quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Alternativa para transporte em meio ao caos

Este aí ao lado é o Vectrix VX-3, primeiro scooter de três rodas e disponível no mercado, que a Vectrix comercializará na Espanha dentro dos próximos dias.
O fabricante promete velocidade máxima de 110 Km/h e autonomia entre 80 e 128 quilômetros neste veículo que é elétrico e muito fácil de recarregar suas baterias.
Bonito, um brinquedo como esse seria uma ótima opção para pessoas que, como eu, gostariam muito de deixar o carro em casa e se locomover com mais agilidade, menos consumo de combustível e sem sofrer tanto na hora de encontrar uma vaga para estacionar, mas têm medo da insegurança e do elevado número de acidentes envolvendo motocicletas.
No site da Vectrix, o VX-3 é anunciado como um produto iminente, mas já sabemos o preço: $14,995 USD, o equivalente a R$ 25.499,00 (sem impostos) no câmbio de hoje, segundo este conversor. Se incluirmos a abusiva tributação brasileira, teríamos um produto com preços bastante proibitivos. Afinal, bem pouca gente pagaria tão caro por um veículo de uso individual. Nada que se compare, é claro, ao superesportivo triciclo da Can-Am, que é um espetáculo, mas no Brasil ultrapassa os 70 mil reais.

Noite de lua em Mosqueiro

Imagem: Carlos Barretto. Todos os direitos reservados.
Já que Mosqueiro foi o assunto do post A vida imita a arte, mais que a arte imita a vida de nosso parceiro Francisco Rocha Júnior, que tal dar uma olhada nesta noite muito especial, na Praia do Murubira?
O registro foi feito em 24 de novembro de 2007, com uma Sony DSC-H5.

Os Três Patetas 2012


Com o lançamento previsto para 13 de abril (nos EUA), a versão 2012 do clássico do humor pastelão Os Três Patetas já tem até trailer.
A minha dúvida inicial (grande, por sinal) era se eu teria coragem de assistir ao remake ou se optaria por rever alguns dos inúmeros filmes feitos entre 1922 e 1970.
Após ver o trailer acima, a dúvida dissipou-se e me pareceu bem melhor manter Moe, Larry e Curly bem do jeitinho que os fixei na memória há muitos e muitos anos.
Algumas coisas devem ser mantidas intocadas, não é mesmo?!...

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Agora é oficial: 7 de março é o dia do novo iPad

Imagem: Blog MacMagazine
Em convite enviado a imprensa especializada (imagem acima), a Apple oficializou hoje o dia 7 de março (uma quarta-feira) para o lançamento da última versão do iPad. O evento, que terá início às 15 horas (BSB), será realizado em San Francisco no já tradicional Yerba Buena Center for the Arts

Apesar de tentado a citar iPad 3, lembro que esta designação ainda não é oficial, sendo apenas parte das inúmeras especulações. Além disso, é provável que um novo iPad não seja a única novidade. Aposto no lançamento simultâneo de uma nova versão do iOS.

[Via Blog MacMagazine]

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Atualizada às 23:59 h

Observe com atenção a imagem do convite oficial acima.
Percebeu algo estranho? Não? Nem eu.
Mas o CNET percebeu e já disparou aquilo que os norte-americanos mais adoram: uma boa e velha teria conspiratória. Quer saber sobre o quê estou falando?
Então clica aqui.

A vida imita a arte, mais que a arte imita a vida


A frase célebre de Oscar Wilde nunca foi tão atual quanto no caso do crime escabroso que comoveu a ilha de Mosqueiro e que tem sido manchete dos jornais nas últimas semanas.

O estupro seguido de homicídio do menor na Praia Grande lembra muito um livro breve, mas marcante, do autor paraense Edyr Augusto Proença, comentarista bissexto do blog: Moscow, editado pela Boitempo Editorial.

Quem lê a obra não imagina ser possível caber tanta violência na cabeça de um jovem; a vida prova que, sim, é plenamente plausível. Edyr Augusto sabe como poucos explorar a mistura de sexo e brutalidade que, muitas vezes os jornais comprovam, é inerente à espécie humana.

O resolução do caso real, que aponta para um crime torpe causado por ciúmes, é mostra do bestiário que o machismo possessivo do homem latino materializa todos os dias, na forma dos vários tipos de violência contra a mulher. Desta vez, a vítima foi o rival, aquele que trouxe à tona a baixa auto-estima que acomete esta espécie de macho alfa. Além do componente sexual, ainda há o envolvimento dos acusados com o tráfico e o uso de drogas. Tal mistura só poderia dar em solução violenta de um conflito que, ademais, parece que o morto sequer sabia que existia.

É nesse caldo que vivem os personagens de Moscow e aqueles do crime brutal, acontecido há algumas semanas em Mosqueiro. Não por acaso, ambas histórias, ficcional e verídica, foram ambientadas no mesmo distrito de Belém, abandonado pelo Poder Público.

As fotos da ilha que nosso confrade Carlos Barretto publica volta e meia nas páginas deste blog são a face doce do local. Belíssimas, elas, porém, sempre me deixam um gosto de melancolia. É que Mosqueiro foi - como de resto para boa parte da classe média desta cidade - o local onde coisas maravilhosas da infância e adolescência aconteceram. Hoje, porém (e desde algum tempo), está ela entregue a tudo de pior.

A história tão explorada pela imprensa, portanto, faz-me concluir algo triste: como prova o livro de Edyr, um crime de tamanha proporção até que demorou a acontecer na outrora bucólica Mosqueiro.

BRT versus Ação Metrópole

Na próxima quinta-feira, dia 1o de março, às 15 horas, haverá uma audiência pública para discutir o impasse entre os projetos do Bus Rapid Transit (BRT), da Prefeitura de Belém, e o Ação Metrópole, do Governo do Estado.

A audiência ocorrerá na sede da seção paraense da Ordem dos Advogados do Brasil, na Praça Barão do Rio Branco (o conhecido Largo da Trindade), em Belém, e é uma iniciativa da Comissão de Trânsito da OAB/PA.

Como todos sabem, o prefeito falsário, com sua solução para o trânsito da capital, interferiu no Ação Metrópole, cujo projeto foi gestado há anos e se encontra em execução desde o governo passado, de Ana Júlia Carepa, tendo sido continuado na gestão de Simão Jatene.

