sábado, 10 de abril de 2010

Solidariedade, companheirismo e emoção

Este post, é mais um daqueles, que a gente vem correndo com o coração pro blog, antes que as emoções virem suco.
Só ontem conheci a verdadeira face de uma grande pessoa. Uma pessoa daquelas, capazes de dar um braço por alguém. Destas que sempre nos emocionam, quando percebemos a grandeza de seu desprendimento e o tamanho de sua solidariedade.
Sexta-feira à noite, é um momento que todos dedicam aos prazeres, ao encontro com os amigos, o namorado, ou simplesmente pegar um cineminha, um teatro, ou então curti-lo na tranquilidade do lar, como todos merecem após uma dura semana de trabalho.
Pois foi justamente neste dia, que esta pessoa tão querida, dedicou inteiramente seu momento de descanso e prazer a ajudar uma outra pessoa.
Uma criança de 6 anos, filha de sua secretária, encontrava-se com febre alta, vômitos, tosse seca e já manifestava sinais de intensa fraqueza. Mal conseguia falar. Zelosa, a mãe já a tinha levado a um posto de saúde, que havia medicado com antibióticos e antitérmicos, encaminhando-a para casa. Contudo, ao chegar em casa, começou a respirar com dificuldade, além de desfalecer à olhos vistos. A mãe em desespero, procurou a alma querida, homenageada deste post, em busca de alguma ajuda para seu filho.
Assustada com a situação da criança e sem ver alternativas de atendimento adequado que não dentro da rede pública de saúde, nem pestanejou. Botou mãe e filho dentro do carro e rumou ao HPSM da 14 de março. Pelo telefone, me pedia orientação de como proceder. De imediato, suspeitei que esta criança simplesmente não podia ser excluída do protocolo de atendimento para gripe A H1N1. E como a pobre secretária não tinha nenhuma cobertura de plano de saúde, teria que ser absorvida dentro da rede pública mesmo. Isso, vejam bem, numa sexta-feira à noite, onde nenhum posto de saúde funciona, restando apenas o atendimento nos 2 PSs do município.
E assim, lá se foi minha nobre amiga, devidamente orientada sobre o tamanho da missão que teria por lá. De plantão em outro hospital público, eu não poderia estar ao seu lado, neste momento difícil. Mesmo assim, deixei meu telefone aberto para qualquer ajuda que eventualmente pudesse dar, de qualquer origem. Monitorei o quanto pude o atendimento que deveria ser prestado.
E lá foi ela. Enfrentou todo tipo de adversidade que o leitor possa imaginar, num lugar como o PSM da 14 de março. Ela, uma mulher bonita, desprendida, jovem, que poderia estar curtindo seu justo descanso ou prazer de fim-de-semana, nem pensou duas vezes. Batalhou, ouviu comentários desagradáveis, típicos de ambientes de guerra, ou mesmo viciados em desatenção e maus tratos. Enfrentou o mau humor e a indisposição de funcionários, mas ao cabo e ao fim, conseguiu que a criança recebesse o atendimento adequado a sua gravidade. Não sem antes, lançar mão de algumas medidas extraordinárias, digamos, para sensibilizar a equipe de saúde, que parecia não ver o óbvio.
Ainda por volta de 5 da madrugada, recebi uma última ligação dela, que não pude me conter e lagrimei de emoção. Ainda estava lá, ao lado da mãe e da criança, solidária a uma situação de extrema necessidade e gravidade. Lutando, acompanhando, zelando.
Nem consegui quase falar-lhe ao telefone. Estava absolutamente admirado com a grandeza de seu gesto, o tamanho de sua solidariedade e a amplitude de seu coração.
A luta ainda continua sábado adentro. Simplesmente, após a equipe ter "acordado" que o quadro clínico era no mínimo suspeito de H1N1, não se conseguiu a transferência para o hospital de referência (com leito já reservado previamente por mim), pelo absurdo dos absurdos: ninguém da vigilância sanitária estava disponível à noite, para colher os exames de confirmação, e, só então, fazer o encaminhamento para o hospital de referência. Perde-se assim, horas de ouro no atendimento destes doentes. Em outras palavras, até o presente momento, esta criança ainda nem deve ter recebido o Tamiflu, droga que pode e muito minimizar-lhe a gravidade dos sintomas. Continuamos portanto, na luta pelo encaminhamento adequado desta criança.
Mas ainda não chegamos ao final. Nossa querida amiga, sozinha, ao sair do PSM por volta das 5 da madrugada, encontrou o pneu de seu carro furado. Uma situação de altíssimo risco, naquela perigosa região. Quem não pensaria em algum tipo de armação criminosa? Mas Deus deve ter-lhe recompensado os esforços. Encontrou 2 elementos, em que teve que confiar, que de fato saíram em seu auxílio, trocando-lhe o pneu furado. Na manhã de hoje, minha querida amiga, personagem altiva e admirável deste post, ainda teria seus afazeres regulares. Entre eles, uma aula de inglês, da qual com dificuldade, tenta participar em meio as atividades profissionais e de mãe.
Sozinha ela dá conta de tudo. Com a cara limpa e desprendida, que só os solidários por natureza conseguem. Nem queiram saber, como me senti hoje pequeno perto desta grande pessoa. Achava que já a conhecia. Estava enganado. Aprendi hoje a tê-la, como uma das pessoas mais bonitas e humanas que já conheci. Já vi seu choro, sua alegria, sua inteligência. Mas nunca tinha visto o tamanho de sua solidariedade.
Me senti pequeno, comezinho e um pote até aqui de porcaria. E aprendi. Aprendi a tê-la como um bem valioso, que sempre vai merecer toda a minha atenção e carinho. E espero ter com este exemplo, algum incremento em minha atitude como pessoa. Alguém já disse que "na verdade, de tempos em tempos, cada qual é um novo ser, herdado do semelhante" (Sérgio Ricardo). Que todos nós herdemos estes exemplos gigantes de solidariedade.

