paulo, Belo Horizonte e Rio de Janeiro. No repertório estão Fases: Four Movements to the Music of Steve Reich, En Atendant e a famosa coreografia, criada dos anos 80, Rosas danst Rosas (foto) - que esta semana veio à mídia mundial porque foi plagiada descaradamente no novo clip de Beyoncé, Countdown (veja aqui a comparação).
À frente da companhia está mevrouw Anne Teresa De Keersmaeker, reconhecida como uma das mais criativas coreógrafas européias da atualidade, sobre quem já escrevi algo aqui no Flanar. Quem tiver a chance de assistir aos espetáculos da companhia não deve ter dúvidas: o trabalho da Rosas é a pedra-de-toque do que se produz de mais criativo no mundo da dança mundial.
No meio de todo o caso Beyoncé, De Keersmaeker foi de uma elegância à toda a prova. Numa entrevista coletiva em Bruxelas, ela disse: "Beyoncé não foi uma má copiadora; ela canta e dança muito bem; ela tem bom gosto. Mas tudo isso me faz pensar algumas coisas. Por que a cultura popular demorou 30 anos para reconhecer um trabalho de dança experimental? É esse o tempo necessário para um trabalho assim atingir a cultura mainstream?". De todo o modo, hoje, os jornais flamengos noticiam que os advogados da Rosas já pediram à gravadora Sony para não mais exibir o clip - o que seria quase que impossível nesses tempos de internet tão espraiada. Talvez esse seja o primeiro passo para um processo judicial com sérias consequência$.
(foto: Michel Houssian, do filme Rosas danst Rosas, dirigido por Thierry De Mey).

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

A luz do blues



Fui seduzido pelo blues em 1996 e logo a Jeff Healey Band, banda canadense de "blues rock", invadiu poderosamente os meus dias e as minhas noites.
Comprei vários discos e absorvi muitas canções entre as minhas favoritas, como Angel Eyes, Stuck In The Middle With You, Confidence Man, Angel, I Think I Love You Too Much e outras tantas.
Mas jamais havia visto o grupo em vídeo, quando finalmente, em 2006, encontrei em São Paulo um DVD, Live In Montreaux.
Assim que cheguei em Belém, ainda de madrugada, fiz questão de ver o show de Healey, tamanha a minha ansiedade.
Logo de saída, apesar de ter adorado a sonoridade de sua guitarra e de sua voz, notei algo de estranho no visual de Jeff Healey, um olhar assim meio esquisito, como se estivesse muito chapado ou mesmo ausente.
Após umas três músicas resolvi ler o encarte, tendo sido nocauteado já pela primeira frase: "cego desde o primeiro ano de vida, Jeff..."!
"Cego?! Jeff Healey?! Como pude ouví-lo por 10 anos sem saber?!", me perguntei durante toda aquela confusa noite.
A noite na qual, ao descobrir a cegueira do meu bluesman favorito, aprendi um pouquinho sobre a beleza melancólica que se esconde na escuridão.
A noite em que vi a luz do blues.

Should I Buy the New iPhone 4S?


I'm the best possible "target" buyer for the new iPhone 4S: I still have an iPhone 3GS, and my 2-year contract has expired, so I should be able to get the new phone for the lowest price possible. However, until this morning, I still wasn't completely convinced I should upgrade to the iPhone 4S.

This story in today's New York Times convinced me that I should, indeed, fork over the $300 and get a new phone. It's the best review I've seen so far, and the one that really explains the differences between this and the older iPhone models. I went to the NYT's web site looking for the story, and found out it's the MOST EMAILED story today! That's a big deal for the paper (hundreds of thousands of people must have emailed it today), but it's even a bigger deal for Apple, since the review is basically a big "thumbs-up" on the new iPhone.

I went to the Apple site and also did a rate plan comparison, and came to the conclusion that Sprint is probably the best carrier for me (as opposed to AT&T and Verizon). AT&T and Verizon are much bigger companies, and probably have better coverage areas, but Sprint, the new kid on the block, is offering the best data (unlimited), messaging (unlimited), and voice (almost unlimited) plans around. Sprint is also throwing in a 4G mobile hot spot as part of the deal (for $20/month for 5G of data), which is huge!

By the way, I've been trying to download the new iPhone update system (iOS 5) since about 11 a.m. this morning, but Apple's servers are too busy...

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Franssinete Florenzano e a censura

A propósito da postagem Solidariedade a Franssinete Florenzano, a própria jornalista fez o comentário abaixo que, por sua pertinência e importância, sobe à ribalta (grande Juvêncio de Arruda):

Queridos Francisco, Edyr, Marise, Carlos, Yúdice e Silvina, muitíssimo obrigada, de coração, por suas palavras.