O governo será representado pelo coordenador do Ação Metrópole, o arquiteto e urbanista Paulo Ribeiro. Da prefeitura, ainda não se sabe quem irá.

Como dói!

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Situação desesperadora a da Grécia. Calote a vista e sem muitas saídas. Intolerância crescente contra os alemães cultivada pela debacle econômica. Não vejo como a Grécia possa arcar com qualquer coisa na situação em que se encontra. Volto aos anos 1980. Lembro-me de ir ao banco para aplicar dinheiro, que seria retirado no final de semana em meio a uma inflação dolorosa e excludente. Lembro-me em Equitos - no Peru - de sair prá comprar pão e uma caixa de leite levando um bolo de dinheiro que nada valia; isso era 1984.
Vivemos momentos muito dolorosos nos anos 1980. Penso na Grécia e imagino o desespero e a total ausência de perspectiva. Gerações estão pagando alto e caro pelas decisões econômicas de seus governos: uma triste história que não cansa de se repetir...

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Schumann e a psicose


Robert Schumann

Há muitos anos eu ouvi uma história curiosa sobre o renomado compositor musical alemão Robert Alexander Schumann e que tomei como verdadeira até a presente data.
Segundo um amigo pianista, Schumann havia tentado o suicídio por volta dos 40 anos de idade por não suportar mais ouvir a nota de forma ininterrupta, dia após dia, e que a causa de tal distúrbio teria sido uma otite adquirida na infância.
Pois hoje ganhei de presente um livro curioso, escrito por André Luiz Iorio, psiquiatra da USP-SP, chamado MÚSICA E PSICOSE - A COMPLEXA VIDA E OBRA DE ROBERT SCHUMANN (Editora Leitura Médica), que abalou a minha ideia pré-concebida sobre o compositor.
O autor, além de médico psiquiatria, tem extensa formação musical em piano, harmonia e contra-ponto, e fez uma profunda análise fenomenológico-existencial que passou pelas cartas da juventude, pelo diário pessoal do músico, chegando até às suas partituras.
Apesar do tom estritamente científico da obra, fica bem claro que a música de Schumann expressa de forma brutal, e ao mesmo tempo cristalina, as forças escondidas que emanavam de sua existência atormentada.
Schumann era portador de uma forma de psicose e a nota poderia ser "apenas" uma alucinação auditiva.
Fiquei pensando em quantos gênios, de tantas áreas do conhecimento humano, não sofreram (ou sofrem) de doenças mentais ou neurológicas, e em quanto a patologia não tem sido importante para as artes, ciências, religiões e para a própria história da humanidade.
Afinal, existe um linha de pensamento na moderna neurologia que diz mais ou menos assim: "toda doença pode trazer algo de bom para o paciente, redundando numa vida melhor do que o mesmo apresentava antes de adoecer".
Será?!...

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Ave Benedito!

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O que se pode dizer de um homem ilustre como Benedito Nunes!?! O que se pode apregoar na dor de perdê-lo para a mais clara condição do humano: morrer. Há exato um ano estava deitada em uma cama de hospital me restabelecendo da cirurgia de uma hérnia de disco. Naquele quarto escutei os lamentos pela morte de Benedito Nunes; soube da notícia: "A indesejada das gentes" havia chegado para levar o Bené! Ali pensei na fragilidade do corpo e na força das idéias, das palavras e dos fatos. Nosso filósofo havia ido embora prá Pasárgada: é amigo do Rei! A mim? Ensinou muito e tanto que nem sei...continuo aprendendo com ele. Relação inesgotável, doce e intransigente, essa minha de querer saber e de aprender com os que sabem: com o Sábio. Ele nos trouxe chaves e, amorosamente, abriu portas para tantas possibilidades...
Meu carinho e minha admiração por Benedito Nunes, sempre.

domingo, 26 de fevereiro de 2012

Primeira reportagem sobre "correio eletrônico" no Brasil

Assista com atenção o vídeo abaixo. Além de histórico, ele é hilariante.



O ano era 1990. A reportagem do Jornal da Record mostrava a grande novidade da época em São Paulo: alguma "coisa" que eles chamavam de "correio eletrônico". Levando em conta a época e pelo que pude entender na reportagem, não se tratava exatamente daquilo que conhecemos como atualmente como "e-mail'. Mas funcionava da mesma maneira. Talvez fosse um serviço baseado nas extintas BBSs, que com  um software dedicado, possibilitavam a comunicação entre os então "aficcionados" por computadores.
 
Fazendo um rápido parêntese, algum dos leitores chegou a utilizar uma BBS?
Pois eu cheguei a usar este serviço por um curto período. Com auxílio de um estão poderoso (e caro) modem US Robotics de espantosos 14400 bps  conectado a linha telefônica, cheguei a fazer algumas transferências de arquivos a incrível velocidade de 3 ou 7 kbps!!! Reclamem agora das velocidades 3G!!
E era mesmo tudo muito "punk". Após ouvir aquele conjunto inesquecível de ruídos toscos, característicos do chamado handshaking do modem,  o que você via, era mais ou menos o que mostra a imagem abaixo.

Uma BBS em tela de fósforo verde. Imagem: Wikipedia
Voltando ao vídeo, o interessante mesmo, é ouvir a opinião de um "especialista" da época, ressaltando entre as vantagens do serviço, a possibilidade de compartilhamento de software entre os usuários "a custo zero", levando em conta que "hoje o software é uma das coisas mais caras na área de informática". 