30 comentários:

JOSE MARIA disse...

Meu caro Barretto,

Muito obrigado pelo testemunho, que melhora enormemente nossa vida e, espero, garanta a vida dessa criança e a felicidade da sua mãe e de todos nós.
São exemplos como esse que nos levam a continuar acreditando na Humanidade, aqui e agora.

Carlos Barretto  disse...

Amigo
Ainda com um "nó" na garganta, ainda acompanhamos a saga destas 3 almas. Mas estamos quase lá.
Obrigado pela sua solidariedade.

morenocris disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Lafayette disse...

Tadinha da mosca, Cris. rs

Carlos Barretto  disse...

Querida Cris.
Nem tanto lá, nem tanto cá. Mas, neste caso, trata-se de uma questão pontual mesmo com esta pessoa muito querida. Ela me fez ver muitas coisas que pelas razões que vc aponta, de fato, não conseguia ver. E ela é responsável hoje e sempre, pelo que consigo ver e me emocionar.
É simplesmente isso.
Bjs e obrigado.

. disse...

Doutor, acho que deverias ouvir a Cris!

Quanto ao acontecimento, acho pouco provável que uma pessoa deixasse uma criança desfalecendo deitada numa cama sem fazer nada.
Acho pouco provável que uma pessoa não acompanhe e oriente uma mãe tensa e desnorteada a buscar o direito de ser atendida com dignidade pela saúde pública.
Acho pouco provável que alguém conseguisse ir curtir o show do Monobloco e deixasse aquele menino lá no PSM, sem a certeza da assistência devida, sem parar de pensar que uma vida vale mais que birita e diversão.

Acho pouco provável tudo isso.
Isso não combina com meu mundo. E tenho certeza que não combina com o teu tb!

Tens que conhecer agora o guerreiro Waldemir, que se fez valente e forte, enfrentando tudo aquilo ontem, sem chorar e acreditando que tudo ficaria bem, mesmo estando ao lado de uma mulher estranha.

Ele é o cara!

Carlos Barretto  disse...