Confesso que tudo isso me deixou muito abalada, nunca pensei que um dia a coação moral e a censura fossem estender seu manto de forma tão odiosa sobre meu trabalho, ainda mais na forma como aconteceu no TCE-PA.

Não quis me pronunciar por causa do meu estado emocional. E também para não alimentar comentários maldosos de que eu estaria resistindo à exoneração.

Foram muitas as manifestações públicas, a começar do Sindicato dos Jornalistas, dos blogueiros e colegas jornalistas, além de amigos e até desconhecidos, no twitter e no Facebook, mensagens, e-mails e telefonemas.

Vejo, pela posição de Annita, que devo fazer um post esclarecendo de uma vez por todas o que aconteceu. É incrível como há quem pense que cargo público é um feudo, e que servidor é um empregado pessoal.

Não. Não é assim. Sou servidora pública. Tenho 28 anos de serviços prestados ao Estado do Pará, não a governos nem a particulares. Se as coisas ainda acontecem dessa forma repugnante, é por causa do entendimento colonial que infelizmente perdura, inclusive na cabeça de gente dita esclarecida.

No serviço público, só se deve fazer o que está previsto em lei. E não me consta que a Constituição tenha sido revogada nos seus dispositivos acerca das liberdades individuais, da livre manifestação e expressão do pensamento, e da liberdade de imprensa.

Meu abraço fraterno e agradecido.

domingo, 9 de outubro de 2011

Há 40 anos, surgia o primeiro e-mail

O registro foi feito no Twitter pelo nosso ex-poster Itajaí de Albuquerque.
Há 40 anos atrás, Ray Tomlinson enviou o primeiro e-mail. Segundo chegou a afirmar em outra publicação, Ray não previu o spam, não lembra o texto da primeira mensagem eletrônica, mas garante que ele foi enviado entre 2 computadores separados pela indecente distância de 1 metro.
Leia mais no The Next Web.
Leia também a entrevista publicada em 2008 no periódico londrino The Sunday Times.

Círio de Nazaré e a emoção de sempre

Imagem: Carlos Barretto. Todos os direitos reservados
Não sou uma pessoa religiosa. Meus pais bem que se esforçaram ao máximo. Fizeram de tudo. Batismo, aulas de catecismo, primeira comunhão, missas obrigatórias aos domingos, respeito aos "dias santos de guarda", jejum nas 3 "horas da agonia", etc. 
Tudo isso, eu cumpri desde a mais tenra idade. Mas em algum momento, nenhum destes rituais passou a fazer sentido em minha vida. Contudo, mesmo frequentando com indisfarçado tédio a rotina que eles tentaram me impor, algo sempre me impressionou em todas as épocas. Com certeza, é o caso do Círio de Nazaré.
E se no dia de hoje, ainda me emociono com a passagem da Virgem de Nazaré pelas ruas de Belém, é possível que eles tenham sido bem sucedidos no essencial destes momentos. A simplicidade do promesseiro, suas esperanças, suas angústias e sua gratidão, depositados num único e grandioso dia,  sempre me levaram ao máximo paroxismo emocional ao longo dos tempos. 
Jamais vi nada parecido em nenhum lugar do mundo, onde já tive o privilégio de estar. Jamais! 
E talvez por isso mesmo, toda vez que vejo aquela linda berlinda passar, com a singela imagem da Virgem de Nazaré em seu interior, simplesmente não consigo permanecer indiferente. 
Os braços levantados, as mãos estendidas em busca de benção e proteção. Qualquer anônimo que grite em bom som "Viva Nossa Senhora de Nazaré", logo é prontamente atendido com a resposta que todos já sabem dar aos milhares: "VIVAAA"! É de arrepiar. É de chorar copiosamente. É verdadeiramente indescritível.
Tem que ver, tem que estar, tem que viver.
Isso é o Círio de Nazaré. E hoje, eu fiz tudo isso. Gritei, estendi a mão, pedi bênçãos, fiz pedidos e chorei copiosamente.
Viva Nossa Senhora de Nazaré!

