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A França decidiu: o termo
mademoiselle foi banido de todos os documentos públicos administrativos. A decisão, assinada semana passada pelo primeiro-ministro François Fillon, atende ao movimento feminista francês, uma vez que, até então, as mulheres precisavam identificar-se como casadas (
madame, ou senhora) ou solteiras (
mademoiselle, senhorita), desde documentos de identidade até na plaquinha das caixas de cartas nas casas. Os homens (
monsieur, ou senhor), por sua vez, nunca precisaram utilizar qualquer distinção. A partir de agora, as mulheres devem ser identificadas apenas por “
madame”, sem qualquer referência ao seu estado conjugal, em equivalência ao termo “
monsieur”.Bem, não entrarei na discussão sobre a medida em si, adotada na terra de Simone de Beauvoir. Mas acho que o termo deixa saudades. Lembrei de Coco Chanel que sempre preferiu ser chamada de
mademoiselle, palavra que até denomina um dos perfumes da grife: o
Coco Mademoiselle.
E claro, lembrei-me também do maravilhoso filme
Mademoiselle, dirigido em 1966 por Tony Richardson, com roteiro de Marguerite Duras e Jean Genet. A protagonista é a grande Jeanne Moreau (na foto acima), na pele da lascívia
mademoiselle professora numa vila de
província, num dos filmes de mais alta tensão sexual da
Nouvelle Vague francesa.
3 comentários:
Que post delicioso Edvan.
Edvan, não consigo imaginar a Patricia Kaas cantando uma das minha músicas favoritas, "Mademoiselle, Chante Les Blues", usando Madame.
Seria non-sense!
Abraços.
Merci, Marise.
Scylla, boa lembrança.Assim como me ocorre a revista chic Mademoiselle, ou mesmo o nome de um dos engenhos de Santos Dumont... E assim a gente vai fazendo uma lista.
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