Queridas.
Eu que trabalho do lado de cá desta história, muito já vi. Acreditem. E creio que ainda vou ver muito mais. E posso assegurar a vocês, que atitudes como esta relatada, assim tão íntegras e completas, infelizmente não são a regra. Não com este perfil. O mais comum é outro perfil. Daí, meu espanto e admiração.
Querida jornalista "ponto". Eu sempre ouço a Cris.
Bjs às duas.

Anônimo disse...

É verdade Barreto. A regra é outra, as vezes até entre os familiares e os mais próximos. Uma ajudinha aqui, talvez outra ali e pronto: Fiz minha parte.

Carlos Barretto  disse...

Quem está do lado de cá, atendendo o público, sabe da realidade, né anônimo.
Daí que...

Rz disse...

Olá!
Que coisa mais legal! É SEMPRE bom ler relatos meritórios que revelam não só a sensibilidade de quem os reportou, como, principalmente, a CORAGEM e o DESPRENDIMENTO de seus principais autores.
Bravo a sua amiga! Conforto e carinho imenso à mãe da criança e para ela, para criança, muita saúde!
Mas além desses votos, quero deixar-lhes esses dois mimos aqui embaixo, extensivos também "àquela" criança que sempre acompanha a todos nós!
http://www.youtube.com/watch?v=QVx047jlvrw

http://www.youtube.com/watch?v=epUk3T2Kfno&feature=player_embedded

Abs, Rz

Carlos Barretto  disse...

Mas que links espetaculares, RZ.
Que coisa!
Acho que vou levar um deles pra ribalta amanhã, após pesquisar seu contexto direitinho.
Obrigado

Rz disse...

Re-Olá!
Que bom que gostou e espero que os protagonistas do belo relato da postagem gostem também!
Sim, pesquise mais um pouco antes de publicar no "nosso" Flanar, pois sua leitora aqui - como sempre travestida de Coelho da Alice -, não se atreveu a tanto, mesmo tendo dado uma rápida passeadinha pelos comentários da comunidade youtubesca acrescidos aos vídeos.
Abs, Rz
P.s.: a amiga que me enviou os links tem muitas qualidades. Uma delas é ter sido nossa colega no saudoso NPI.

Yúdice Andrade disse...

Meus caros, já convivi com a rede pública de saúde e sei que, nela, até limpar uma furada de prego vira uma batalha campal. Por isso, conseguir uma internação, ou um simples atendimento, consome tantas horas e exige tanto esforço. No mais, sabemos que não são todos os médicos dispostos a esperar todo esse tempo. Por isso, a personagem retratada na postagem merece a nossa admiração. E o nosso Barretto não deveria sentir-se pequeno. Só não fez mais porque não podia e, penso, a capacidade de se maravilhar com a bondade humana é um sintoma benfazejo.
Tomara que sempre tenhamos pessoas com os dois em nossas vidas!

Kauê Osório Arouck disse...

É tocante ouvir isso de um médico, que muitas vezes, tem que ser forte o suficiente para não incorporar as mazelas de seus pacientes, já que terá que conviver com diversas outras delas e muitos de seus colegas acabam se endurecendo, se embrutecendo para sobreviver aos dramas que são obrigados a presenciar... Fico imaginando quão pesado deve ser comunicar a alguém que um ente querido não conseguiu resistir a um determinado tratamento, ou que sua doença está em um estágio terminal e ter que conviver com isso.
Quando vejo um depoimento como estes, tenho a tranquilidade que o mundo não está perdido, pois certa vez pensei que estava quando vi médicos cobrando por consultas pelo SUS e um caso daqui de Belém, quando um médico deixou um estagiário ficar em seu lugar, prescrevendo medicamentos e tomando conta de um hospital.
A atitude narrada é a concretização da frase "dar de si, sem pensar em si"... E o sentimento trazido pelo depoimento não é somente de um médico... É de um ser humano, que mantem vivo aquele sentimento que certamente o motivou a abraçar a profissão que abraçou, que é o sentimento que o motiva a ajudar ao próximo...

Carlos Barretto  disse...