O adeus de Cesária Évora

Num comunicado publicado apenas na versão em francês de seu site oficial, a cantora cabo-verdiana Cesária Évora anuncia o fim de sua carreira. Uma pena, pois foi ela, a Musa dos Pés Descalços, que, no final dos anos 80, começo dos 90, colocou Cabo Verde no mapa, não somente musical. Lembro de alguns conhecidos que nem sabiam da existência desse pequeno e lindo país, um arquipélago perdido no Atlântico a 640 km da costa africana. Foi dona Cesária que veio dizer a muitos lusófonos no mundo: "ei, existe um lugar chamado Cabo Verde, onde se fala também português".
A cantora completou 70 anos de idade no dia 27 agosto passado e se mostrava em forma na temporada européia da primavera. Mas no finalzinho do verão - há três semanas - chegou à Paris completamente debilitada. Segundo o comunicado oficial, os problemas de saúde recentes da cantora são consequência de várias cirurgias, a mais recente uma intervenção cardíaca, em maio de 2010. A ordem médica foi clara: suspender a turnê em nome da saúde . Mas Cesária conversou com seus produtores e acabou por decidir a dar um ponto final na carreira. Ela renuncia à vida itinerante que a levou aos quatro cantos do mundo desde 1991, quando começou uma tardia carreira internacional e se tornou a embaixadora da morna, a música por excelência de Cabo Verde. O mais recente CD da cantora foi lançado há menos de um ano. São duetos com consagrados artistas de 15 diferentes países, entre eles o malinês Salif Keita, a peruana-mexicana Tania Libertad, o sérvio-bósnio Goran Bregovic, o sengalês Ismael Lo, o cubano Compay Segundo e os brasileiros Caetano Veloso e Marisa Monte. Com o Brasil, a ligação de Cesária é bem antiga. Ela sempre se declarou fã de Angela Maria, Clara Nunes e de outras referências incontornáveis da nossa MPB. A cantora dizia que ouviu música barsileira desde a infância pelas emissoras luso-africanas captadas pelos velhos rádios no Cabo Verde.
Numa entrevista ao jornal Le Monde, Cesária Évora explicou sua decisão de parar a carreira, e se desculpou junto aos fãs: "sinto muito, mas eu preciso descansar".

Vida longa e saúde, dona Cesária. A senhora nos deixa com uma sodade imensa.

sábado, 8 de outubro de 2011

Trasladando

Imagem: Carlos Silva

Todo ano, nesta época nazarena, eu acabo trasladando velhas memórias dos tempos em que dei aulas de inglês no finado Modern English Center.
Influenciado pelo clima de festa, apliquei uma redação valendo nota, com o tema "Trasladação and Círio de Nazaré".
Ainda recordo da curta e original redação de um aluno minimalista:

"Trasladação, many people. Círio de Nazaré, nor if talks".
(tradução livre: Trasladação, muita gente. Círio de Nazaré, nem se fala).

Pode haver síntese melhor da grande festa da nossa padroeira?

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Correção ao post "Luzes da Cidade"

Faz-se necessária uma correção à postagem Luzes da Cidade: a decoração de mau gosto da Praça Batista Campos é uma oferta da Federação das Indústrias do Estado do Pará, a FIEPA. Não há culpa direta do alcaide no fato. Indireta, porém, sim: não se colocam luzes em logradouro sem autorização da prefeitura.

De qualquer maneira, não é a FIEPA quem deveria desligar as luzes pela manhã. Nisso, a crítica permanece intacta.

Memória e felicidade

Imagem: Carlos Barretto. Todos os direitos reservados
Esta imagem talvez seja simplória, não traga novidades para ninguém e talvez seja mesmo muito comum. Mas ela tem um enorme valor pessoal para mim, e certamente para boa parte de minha família. 
Ela foi feita em Mosqueiro, em uma manhã iluminada na Praia Grande. O sol estava quase à pino, a maré ainda "enchia", a água estava morna e as ondas estavam seguras. Eis então que surge esta alegre criança.  Tomava banho sozinha e curtia o momento sob o olhar vigilante da mãe, sentada na praia. Pulava, "plantava bananeira", nadava meio sem jeito, daquele jeito caboclo, mexendo a cabeça para ambos os lados.
De imediato, me vieram a cabeça memórias. Lindas memórias dos tempos em que fazia e sentia exatamente o mesmo que ele na hora do banho de praia. Memórias também de meus filhos, ainda em tenra idade, curtindo as mesmas sensações. 
A câmera estava à tira-colo, equipada com uma lente clara de 80-200 mm. Nem duvidei. Liguei o "multi-burst" e sem disfarçar que ia fotografar, comecei a disparar. Com um só aperto no disparador, cerca de 20 imagens em sequência foram feitas. Ele percebeu que eu fotografava e atiçou mais ainda suas peraltices na água. 
Ao final, ao baixar a sequência de imagens no Mac, escolhi esta única. O resto, tenho certeza que vocês já entenderam.

O clima do Círio de Nazaré

Imagem: Heloá Canali (Portal ORM)
"Chegou o tempo de andar com um nó na garganta e não estamos falando de gravatas, mazelas nas amígdalas ou coisa que o valha. Pelas ruas de Belém, há um estouro constante de fogos de artifício e um cheiro de erva cozida, esfumaçado, saindo das panelas. A qualquer momento uma multidão pode cruzar o caminho com flores, velas, fitas e senhoras zelosas."

Não perca tempo e leia o ótimo texto do jornalista Anderson Araújo para o Círio de Nazaré, no Belém do Pará. Conseguiu traduzir linha-a-linha o clima que envolve os paraenses, nesta época tão marcante.

