sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Parque temático do sexo

De pronto, as imagens e a proposta em si podem chocar. Podem não: elas chocam. Elas me deixaram levemente constrangida, digamos assim. Afinal, fui educada para achar que sexo é para quatro paredes. Talvez um discurso tipicamente judaico-cristão. Não se fala espontanea e publicamente de sexo como prazer, no máximo por motivos técnicos, pedagógicos e outros sofismas do gênero. Seguindo a linha da minha emoção pessoal e intransferível (já que levar para o plural pode causar reações adversas a muitos leitores), acrescento que eu não conseguiria entrar neste museu-do-sexo-a-céu-aberto com meu pai. Aff! Acharia até estranho olhar para qualquer pessoa que estivesse a meu lado! Bem, sexo e prazer disfarçados (ou não) em arte talvez consigam provocar algumas feridinhas em nossos pudores e aguçar nossa reflexão. E, vejam só, eu, que dei para escrever textos sensuais (no face), revelo todo este conservadorismo... Adoro me surpreender nessas cascas de banana.
Se fosse você, leitor, entrava no blog da Carolina Reymúndez para ver mais imagens e informações sobre o parque temático do sexo, na Coréia do Sul.

5 comentários:

Marise Rocha Morbach disse...

Oh céus!

Camila Travassos disse...

Erika, minha querida, coisa mais bizarra é um parque temático do sexo! Gzuis.


P.S.(1): Esconder-se atrás de um eu-lírico/narrador é uma das formas mais eficientes de catarse. Pode-se matar alguém, falar de sexo ou cometer qualquer atrocidade e fica tudo bem ^^

P.S.(2): Desconfio seriamente que o trecho "Seguindo a linha da minha emoção pessoal e intransferível (já que levar para o plural pode causar reações adversas a muitos leitores)" é uma precaução para possíveis comentários do senhor Jones Santos XD

P.S(3): Que quié isso minha gente??

http://viajeslibres.files.wordpress.com/2012/02/loveland9.jpeg

Marise Rocha Morbach disse...

Erika fui visitar o parque, confesso que não me animei com as esculturas: será o estilo? Rsrsrsrs. Legal é ver que na Coréia do Sul o sexo tem um parque. Na Coréia do Norte chora-se por um ditador morto; essa é a tal da vida. Não levaria meu pai -
já morto- porque ele me contaria piadas terríveis e diria que há coisas mais interessantes nesse mundo. No mais: viva o carnaval!

Erika Morhy disse...

Camila, querida, não captei muito bem os motivos de achares bizarro o parque, mas, como eu disse, também não li a notícia tão confortavelmente. Acho o parque justo como manifestação artística, provocando ou não o "espírito do tempo". Ficaria com vergonha por pudores, apenas.
Acho que tens toda razão quanto à catarse. Toda. Seja o "esconder-se" um ato consciente ou não.
E, olha, o Jones é meu leitor menos danoso, digamos assim. Aliás, é um leitor privilegiado.
Obrigada pelo olhar. Saudade de conversar com você numa mesa de bar. Nos últimos tempos, vc é uma "iminência parda", esse povo sempre fala no teu nome. Bjão

Erika Morhy disse...

Nossa, Marise, seu pai devia ser grande figura! E acho que, sim, acho que outros parques devem ser mais interessantes...