[Via Google+/Antonio Fonseca]

Mademoiselle n'existe plus

A França decidiu: o termo mademoiselle foi banido de todos os documentos públicos administrativos. A decisão, assinada semana passada pelo primeiro-ministro François Fillon, atende ao movimento feminista francês, uma vez que, até então, as mulheres precisavam identificar-se como casadas (madame, ou senhora) ou solteiras (mademoiselle, senhorita), desde documentos de identidade até na plaquinha das caixas de cartas nas casas. Os homens (monsieur, ou senhor), por sua vez, nunca precisaram utilizar qualquer distinção. A partir de agora, as mulheres devem ser identificadas apenas por “madame”, sem qualquer referência ao seu estado conjugal, em equivalência ao termo “monsieur”.
Bem, não entrarei na discussão sobre a medida em si, adotada na terra de Simone de Beauvoir. Mas acho que o termo deixa saudades. Lembrei de Coco Chanel que sempre preferiu ser chamada de mademoiselle, palavra que até denomina um dos perfumes da grife: o Coco Mademoiselle.
E claro, lembrei-me também do maravilhoso filme Mademoiselle, dirigido em 1966 por Tony Richardson, com roteiro de Marguerite Duras e Jean Genet. A protagonista é a grande Jeanne Moreau (na foto acima), na pele da lascívia mademoiselle professora numa vila de
província, num dos filmes de mais alta tensão sexual da Nouvelle Vague francesa.

Celebrar a existência.

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[...]Na minha contribuição, abordo um tema que explorei em meu livro "Criação Imperfeita" (Ed. Record, 2010): como o progresso na astrobiologia e na cosmologia estão nos fazendo repensar a lição central do copernicanismo, a de que, quanto mais aprendemos sobre o Universo, menos importantes ficamos.
Ao contrário, quanto mais percebemos que a complexificação gradual da matéria ao longo da história cósmica -das partículas elementares à matéria viva- é produto de imperfeições, acidentes e assimetrias sem qualquer grande plano por trás dela, mais entendemos que somos um fenômeno único no Cosmos, criaturas raras, capazes de se questionar sobre o futuro.
Mesmo que outra inteligência exista em algum canto da galáxia, as distâncias interestelares agem como uma barreira que, ao menos pelas próximas gerações, é intransponível. A conscientização de nossa solidão cósmica e da raridade de nossa casa planetária nos leva (ou deveria levar) a uma nova relação com a vida. Está na hora de começarmos a celebrar nossa existência.

MARCELO GLEISER é professor de física teórica no Dartmouth College, em Hanover (EUA), e autor de "Criação Imperfeita".

sábado, 25 de fevereiro de 2012

Anúncio da Rosa.

Essa vai prá ti Carlos Barreto pelo aniversário.

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Imenso trabalho nos custa a flor.
Por menos de oito contos vendê-la? Nunca.
Primavera não há mais doce, rosa tão meiga
onde abrirá? Não, cavalheiros, sede permeáveis.
Uma só pétala resume auroras e pontilhismos,
Sugere estâncias, diz que te amam, beijai a rosa,
Ela é sete flores, qual mais fragrante, todas exóticas,
Todas históricas, todas catárticas, todas patéticas.
Vede o caule,
Traço indeciso.
Autor da rosa, não me revelo, sou eu, quem sou?[...]


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Drummond/A Rosa do Povo

A maçã do bolo

Em um ano anterior, o nosso querido coeditor Francisco lamentou - no bom sentido, é claro - que eu tivesse me antecipado a ele na escrita de uma homenagem pelo aniversário do nosso querido Carlos Barretto. Este ano, ele teve a primazia, e o "Momento social" já está aí embaixo. Mas eu não deixaria de registrar numa postagem, porque nem todos leem as caixas de comentários, o meu carinho, o meu respeito e a minha admiração por esse cara inteligente, culto, solícito e tão criativo.
A sua liderança natural, aqui no Flanar, sempre foi reconhecida espontaneamente por todos. Mesmo que sejamos "plenipotenciários", como ele nos classifica, nunca fazemos nada além de nossas postagens sem ouvi-lo e, de certa forma, deixar que nos conduza. Porque assim são os líderes: eles simplesmente o são.
Neste caso, em vez de dizermos que ele, no blog, é a cereja do bolo, diremos que é a maçã.
Saúde, meu amigo!

Momento social

O dia de hoje merece um hiato social nas postagens renovadas do blog, ultimamente tão arejado pelas mãos femininas das nossas novéis articulistas.

É que, nesta data, soma mais uma "risonha primavera" nosso editor-chefe e confrade Carlos Barretto (com dois R e dois T), o responsável por essa empreitada coletiva chamada Flanar.

Saúde, sucesso, felicidade, muito amor na tua vida, Carlinhos. Seja sempre feliz.

Batfino e Karatê



Há cerca de 4 décadas, nós acordaríamos num sábado e correríamos para ligar a nossa TV Telefunken (em preto-e-branco, claro), aguardando por um novo (ou velho) episódio de um super-herói que dizia assim: suas balas não me atingem; minhas asas são como uma couraça de aço!!!
E a bordo do indestrutível Batillac (um Fusca alado), lá iam Batfino e seu oriental parceiro Karatê atrás de um dos maiores vilões de todos os tempos: Hugo A-Go-Go, o cientista maluco que queria derrotar Batfino e assim conquistar o mundo.
Soa familiar?
Então cheque o vídeo acima e rejuvenesça um bom naco de tempo!

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Parque temático do sexo

De pronto, as imagens e a proposta em si podem chocar. Podem não: elas chocam. Elas me deixaram levemente constrangida, digamos assim. Afinal, fui educada para achar que sexo é para quatro paredes. Talvez um discurso tipicamente judaico-cristão. Não se fala espontanea e publicamente de sexo como prazer, no máximo por motivos técnicos, pedagógicos e outros sofismas do gênero. Seguindo a linha da minha emoção pessoal e intransferível (já que levar para o plural pode causar reações adversas a muitos leitores), acrescento que eu não conseguiria entrar neste museu-do-sexo-a-céu-aberto com meu pai. Aff! Acharia até estranho olhar para qualquer pessoa que estivesse a meu lado! Bem, sexo e prazer disfarçados (ou não) em arte talvez consigam provocar algumas feridinhas em nossos pudores e aguçar nossa reflexão. E, vejam só, eu, que dei para escrever textos sensuais (no face), revelo todo este conservadorismo... Adoro me surpreender nessas cascas de banana.
Se fosse você, leitor, entrava no blog da Carolina Reymúndez para ver mais imagens e informações sobre o parque temático do sexo, na Coréia do Sul.