Leia na íntegra clicando aqui.

A América triste



Estamos acostumados a aceitar passivamente a imagem de uma América do Norte próspera, perfeita e tecnológica, induzidos pelas produções cinematográficas de Hollywood.
O cinema independente americano fornece, de vez em quando, verdadeiras preciosidades que retratam a não tão cintilante realidade de um país que tenta esconder a loucura, as drogas e um sem número de segredos sórdidos.
Recomendo aos flâneurs e leitores o filme Inverno da Alma, baseado no livro Winter's Bone, de Daniel Woodrell, como uma obra-prima de melancolia, dor e tristeza humanas.
Independente dos prêmios recebidos (foi inclusive o vencedor do Grande Prêmio do Juri no Festival de Sundance, de 2010) e das indicações ao Oscar 2011 (?!), a atuação de Jennifer Lawrence e a trilha sonora marcada por belíssimas canções country já justificam o mergulho neste belo e triste filme.
Pobre América...

Faltava a Pixar? Não! Ela está aqui.


Steve Jobs não foi só sinônimo de Apple Computer. Também foi Pixar Studios, empresa responsável pela criação do que reputo como os melhores filmes de animação gráfica de todos os tempos.
E a Pixar não deixou por menos. Hoje, sob o controle da Disney, reservou uma bela homenagem a Steve, assinada por John Lasseter e Ed Catmull. Clique aqui e veja.

Mercado de capinhas para iPhone 4S já se movimenta


O iPhone 4S sequer chegou fisicamente ao mercado americano, Mas as empresas fabricantes de capinhas protetoras já estão animadíssimas. A More-Thing, por exemplo, já anuncia sua próxima linha de produtos destinados ao novo smartphone da Apple.
Vejam os modelos acima. Para ser sincero, não gostei de nenhuma delas. Mas se você visitar o website da empresa, vai ver outras piores. Muito piores.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Uma vez mais, Jobs é capa da Time


E é a oitava vez que isso acontece, segundo o Blog MacMagazine. Uma bela imagem, de uma época onde tudo ainda era um sonho de juventude.

Adobe também presta homenagem a Jobs


Os co-fundadores da Adobe, John Warnock e Chuck Geschke, também prestaram suas homenagens a Steve Jobs no Adobe Featured Blogs
Para quem não se lembra, há algum tempo, Jobs vinha fustigando a Adobe pela sua insistência em não adotar o padrão HTML 5 para divulgação de vídeo digital. Segundo Jobs, o Flash Player adotado pela Adobe, era um voraz consumidor de recursos do sistema, e responsável direto pela maioria dos crashes no navegador Safari, da Apple.

(...) "We have always had great admiration and respect for Steve. The world is a better place because of him, and his absence will leave a huge hole in the world of technology.
We will miss him greatly.”

O depoimento emocionado de Wozniak



O co-fundador da Apple e parceiro daqueles dias difíceis e visionários Steve Wozniak, deu seu depoimento sobre o amigo Steve Jobs. Ao final, não a conteve a emoção.

Steven Jobs' Media Coverage


The New York Times consistently has some of the very best obituaries around. I actually often use their obituaries in class, to teach my students that you can report about someone's death (and celebrate their life) without being boring or bureaucratic about it. The NYT's obituaries are the opposite of boring or bureaucratic. They outdid themselves today, publishing Steven Jobs' obituary on the front page (main headline). One of the best obituaries I've ever read.

In fact, most U.S. newspapers today had Steven Jobs' death on the cover, many of them as the main headline. The coverage continued inside with the main, business and technology sections devoting several articles to him, to Apple, and to Jobs' influence on areas such as computers, technology, music, animation (Pixar), as well as society in general.

One of my favorite obituaries today came from a British publication: The Economist, which also always has some of the best (and most idiosyncratic) obituaries.

Something about Jobs that was rescued by the NYT's and the Economist's stories include the fact that he was very much the product of the "flower power" generation--a visionary rebel, influenced by the concepts of social justice, equality, creativity, and the power of technology to change the world. In fact, when Steven tried to convince John Sculley, who was then the CEO of Pepsi-Cola, to leave Pepsi and come to Apple, he said: "Do you want to spend the rest of your life selling sugared water, or do you want a chance to change the world?”

Jobs e a "invisibilidade tecnológica".



"Porque o sonho de Steve sempre foi que a tecnologia fosse poderosa a ponto de ser invisível".


Pedro Burgos - Gizmodo BR.

Steve Jobs, pela Wired


Veja agora, a bela homenagem que a conceituada Wired fez a Steve Jobs.

iPhone 4S"teve"

Passei a noite de ontem, experimentando um momento difícil. Envolvido em um daqueles plantões que constituem minha atividade de médico intensivista, de um momento para o outro, me vi obrigado a usar o máximo de meu profissionalismo para lá permanecer, sem perder o foco. Soube da notícia da forma mais esquisita. Em uma mensagem cercada de ironia no Twitter, uma mention feita por uma amiga querida, chamava a atenção para um fato que se provou muito duro para mim. 
Apesar de esperada, a morte de Steven Paul Jobs caiu sobre mim como uma forte martelada no peito. Sem o menor exagero, a sensação que se abateu sobre mim foi avassaladora. Obrigado a refugiar-me por alguns momentos no conforto médico, não consegui evitar que rolassem lágrimas sinceras e profundas. Foi como se tivesse perdido aquele irmão, que via todos os dias.
Ainda agora, não consigo concatenar as idéias para fazer um texto menos emotivo e algo mais justo, talvez,  a maneira que Jobs gostaria de ser lembrado e reconhecido. Por esta razão, vou preferir deixar o tempo passar para digerir um pouco mais o fato. Só após esse período, começarei de maneira embutida em variados posts, a lembrar a falta que ele faz e o enorme impacto que ele foi capaz de gerar ao mundo. 
Em minha humilde opinião, este impacto existe, não importando se você é usuário de Mac ou Windows. Esta é precisamente uma das grandes conclusões que a trajetória histórica de Jobs revela, de maneira até constrangedora para muitos. Bill Gates, Mark Zuckberg e até o próprio Google que o digam. Todos eles, fizeram seus depoimentos, suas homenagens, cada qual a seu modo. O último, está representado na imagem que ilustra o post. Uma homenagem simples, sem Google Doodle, apenas com um link situado de forma discreta.
Resumi minhas emoções de ontem em um curto texto que fiz no Facebook. E é com ele que encerrarei este post.

"Quem me conhece, sabe e respeita o que sinto agora. Admiro SIM, e lamento do fundo do coração apertado, a perda de pessoas que sabem lutar o bom combate.

Descanse em paz, Steve Jobs!"

Solidariedade a Franssinete Florenzano

A triste notícia da morte de Steve Jobs acabou por ofuscar um pouco outra má notícia, essa bem mais próxima de nós: a de que a administração do Tribunal de Contas do Estado sucumbiu à pressão do vereador Gervásio Morgado e exonerou a jornalista Franssinete Florenzano da assessoria do TCE, fazendo-a retornar a seu órgão de origem, a Assembleia Legislativa.

Para quem não acompanhou o imbroglio, Franssinete, que edita o blog e o jornal Uruá-Tapera, passou a ter sua cabeça a prêmio depois de denúncias feitas contra o vereador na internet. Como de hábito entre os poderosos da terra, em lugar de responder às acusações e prestar contas ao eleitorado, Morgado optou pelo caminho mais vil: pediu a exoneração da jornalista ao presidente do TCE e a obteve, no que teve como cúmplices outros edis, inclusive o presidente da Câmara Municipal de Belém.

Presto minha solidariedade irrestrita a Franssinete, fazendo minhas as palavras do professor Fábio Castro, que em seu Hupomnemata, definiu de maneira exata a questão:

A jornalista Franssinete Florenzano, editora do blog Uruá-Tapera e do jornal de mesmo nome foi exonerada do Tribunal de Contas do Estado por motivos políticos.

Franssi é uma jornalista competente, uma profissional honrada e dedicada ao seu trabalho. Há muito tempo vem sendo perseguida pelos poderes sujos do estado do Pará. Em episódios sucessivos, tem tido seu trabalho de jornalista cerceado. Dentre outros, pelo ex-deputado federal Vic Pires Franco (DEM); pelo atual governador Simão Jatene (PSDB), durante a campanha de 2010; pelo vereador Raimundo castro, presidente da Câmara Municipal de Belém e, ainda, pelo vereador Gervásio Morgado (PP). Recentemente, começou a receber ameaças anônimas.

A demissão da jornalista é resultado da pressão do vereador Morgado sobre o TCE.

Gervásio Morgado, por sua vez, não é um vereador competente. É o autor da proposta de mudar o nome da Travessa Apinagés, o autor de inúmeros atos de perdão de dívidas para com a prefeitura e o mesmo que foi fotografado bebendo cerveja em plena Câmara Municipal.

Esse tipo de situação exige que as pessoas se posicionem. Defender a Franssi é defender a sociedade, pois o trabalho dela é exemplo do jornalismo que interessa à sociedade, ao bem público, ao interesse comum. Um exemplo do jornalismo que não pactua com os interesses pessoais e empresariais que tomam a comunicação e a política, traindo, nelas, sua função elementar.

Essa situação é um abuso de poder político e nos leva a perceber o quanto o estado do Pará tem-se tornado refém desses interesses e de seus poderes sujos.