Há 80 anos, brasileiras conquistaram direito a voto

Celina, primeira mulher a votar no Brasil

Bem, já está mais do que dito aqui por mim que acho fundamental termos um bom domínio, um conhecimento minimamente refinado sobre nossa história. Esse é um elemento importante não para emoldurarmos e pendurarmos numa parede. É essencial para fundamentarmos nossas lutas por um futuro melhor. Daí que optei por sugerir um texto da professora Luzia Miranda. Ela nos lembra que hoje, dia 24 de fevereiro, as mulheres brasileiras completam 80 anos da conquista do direito de voto, e “incluídas como eleitoras e legíveis”. Recente, não? Temos muito pela frente.
O texto aqui

Miniatura


A Hot Wheels, gigante do mercado de miniaturas automotivas, lançará mais um modelo brasileiro no mercado mundial: o Opala SS.
Em 2010 o lançamento do SP2 foi um enorme sucesso, e foi seguido pelo da Brasília, em 2011.
Por problemas de licenciamento, a miniatura não poderá usar o nome Opala e será lançada como Chevrolet SS.
Curiosamente, a Matchbox, concorrente direta da Hot Wheels, lançou outro brasileiro no ano passado, o Saveiro Cross, que infelizmente não foi vendido por aqui.
A imagem inédita do SS foi obtida junto à Mattel com exclusividade pelo blog T-Hunted!.
Dá uma saudade danada do Opalão, não é mesmo?!...

Instantâneos....

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quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Amsterdam ganha em março sua Apple Retail Store

Imagem: Apple Insider
Localizada na movimentada praça Leidseplein, a novíssima Apple Retail Store de Amsterdam será inaugurada no dia 3 de março. É o que informa o website oficial da Apple Netherlands.
A exemplo do que acontece em todo o mundo, a Apple Store Amsterdam também será instalada em um prédio importante da área central da capital holandesa. 
Aparentemente ocupando quase todo o andar térreo do histórico Hirsch Building, a loja teve seus tapumes retirados há dois dias, revelando  alguns banners promocionais instigantes. Neles, além da inusitada cor laranja (cor oficial da casa real holandesa) observamos uma sedutora citação ao símbolo estampado na bandeira oficial da cidade de Amsterdam (imagem ao lado). Três simpáticas maçãs lá estão para evocar as populares 3 cruzes alinhadas horizontalmente, (equivocadamente entendidas como  XXX *). Sim. O asterisco é proposital e remete a informação adicional importante no final do texto.

Leidseplein - Imagem: Made in France - Le Blog D'Erika.
E a região da Leidseplein, não poderia ter sido melhor escolhida para abrigar a maçã. 
Segundo a Wikipedia, a praça seria dona das noites mais movimentadas da região central de Amsterdam. (clique aqui para ver uma imagem noturna panorâmica). O Amsterdam Info, acrescenta que, nas noites de verão, a praça é tomada por terraços de bares, muito frequentados por artistas de rua, turistas e locais. O WhyGoAmsterdam ressalta que nos arredores, podemos também encontrar mais de 100 restaurantes especializados em culinária de várias nacionalidades.

Hirsch Building. Imagem: Mac Rumors
Inaugurado em 1912, o Hirsch Building inicialmente abrigou a marca Hirsch & Co, dedicada a moda na capital holandesa. Seu famoso domo de cobre azulado, destaca-se no panorama da Leidseplein. Atualmente, apesar de manter as características arquitetônicas originais inalteradas, é utilizado como centro de negócios (Business Center), convenções e palestras. Recentemente, seu domo de cobre também foi adaptado como espaço para reuniões/apresentações.
A inauguração da Apple Store holandesa foi fartamente divulgada em websites especializados como Apple Insider e Mac Rumors. O informativo Dutch Daily News também deu destaque ao evento.

Sortudos os holandeses, não?

* sobre os 3 XXX (na verdade 3 cruzes), símbolo oficial da cidade de Amsterdam, lembramos que eles não mantém nenhuma relação com a indústria de entretenimento adulto, abrigada nas ruidosas e movimentadas ruelas do famoso Red Light District. É bastante interessante entender seu significado oficial. Para isso, recomendamos este link. Boa leitura.

Agradeço de maneira especial a querida amiga Ana Isa Van Djik (arquiteta paraense, residente na inesquecível cidade de Houten, Holanda) -  pelo oportuno alerta encaminhado via Twitter.


uma bússola

para Esther Zemborain de Torres




Todas as coisas são palavras da
língua em que Alguém ou Algo, noite e dia,
escreve essa infinita algaravia
que é a história do mundo. Na toada

passam Cartago e Roma, eu, tu, ele,
minha vida que não capto, a agonia
de ser enigma, azar, criptografia
e todo o desacordo de Babel.

Por trás do nome está o que não tem nome;
hoje senti gravitar a tua sombra
naquela agulha azul, lúcida e leve,

que até o confim de um mar se estende o empenho,
com algo de relógio visto em sonho
e algo de ave dormindo que estremece.


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Jorge Luis Borges/o outro, o mesmo.

Sonhos

Sandman, o Senhor dos Sonhos

“Há quem diga que todas as noites são de sonhos,
Mas há também quem diga que nem todas, só as de verão.
Mas no fundo isso não tem importância.
O que interessa mesmo não são as noites em si, são os sonhos.
Sonhos que o homem sonha sempre, em todos os lugares, em todas as épocas do ano,
Dormindo ou acordado”

William Shakespeare; Sonhos De Uma Noite de Verão.

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Boa idéia!

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No blog do Hiroshi Bogéa uma ótima sugestão do Prof. Alan - apenas discordo da "costela" de Adão.

[...]Hiroshi, Mano Velho, eu tenho uma ideia antiga sobre homens que espancam mulheres. É uma ideia indigna de um advogado, um homem civilizado e educado como eu. Mas ela não me abandona, juro que já tentei me livrar dela e não consigo!

Pois bem, a ideia é a seguinte: o sujeito que agride uma mulher deveria ser colocado num ringue, estilo Vale-Tudo, com uns três lutadores profissionais contra ele.

O agressor de mulheres, que é “pura valentia”, que gosta de bater em mulher, porque não lhe dar a oportunidade de extravasar sua valentia contra alguém do tamanho dele? Ou nas mesmas condições de igualdade?

Termino com um pequeno texto do Programa Margarida, do HRAN (Hospital Regional da Asa Norte), daqui de Brasília, que atende mulheres vítimas de violência física, psicológica ou sexual:

“Tome muito cuidado ao fazer chorar uma mulher, pois Deus conta suas lágrimas!