Não temos jornais, rádios ou TVs, mas temos a internet - e justamente é isso que tem incomodado a gente como Gervásio Morgado. Façamos uso dela: de nossos blogs, do Twitter, das redes sociais, enfim, para ajudar a evidenciar a maneira como as elites paraenses, na sua covardia, ganância e arrogância - sim, e na sua ignorância, é claro - têm abusado de prerrogativas públicas e do poder econômico para cometer injustiças e arbitrariedades.

Tão jovem. Tão cedo


















"Lembrar que eu estarei morto em breve é a ferramenta mais importante que eu encontrei para me ajudar a fazer grandes escolhas na vida. Por que quase tudo – todas as expectativas externas, todo o orgulho, todo o medo de se envergonhar ou de errar – isto tudo cai diante da face da morte, restando apenas o que realmente é importante. Lembrar que você vai morrer é a melhor maneira para eu saber evitar em pensar que tenho algo a perder. Você já está nú. Não há razão para não seguir o seu coração.." (Steve Jobs).

Que Deus o tenha.
Posted by Picasa

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

"A maior invenção da vida"

Não sei por qual razão o nosso editor-chefe, Carlos Barretto, ainda não publicou nenhuma linha sobre a morte de Steve Jobs, a quem tanto admira (notem o verbo propositalmente no tempo presente). Talvez esteja ocupado mas, decerto, antenado que é, já deve ter conhecimento do ocorrido.
Seja como for, fica uma mensagem otimista deixado pelo próprio Jobs, já doente, quando disse que a morte talvez fosse a maior invenção da vida. Por meio dela, sai o velho para dar lugar ao novo. Se é verdade que morremos como vivemos, Jobs parece ter deixado uma pensata bem de acordo com sua própria trajetória.
A imagem oficial, no sítio da Apple, é esta reproduzida na postagem. Limpo, branco e funcional, do jeito que ele gostava (eu odeio a brancura dos produtos da Apple, já que odeio praticamente qualquer coisa branca). Mas o importante é comunicar e seguir adiante, como precisa ser.
Paz a sua alma e que venha o futuro.

Steve Jobs Died Today

Steve Jobs, the visionary computer maven who, with Steve Wozniak, founded Apple in 1976, and twice became the company's CEO, died today of pancreatic cancer. The brain behind revolutionary products such as the Macintosh personal computer, the iPod and the iPhone, Jobs left Apple in 1985, but returned again as CEO in 1997, overseeing one of the most creative and profitable phases of the company's life. Considered one of the most inventive, innovative and savvy business tycoons in U.S. history, Jobs was also a charismatic leader, inspiring and leading generations of computer inventors.

Papagaio do mal

Não me lembro exatamente com o que sonhei, mas hoje acordei com um meme, uma poderosa unidade de memória: a música Evil Papagali, do grupo trash Massacration.
Ouvi a música duas vezes no caminho do trabalho, mas o danado do refrão não saiu da minha cabeça durante toda a manhã.
Sem saber exatamente o que fazer, resolvi postá-la aqui no Flanar, junto com a letra, para ver se ela gruda na mente de alguém e larga da minha.
Vade retro, papagali!

EVIL PAPAGALI (Massacration)
Thrash
Thrash
Thrash

I met a bird that
Came From Hell
He is little green
He is very well

He likes to play
He likes the milk
He likes to fight
He likes to kill

I met a bird that
Came from hell
He is little green
He is very well

He cannot fly
And he is revolt
He don't like me
And then he told
What?

Lôro
Lôro quer biscoito!
lôro
lôro quer biscoito
quer biscoito

Evil Papagali
He wants to kill
He ordered me to
Puta que pariu

Evil Papagali
He is animal
He got the power
Of heavy metal

He's got the power
Of The furation
You feel the pain
Is the bication

He's master of hell
And we're
Massacration
He wants to speak
To all the nation

Loro
Loro quer biscoito
Loro
Loro quer biscoito
Quer biscoito

Curupaco feel
the fire
Curupaco feel
Curupaco kill
With power
Curupaco kill

Luzes da cidade

Sou um opiniólogo de marca maior. Arvoro-me também a dizer que tenho um certo bom gosto estético. Por isso, feriu meus olhos a decoração que a prefeitura de Belém (leia-se Duciomar Ambiental Costa) instalou na praça Batista Campos.

Além de feias e cafonas, as luzes penduradas nas mangueiras seculares do logradouro estão claramente deslocadas no tempo: na quadra do Círio, presentes, sinos com laços, bolas coloridas e uma imagem de Nossa Senhora que mais parece um pinheiro evocam à toda evidência o Natal. Tudo regado a um colorido que se poderia chamar de pornográfico, próprio da entrada dos lupanares das novelas do saudoso Dias Gomes.

Não bastasse isso, passei agora pela manhã e vi as luzes todas ainda acesas. Vale dizer: além de gastar mal o dinheiro público com ornamentos que enfeiam uma das nossas praças mais bonitas, a prefeitura ainda vai pagar além do necessário a conta de energia elétrica de seu cometimento. Ou alguém acha que a Celpa não cobrará o consumo?

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Apple libera vídeo do novo iPhone 4S

Quer saber mais sobre o novo iPhone 4 S, da boca do próprio team de executivos da Apple? Assista então a este vídeo liberado agora há pouco.

O iPhone 4S já está online


Já está online a nova página do iPhone 4S lançado agora há pouco no Infinite Loop 4 em Cupertino.
Clique aqui para acessar.

Let's Talk iPhone - Novidades passo-a-passo

Imagem: Engadget
Aqui vamos registrar pontualmente todas as novidades que forem surgindo, ponto-a-ponto, na medida em que forem anunciadas via Engadget. É só recarregar o blog e acompanhar.

  • Executivo da AT&T Mobility, Ralph de la Vega, presente no evento
  • Tim Cook no palco do Infinite Loop 4
  • Tim lembra que o palco é o mesmo utilizado para o lançamento do primeiro iPod. Huuuummm!
  • Novas retail stores inauguradas em Shanghai e Hong Kong são lembradas
  • Citadas as inovações do Mac OS Lion. Crescimento da plataforma Mac foi de 23% no ano passado. Enquanto isso, o PC subiu apenas 4%.
  • O iPod ocupa hoje 78% do mercado de players de música. Apple vendeu 300 milhões de iPods. Enquanto a Sony levou 30 anos para vender 200 milhões de Walkman.
  • iTunes registra 16 bilhões de downloads.
  • iPad agora é o foco do Tim Cook
  • Scott Forstall é chamado ao palco. iOS é o seu foco.
  • Cards App é lançada. Uma app para fazer cartões de felicitações. A Apple imprime e envia pelo correio para qualquer lugar do mundo por cerca de 3 dólares.
  • Agora é o iOS 5. Scott fala sobre as novidades do iOS 5 já divulgadas anteriormente durante a WWDC 2011
  • iOS 5 disponível como atualização gratuita a partir de 12 de outubro para iPhone 3GS, iPhone 4, iPads 1 e 2 além de iPods Touch de terceira e quarta gerações
  • Eddy Cue sobe no palco agora para falar sobre iCloud.
  • Find My Friends. Convide seus amigos para compartilhar sua localização por algumas horas. Mesmo sabendo que deve ser tudo voluntário e seguro, tenho certeza que os neuróticos por privacidade vão falar, olha. 
  • iCloud disponível também em 12 de outubro, junto com o iOS 5
  • iTunes Match, apenas no final de outubro
  • Phil Shiller no palco para falar de iPods
  • Novas faces de relógio para o iPod Nano
  • iPod Nano, disponível em 7 cores, nano de 8 GB por US$ 129, 16 GB por US$ 149.
  • Finalmente é lançado o iPhone 4S. À primeira vista, exatamente igual ao atual iPhone 4.
  • Mas vem equipado com o poderoso chip dual core A5, duas vezes mais poderoso e com capacidade gráfica 7 x maior que o anterior.
  • iPhone 4S battery life: 8 hours of talk time. 14 of 2G talk time. 6 of 3G browsing. 9 for Wi-Fi browsing. 10 video. 40 music
  • iPhone 4S has both GSM and CDMA compatibility, what Apple calls a "world phone
  • iPhone 4S camera. First of all, iPhone 4 is the single most popular camera on Flickr. 4S has 8MP camera, 3264x2448 pixels
  • Download speeds on the new iPhone - up to 14 megabits per second
  • Câmera com face detection e mais rapidez para tirar a primeira imagem (1,1 segundos)
  • Lente de 5 elementos com abertura de f/2.4. Mais clara!
  • Video recording: iPhone 4S has 1080p video, for the first time. Com direito a estabilização de imagem.
  • O  espelhamento da tela na televisão, sem fio, agora é compatível com o iPhone 4S
  • Phil Schiller apresenta o Siri, o assistente inteligente que faz o que falamos a ele.
  • Você diz "Acorde-me amanhã as 6h da manhã" e ele responde "Ok, vou ajustar o despertador
  • Você diz "Me mostre caminhos para tal lugar" e ele abre o Mapas, com as opções de rotas
  • Lembre-me de ligar para a minha mulher quando eu sair do serviço". Ele anota no Lembretes a tarefa
  • Find me a Greek restaurant in Palo Alto." IPhone has found
  • Por enquanto, apenas inglês, francês e alemão. Ops!
  • Preços: 16gbytes - U$ 200, 32 gbytes - U$ 300 e 64 gbytes - 400.
  • Enquanto isso, iPhone 4 8GB - $ 99.   3GS com contrato de fidelidade, será grátis nos EUA.
  • O iPhone 4S chega até dezembro em 70 países (incluindo Brasil). Dia 14 nos EUA
  • Concluindo: iPhone 4 bombado ---> iPhone 4S
  • FIM