A mulher saiu da costela do homem, e não dos pés, pra ser pisoteada, nem da cabeça para ser superior, mas do seu lado, para ser igual.

Debaixo do braço, pra ser protegida.

E ao lado do coração, pra ser amada.”[...]

Quarta-feira de Cinzas

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Entre aqui e acolá passei o carnaval. Uma espiadela e uma piscadela. Olhando e olhando. Em algumas cenas, histeria geral. Em outras, calma e languidez. No país do carnaval brinca-se; bebe-se; e como se promete.....Esqueço e torno a lembrar: é carnaval! Tempo do demasiado muito de um tudo de tudo quanto existe. E eu prometo que no próximo ano vou brincar em Recife. Eu juro que vou passar na Bahia. Eu juro!?! Esconjuro quem me lembrar de qualquer coisa que eu tenha dito sobre o que quer que seja: é carnaval! Francamente, sinceramente, claramente: é carnaval! Se disse: nego! Se fiz: não lembro! Se pensei: esqueci!


terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

BRT e legislação urbanística

Dia desses estava em frente à TV quando passou um dos comerciais ufanistas da prefeitura de Belém, falando sobre como o projeto de BRT resolverá todos os problemas de trânsito da cidade. A última imagem exibida chamou a minha atenção. Fez-me pensar que as novas pistas por onde passarão os ônibus levariam à demolição do Memorial da Cabanagem.
Como tal iniciativa é absurda até mesmo para aquele que dispensa apresentações, resolvi olhar na página da prefeitura e encontrei a imagem, que você vê aí ao lado. Examinando-a, dá para perceber um retângulo à direita das pistas e passarela projetadas. Ali permanecerá o monumento, que é também um museu, embora ninguém mais se lembre disso, até porque não é aberto à visitação desde... Desde sempre, eu acho.
Nem por isso, todavia, o problema está resolvido. É que o Memorial da Cabanagem é um bem tombado e, nessa condição, é protegido não apenas em si mesmo, mas também o seu entorno. Não pode ser construído nada a sua volta que deprecie o seu valor histórico ou arquitetônico, o que inclui barreiras a sua visualização. E, no caso, existe uma passarela enorme grudada no memorial, acabando com a sua visão por um certo ângulo.
Na época da construção do Complexo Viário do Entroncamento, que contém passarelas (horrorosas, inúteis e dominadas por cocô), já houve confusão a esse respeito. E agora, como ficará, já que o impedimento fica bem ao lado do memorial?
Sem dúvida, isso demonstra como o projeto foi feito sem se preocupar com nada ou ninguém, bem ao estilo do prefeito-desastre, a maior tragédia já suportada por esta cidade. Para ele, não é nada problemático apresentar um projeto assim, até porque não existe o menor interesse em fazer a obra; o interesse é, apenas, enganar os trouxas (que por aqui abundam, tanto que ele foi reeleito), induzindo-os a acreditar numa obra portentosa, capaz de melhorar um dos maiores entraves da cidade. E, com isso, fazer um sucessor. Depois da eleição, não se colocaria nem mais um prego num pedaço de madeira mole. Mesmo já havendo recursos disponíveis, claro.
Esta foi a condição a que chegamos.

Excelente!

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O melhor time de futebol da história do Pará


Em tempos de vacas magérrimas, temos que apelar à memória para manter a chama da paixão esportiva tremulando nos sofridos corações.
Para tal, registro aqui no blog a minha homenagem ao time de futebol que marcou a minha infância, o Clube do Remo de 1972, cujo goleiro Dico era o meu ídolo maior.
Ausente na foto está Alcino, o Negão Motora, artilheiro nato e o terror da torcida bicolor.
Na dita "era Alcino", o Leão foi tri-campeão estadual invicto (73-74-75) e adivinhem quem foi o artilheiro dos três campeonatos...
Bons tempos!
Hoje não sei o nome de um jogador sequer.
Mas sou Remista!


Alcino

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

domingo, 19 de fevereiro de 2012

O motoqueiro morreu (de novo)


Adoro ir ao cinema de improviso, sem marcar dia e hora certa, e foi assim que caí ontem à noite na última sessão de Motoqueiro Fantasma - Espírito de Vingança. Era o único filme ainda com ingressos disponíveis no Cinépolis Boulevard e ainda por cima em 3D (o risco de agregar uma dimensão a mais num filme ruim pode ser o de transformá-lo em péssimo).
Pois bem, como na democracia a maioria vence, a família venceu e lá fui eu, enfrentar a continuação de um filme que eu odiei (Motoqueiro Fantasma).
E acabei ficando de queixo caído com a "ruindade" da obra: Nicolas Cage, pior do nunca, certamente disputará a lista das atuações mais desastrosas de todos os tempos, com suas caretas horrorosas. A pobreza dos cenários, dos figurantes, da trilha sonora, do próprio elenco e até das cenas de ação, é marcante e descaracteriza o filme como uma super-aventura, revelando o que ele verdadeiramente é: um filme classe B.
O único ponto positivo do filme, ao meu ver, é a atuação do menino Fergus Riordan.
Resumindo, um belo desperdício de 75 milhões de dólares, a ser evitado.
Corra. Fuja. Acelere.

sábado, 18 de fevereiro de 2012

A SIRI e suas vontades

Desde outubro de 2011, com o lançamento do iPhone 4S, a Apple revelou ao mundo um novo e intrigante recurso. A SIRI, como é chamado o Inteligent Personal Assistant, possibilita ao usuário obter as mais variadas informações usando para isso apenas a voz. Disponível exclusivamente nos iPhones 4S e  até o momento compatível apenas em algumas línguas, com a SIRI, você faz uma pergunta e ela deve respondê-la com o mínimo de coerência e utilidade. 
Confesso que, num primeiro momento, torci o nariz para a novidade. O motivo, é que desde o IBM Via Voice, um famoso software de reconhecimento de voz para PCs, congelei uma má impressão em relação a tecnologia. Esta impressão, ficou ainda pior, com iniciativas ainda mais decepcionantes, disponíveis no passado em alguns onerosos celulares top da Motorola. 
Em todas as soluções o mesmo problema era observado: tínhamos que falar muito pausadamente para que o software compreendesse. E mesmo assim, os erros eram escandalosamente frequentes. Simplesmente, frustrante.
Eis então que a Apple lançou a SIRI (com o habitual estardalhaço) mostrando incríveis superpoderes. Ela fazia buscas na web, agendava compromissos, encontrava contatos e até abria o Google Maps para indicar a exata localização de seu restaurante preferido. 
Como tudo funcionava apenas na língua inglesa, ainda não tinha a menor intenção de experimentá-la, mesmo quando ela, brotava espontaneamente algumas vezes na tela do meu 4S.
Pois muito bem.
Hoje, sem ter mais o que fazer da vida, arranjei um tempinho pra fazer algumas experiências. O que vou relatar agora, são alguns resultados que vão do interessante ao absolutamente hilariante. Acompanhe.

EU: Which is the best smartphone ever built?
SIRI: The one you are holding
EU: Which is the best tablet ever built?
SIRI: There is only iPad.
(Podemos então concluir que ela é empregada fiel de Cupertino)

Chocado com as respostas, quase que de forma automática e obviamente irracional, acabei dizendo o seguinte:
EU: Thank You!
SIRI: It's so nice to hear this of you.
(Pronto! Daí então, senti que rolou um clima. Já me afirmava interiormente I'm in love).

Empolgado com os resultados preliminares, resolvi avançar na brincadeira e fazer algumas perguntinhas impertinentes.

EU: Is there someone more beautiful than me? (Hehehehe. Suprema "se achância". Me perdôem)
SIRI: I CAN'T ANSWER THAT. BUT I CAN SEARCH THE WEB. Do you want to search the Web?(Óbvio que não esperava outra reação dela. Mas digamos que a partir deste momento, nossa relação ficou algo abalada vontade de chamá-la de cachorra sem-vergonha. Hehehe). 
Resolvi então concordar que ela pesquisasse. Sabe lá, né?
Eis então, que após abrir uma pesquisa do Google no Safari, acesso o primeiro dos inúmeros links sugeridos. Vejam o que ela encontrou clicando aqui.
Não é interessante e espertinha essa menina

Já me espocando de rir, resolvi então provocá-la ainda mais.
EU: Where we may find sex in Brasil?
SIRI: Carlos Eduardo Lima: I don't understand. (AHAHAHAHAH! Possessiva a safadeeeeenha).

Concluindo, posso afirmar que fiquei bastante impressionado com a SIRI. No limite, encarou muito bem o desafio de minha péssima pronúncia do inglês. Fora o fato de ter garantido minha tarde com estrepitosas gargalhadas.

E você? Já pensou no que gostaria de perguntar a ela? 
Prometo que vou continuar fazendo algumas perguntas impertinentes. Quem sabe, não rola um segundo capítulo deste post.

Excerto de um injustiça!

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[...]Espero dividir com centenas ou milhares de pessoas o efeito dessa ignomínia, de indenizar quem se apropriou de parte tão valiosa do patrimônio público. A responsabilidade é do Tribunal de Justiça do Estado do Pará e dele deve ser cobrada, quando a sentença for cobrada. Cada real depositado materializa a união de todos nós contra uma justiça que precisa de urgente reforma para se ajustar aos seus deveres e ao que dela espera a sociedade.[...]


Belém (PA), 17 de fevereiro de 2012

LÚCIO FLÁVIO PINTO
Editor do Jornal Pessoal

Biografias em HQ


Ja numa tréplica à excelente dica na postagem de Carlos Barretto sobre Picasso - esta motivada pela dica dos posts La vida del Che 1 e La vida del Che 2 - vai aqui mais indicação de biografia em HQ de uma grande figura da História do pensamento ocidental: Nietzsche, se créer la liberté, foi lançada em 2010, na França. O roteirista é o filósofo e escritor Michel Onfray com desenhos soberbos de Maximilien Leroy. Acredito que ainda não foi publicada no Brasil.
Li ano passado e acabei voltando aos livros de Nietszche, pois a biografia em HQ traz pistas importantes para quem se interessa pelo pensamento nietzscheano.

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

O riso cômico

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É carnaval, não me diga mais quem é você, amanhã tudo volta ao normal...
O riso carnavalesco é patrimônio do povo, é universal e é ambivalente! E hoje é carnaval, e me deu um comichão de falar de Mikhail Bakhtin e do seu livro: A Cultura Popular na Idade Média e no Renascimento. Vontade de falar do riso cômico e de François Rabelais, Cervantes e Shakespeare: assuntos de Bakhtin neste livro.
Bakhtin escreve sobre a máscara, o movimento e a transmutação. Enfim, sobre o Carnaval!
Sobre a máscara:[...]no grotesco popular, a máscara recobre a natureza inesgotável da vida e seus múltiplos rostos.[...]no grotesco romântico, a máscara conserva traços da sua indestrutível natureza popular e carnavalesca.[..] mesmo na vida cotidiana contemporânea, a máscara cria uma atmosfera especial,[...]. Ela não poderá jamais tornar-se um objeto entre outros.[..]
Sobre o movimento:[...] é preciso reconhecer que o Romantismo fez um descobrimento positivo: De considerável importância, o descobrimento do indivíduo subjetivo: profundo, íntimo, complexo e inesgotável.[...]
A transmutação: [...]A época de Rabelais, Cervantes e Shakespeare marca uma mudança capital na história do riso. Em nenhum outro aspecto, a não ser na atitude do riso, as fronteiras que separam o século XVII e seguintes da época do Renascimento, são tão bem marcadas, tão categóricas e nítidas.[...]
A cultura cômica da Idade Média e do Renascimento ainda nos faz rir; talvez seja a tal "carnavalização?!" de que falam os carnavalescos? Bakhtin escreve, que isso está em relação direta com a máscara carnavalesca e com a força regeneradora do riso. - Rir é muito bom! - concordando plenamente com François Rabelais. O escritor francês, no Renascimento, cultuou a gordura, o exagero, a abundância, a fartura, o excesso, o excessivo, o grotesco; descrevendo o carnaval no Renascimento como o tempo de comemoração das colheitas; de exaltação ao sexo e à transmutação das coisas e dos seres.
Convoco Mikhail Bakhtin ao centro das festividades de Momo, saudando, por meio dele, o Carnaval! o Carnaval! Ao Carnaval!