Daqui a pouco, "Let's Talk iPhone"

Imagem: Engadget
Faltando apenas 1 hora para o início do evento em Cupertino, os liveblogs já iniciaram suas atividades. Tendo em vista que desta vez a Apple não permitirá a transmissão de áudio e vídeo, será através deles que saberemos quase em tempo real, as novidades de hoje.
Sugerimos dois, que você pode acompanhar:

Enquanto isso, veja essa imagem que o Engadget já transmitiu do Inifinite Loop. 

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Memória do Flanar - Saint Chapelle

Sainte-Chapelle - Paris (Imagem: Autor desconhecido -  Google Images)
Em 19 de abril de 2008, publiquei um post sobre um dos lugares que ainda considero como um dos mais preciosos que tive oportunidade de visitar. 100% de certeza que voltarei a visitá-lo agora em outubro, levando outros olhos que, certamente, também irão se maravilhar. Da mesma maneira que me emocionei há 3 anos atrás. Mas o mais interessante por trás deste singelo post, foi o depoimento excelente deixado na caixinha de comentários, pelo querido José de Alencar.
Leia abaixo a íntegra do comentário.

Caríssimo blogger.

1) Realmente, a Sainte-Chapelle é uma jóia gótica encravada no Ministério da Justiça de França. São Luís podia não entender nada de coroa de espinhos - adquirida por ele em uma época em que as falsificações de relíquias estavam em voga - mas entendia de capela. É impossível, inclusive para ateus e agnósticos, não se maravilhar com essa exuberante capela gótica.

2) É um desses lugares que devemos visitar pelo menos uma vez na vida. Conheci em Paris uma senhora gaúcha, avançada na idade, com problemas de visão, mas vigorosa o bastante para encarar uma uma excursão da Abreu. Um dia ela pediu para desligar-se do grupo porque queria visitar a Sainte-Chapelle. A guia, compreensiva, fez o possível para ajudar. Uma amiga dela, também gaúcha, explicou-me depois: ela sabia que aquela seria a última chance de rever a capela, pois sabia que estava perdendo a visão e a vida estava chegando ao fim. Ela foi, não sei como, mas foi. E ao reencontrar com ela no dia seguinte, ela estava transfigurada. Era alguém que realizava um último e recôndito desejo e com alegria e ânimo de fazer inveja aos mais moços, fruia a vida que lhe era dada para viver. Alegre e feliz por ter visto a capela, ainda que pela última vez. Nunca esqueço dela e até hoje lembro do seu rosto, dos óculos, da cor do cabelo e da alegria de viver. Foi assim que aprendi a gostar da capela antes mesmo de conhecê-la (fui lá depois).

3) Na última vez que lá estive presenciei uma cena inesquecível. Era dia de Corpus Christi. De repente, um grupo de alemães - a cidade estava cheia deles no feriado - postou-se em um lugar que parecia escolhido ao acaso e começaram a entoar - à capela - uma Ave Maria em latim. Todos os visitantes pararam para ouvir as afinadíssimas vozes - cinco - e até os guias fizeram respeitoso silêncio. Era um pequeno coro que tinha vindo da Alemanha exclusivamente para aquela performance, porque naquele exato ponto a acústica da capela é simplesmente fantástica (aqui em Belém, na Igreja de Santo Alexandre também tem um ponto G desse, me disse Maria Antônia, nossa maestrina cubana). Terminaram de cantar, saíram silenciosamente como entraram, sem muita conversa, deixando atrás uma pequena multidão de turistas do mundo inteiro simplesmente maravilhados com o que haviam acabado de ver e ouvir. A combinação de luz dos vitrais com a divinal música dos alemães até hoje está gravada na minha retina, nos meus ouvidos, no meu cérebro.

4) Assim aprendi que a capela é para ver, ouvir e ... viver.

5) Por tudo isso, meu caro blogger, muito obrigado por me propiciar tão boa lembrança e compartilhar com seus leitores tão boa indicação.

Seja feliz.

Vida longa para você e para o Flanar.

Belém da Saudade: Postcards


Aqui vai um link para um post da amiga jornalista Regina Scharf, e de seu blog "Deep Brazil: Way Beyond Carnival". No post, cartões postais da antiga Belém. Neste clima pré-Círio (vide post do Edvan abaixo), vale mesmo à pena contemplar o passado, enquanto esperamos o futuro...