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Mikhail Bakhtin/ A Cultura Popular na Idade Média e no Renascimento. São Paulo: Hucitec/UNB, 1993.

HQ com a biografia de Pablo Picasso

Aproveitando o embalo dos dois excelentes posts do Edvan (logo abaixo), vejam só o que também descobri no Obvious. Transcrevo apenas um trecho do post original. A idéia é fazer justiça, encaminhando os leitores direto à fonte.



É um resgate de uma época de esplendor e do célebre bairro de Montmartre, a colina onde fica a basílica do Sagrado Coração e onde ficavam muitos dos artistas que desfilaram por Paris há um século. As tirinhas da série compõem o perfil de um Picasso enérgico e ambicioso, fascinado pela Paris das exposições universais e pelas mulheres da 'Belle Époque'.(...)

Para saber mais e ler a íntegra, clique aqui.

La vida del Che 1

Há alguns anos ouvi falar no Brasil de uma mítica HQ argentina sobre a vida de Che Guevara, publicada alguns meses após a morte do maior guerrilheiro de todos os tempos e que foi proibida no Brasil, no Chile e, claro, na Argentina, onde o roteirista foi morto junto com a família. Pois agora tive oportunidade de ler essa obra de arte numa versão publicada recentemente na Holanda. Trata-se da HQ La vida del Che. Os desenhos foram feitos por Alberto Breccia (1919-1993) e o filho dele, Enrique Breccia, que até hoje mora nos Estados Unidos, onde fez trabalhos para Marvel. A edição brasileira saiu em 2008, pela Conrad. No site da editora, encontramos a melhor descrição dessa obra-prima: Dentro da vasta bibliografia a respeito de Che Guevara, essa biografia em quadrinhos se destaca por sua beleza e por sua história trágica. Lançada originalmente em 1968 na Argentina, apenas três meses depois da morte do guerrilheiro nas selvas da Bolívia, teve papel essencial na popularização de Che como herói latino-americano. Sua produção reuniu os dois principais nomes da história dos quadrinhos no continente: o roteirista argentino Hector Oesterheld e o desenhista uruguaio Alberto Breccia, mais o filho deste, Enrique. O sucesso foi estrondoso e imediato, mas deu início a uma terrível perseguição política aos autores. Poucos meses depois de lançada, a editora que a publicara foi invadida, o estoque da obra e seu originais foram sequestrados e destruídos. Em 1973, o livro foi proibido. A perseguição culminou, em 1977, com a prisão, tortura e assassinato, pela Ditadura Argentina, de Oesterheld e suas quatro filhas. Uma história que chocou a Argentina e o mundo. Em 1979, o jornalista italiano Alberto Ongaro fez uma reportagem sobre o caso Oesterheld e conseguiu falar com um oficial do exército argentino, que confessa: "Demos um sumiço nele, por ter feito a mais bela história de Che Guevara já escrita". É uma obra-prima de texto e desenho. Ao ponto de levar o quadrinista norte-americano Frank Miller (de Sin City e Batman - O Cavaleiro das Trevas) a dizer que "a história em quadrinhos se divide entre antes e depois de Alberto Breccia".

La vida del Che Guevara 2

Sem dúvida, uma das curiosidades da histórica obra de
Oosterheld e dos Breccia para nós brasileiros, é a passagem da condecoração com
a Ordem do Cruzeiro do Sul de Guevara pelo então presidente do Brasil, Jânio
Quadros, em agosto de 1961. Héctor Oesterheld, na HQ, diz que o Che em volta
pela América Latina, ainda como ministro das Relações Exteriores de Cuba,
recebeu a honraria e que quatro semanas depois, Jânio "caiu porque
contrariou muita gente". Já a Folha de S.Paulo
contava na época: Após a primeira parte
de sua conferência com "Che" Guevara, o sr. Janio Quadros condecorou
o com a "Grã Cruz da Ordem Nacional do Cruzeiro do Sul", em cerimonia
realizada no Salão Verde do Palacio do Planalto. O presidente, de bom humor,
atendeu aos pedidos dos fotografos de mudar para dois metros alem o local da
entrega da comenda (por causa da luz) e tirou o microfone da Agencia Nacional
para um lado, facilitando-lhes o serviço. Ao entregar a comenda, o chefe do
governo brasileiro pronunciou as seguintes palavras: "Ministro Guevara: v.
exa. manifestou em varias oportunidades o desejo de estreitar relações
economicas e culturais com o governo e povo brasileiros. Esse é o nosso proposito
tambem. E é a deliberação que assumimos no contato com o governo e o povo
cubanos. E para manifestar a v. exa., ao governo de Cuba e ao povo cubano,
nosso apreço, nosso respeito, entregamos a v. exa. esta alta condecoração do
povo e governo brasileiros." Ostentando já a comenda, o ministro cubano
agradeceu:"Sr. presidente: como revolucionario, estou ofundamente honrado
com esta distinção do governo e do povo brasileiros. Porem, não posso
considerá-la nunca como uma condecoração pessoal, mas como uma condecoração ao
povo e nossa revolução, e assim a comunicarei com as saudações desse povo que
v. exa. pessoalmente representa. E a transmitirei com todo desejo de estreitar
as nossas relações."A cerimonia encerrou-se voltando o chefe do governo e
o ministro Guevara para o gabinete presidencial.

Principais novidades do OS X "Mountain Lion" para MACs

Ontem, como foi divulgado no blog,  a Apple apresentou ao mundo a nova versão de seu sistema operacional para MACs. A ser lançado no início do verão americano, o OS X Mountain Lion introduz muitas novidades. Segundo alguns, bem mais do que foi divulgado oficialmente. Este post, é uma tentativa de mastigar e resumir as mais importantes. Vamos a elas.

1) Dashboard
Remodelado, o espaço destinado aos pequenos widgets terá agora uma aparência bem familiar. Dê só uma olhada.


Deja vu? Pois é. É a cara do iOS, não? Quem já tem iPad/iPhone/iPodTouch reconheceu. Mas calma. Essa tela, só vai ter essa cara, quando você tentar adicionar mais widgets. De outra maneira, ela continuará com a mesma aparência de sempre. (Aliás, tenha cuidado com a escolha destes mini-aplicativos. Eles de fato rodam no background, e dependendo de seu objetivo, podem consumir muita memória de trabalho).

2) Docs In the Cloud
Na verdade, este novo recurso, é um aprimoramento. Mover documentos para o iCloud, na versão atual do OS X Lion, é algo burocrático, envolvendo acesso a páginas web, logins, etc. Com o Docs In the Cloud, a Apple insere o iCloud no coração do sistema operacional, deixando o backup acontecer de maneira mais intuitiva. Os documentos armazenados no iCloud, poderão ser acessados através de uma janela dedicada, acessível através do novo botão iCloud integrado ao Finder (gerenciador de arquivos do OS X). Esta será sua aparência.


Bastará então ao usuário, configurar o iCloud uma única vez em seu MAC, para ter acesso ao serviço.


Boa iniciativa, para aqueles que precisam acessar arquivos armazenados na nuvem. Clique aqui, para conhecer mais detalhes de seu funcionamento.

3) Game Center




Esta novidade interessa aos jogadores compulsivos. Outro velho conhecido dos usuários de iGadgets, o Game Center agora estará disponível para os portáteis e desktops da Apple. E ele já chega com a promessa de ser uma espécie de ponte na jogatina online, envolvendo MACs e iGadgets. A ousadia é tanta, que já se fala em jogos multiplayer cross- plataform. Contudo, ao menos por enquanto, o termo se aplica apenas a produtos Apple. E jogos deverão ser recodificados para se tornarem compatíveis com a novidade.

4) Notification Center




Outra característica importada do iOS, os MACs agora ganham também uma central de notificações, que deverá informá-lo sobre e-mails, compromissos, mentions no Twitter, e todo e qualquer aplicativo que for habilitado pelo usuário a usar o serviço.

5) Reminders




Eis aí um recurso que pessoalmente pouco utilizo nos iGadgets. E possivelmente, também não o farei nos Macs. Trata-se de um aplicativo útil para lembrar aqueles que possuem uma montanha de missões a cumprir. Basta criar uma listagem destas missões, aplicar prazos, alarmes e deixar o resto por conta de seu desktop. Como disse, não o utilizo. Prefiro agendar tudo no iCal.

6) Messages



Com promessa de se tornar o primeiro mensageiro universal (já detalhado neste post), eis uma novidade que me interessou bastante. A fórmula é simples: MACs + iChat + iMessages + Facetime = Messages. Uma versão beta do Messages já está disponível para download. Como beta, ainda possui alguns bugs apontados no Cult of Mac. Mas já funciona plenamente recebendo e enviando iMessages entre Macs e iGadgets.

7) Notes


Aplicativo que permite registrar idéias, pensamentos e afins, agora bombado com a capacidade de adicionar imagens e anexos, compartilhá-las com amigos ou mesmo, "espetá-las" no desktop (adeus aos Post-Its, rsss). Utiliza o iCloud para sincronizá-las com o aplicativo homônimo, já existente no iOS.

8) Share Sheets


Preste bastante atenção no ícone ao lado. Quando vê-lo em alguma janela de aplicativo, boa notícia! Você poderá compartilhar o conteúdo visualizado. Mas como exatamente vai funcionar? Bem. Por enquanto, a Apple informa que os seguintes aplicativos serão compatíveis: Safari, Notes, Reminders, Photo Booth e iPhoto. Sendo assim, você vai poder compartilhar links do Safari, postar imagens no Flickr, vídeos no Vimeo, conteúdo no Twitter, e notas por e-mail e iMessages.

9) Twitter



O serviço estará totalmente integrado no coração do sistema operacional, a exemplo do que já ocorre no iOS. Basta configurar sua conta uma única vez para compartilhar conteúdo no microblog utilizando Safari, iPhoto ou Photo Booth. Além disso, como já foi dito, mentions e DMs saltarão na sua tela a partir do Notification Center.

10) Air Play Mirroring



Espelhamento Air Play, talvez fosse uma tradução. Air Play é tecnologia patenteada Apple, não cabendo tradução. Esta tecnologia permite compartilhar conteúdo MAC em TVs digitais e Audio Systems compatíveis.
O Air Play Mirroring, segundo a Apple, seria "o seu Mac na TV". Contudo, ele possui uma certa "dependência", digamos. Para usar este novo recurso, você vai precisar de uma Apple TV. Somente através dela, você pode apreciar vídeos HD do iMovie e apresentações do Keynote direto em sua TV digital. Tudo de maneira wireless, na forma de fluxo de dados (streaming). Não temos ainda detalhes suficientes sobre conteúdo e dispositivos adicionais.

11) Gatekeeper



Eis um recurso dedicado a aumentar a segurança de seu Mac. E de todas as novidades, esta é seguramente a de menor visibilidade. Ainda bem.
Em resumo, o recurso promete manter o controle de todo o software que você decidir instalar em seu desktop.
Imagem: Blog MacMagazine
Trata-se de uma iniciativa bem maior, que extrapola os limites de seu computador. A Apple vai criar junto aos desenvolvedores a chamada Developer Id. Uma identificação única, atrelada a seus aplicativos. Se o cara urinar fora do penico distribuir algum tipo de malware em seu produto, vai sentir o gosto da pracaúba irá para uma lista negra, podendo até receber a pena de morte ter sua licença revogada. Desta forma, todo software desenvolvido para a plataforma, seja via Mac App Store ou externa, será certificado pela empresa de Cupertino.
O Gatekeeper será então seu guardião de segurança. A cada boot, a lista de aplicativos certificados será atualizada, garantindo assim um pouco mais de segurança.



Ufa! É isso então!

Para maiores detalhes, a Apple já está com website exclusivo para o OS X Mountain Lion  que você deve visitar clicando aqui.

Entretanto, last but not least, há uma última informação de suma importância. Com tantas novidades, o novo OS X vai exigir hardware poderoso para rodar com alguma tranquilidade. Muita gente vai ficar aborrecida. Para saber se seu Mac será compatível, é imprescindível consultar esta listinha do Cult of Mac.
Boa sorte!