Querida RZ.
Ter estudado no NPI daquela época fantástica, certamente contribuiu de alguma maneira, ao que somos hoje. Abraços a "nossa" contemporânea.

Yúdice, amigo.
Você soube entender a coisa toda. Mais uma vez.
Obrigado.

Caríssimo Kauê
Médicos e advogados tem muitas coisas em comum. Entre elas, o fato de lidarmos com as mais variadas mazelas humanas. Por esta razão, nem sempre conseguimos de fato ser aquilo que abraçamos ao iniciar a profissão. Para tanto, devemos estar sempre nos policiando no sentido de manter a humanidade que em algum lugar, sempre está presente, mas que dependendo do momento, pode naufragar frente às mais variadas circunstâncias. Pessoalmente, me refugio em livros, artes, cinema, música, entre outras coisas extra-curriculares (digamos), para manter acesa a chama da emoção. E minha humilde participação neste blog, longe de me auto-retratar como um ente imaginário, uma projeção que não refletiria a dura realidade de meu cotidiano, procura mostrar uma pessoa em constante busca pela melhor atitude. Nada mais interessante do que estabelecer links honestos com as pessoas das mais variadas áreas do conhecimento, interagindo com elas e trocando idéias e por que não, discutindo mutuamente as imperfeições. Assim, fica tudo muito mais natural e humano. Mais próximo da realidade e longe do imaginário.
Obrigado pelo seu excelente comentário

Franssinete Florenzano disse...

Caríssimo Doutor, seu relato emocionado transparece seu lindo ser. É muito bom ler um testemunho assim, que resgata valores nem sempre lembrados no dia-a-dia corrido e egoísta em que cada um se dedica aos seus próprios problemas.
Compreendo e partilho sua admiração por essa mulher altruísta e tão bela.
E admiro-o ainda mais. Além da competência, da educação, da sensibilidade às artes e à tecnologia, de pai amoroso e dedicado, vejo que você não permitiu que seu coração endurecesse com as tragédias que presencia todos os dias.
Que Deus o abençoe e dê saúde a essa criança.
Abraços.

Carlos Barretto  disse...

Queridíssima Franssi.
Vc como sempre, muito gentil.
Minha admiração por esta parceira, só faz crescer. Agora em terreno menos tumultuado. E vocês puderam ver como ela é modesta quanto a esta flagrante qualidade que possui.
Obrigado pelo carinho.

Abs à todos na família, e especialmente, aquela extraordinária cantora.

. disse...

Assim eu encabulo!

Andrea Casali disse...

Carlinhos, esta é das minhas!!! A única diferença é que eu tinha quebrado todo o posto, após um discurso inflamado sobre a conduta criminosa de cada elemento ...
Parabéns por registrar a iniciativa da moça. Trata-se de uma questào de humanidade! Espero que o moleque esteja bem!!!
No mais, um abraço ao Club Flanar!!!
Me sinto tão "haole" aqui, mas ao mesmo tempo é como se estivesse em Bel, sabe!?
bjs irmão

Carlos Barretto  disse...

A idéia nem era essa sra. jornalista "ponto". Mas eu compreendo que vc se encabule. Mas aceite nossas homenagens sinceras.
Bjs

Carlos Barretto  disse...

Andréa
A Leiskinha tem exatamente o seu perfil. Mas soube se conduzir com equilíbrio no cenário, de tal forma que obteve objetivamente o atendimento que a criança precisava.
Este foi o mérito principal. Além de todos os outros, é claro.
Mas, "by the way", o que vem a ser "haole"?
rsssss

Bjs

Carlos Barretto  disse...

Nem se preocupe. Já encontrei a definição de "haole".
Ela pode ser encontrada aqui:
http://www.dicionarioinformal.com.br/buscar.php?palavra=haole
E tendo em vista o que conheço de vc, Andréa, não concordo que vc seja tão "haole" quanto qualquer um de nós neste cenário virtual. Por isso estamos aqui. Levantando as lebres, jogando-as no fogo e da discussão resultante, do contraditório, podemos todos ficar um pouco menos "haole".

Bjs

Franssinete Florenzano disse...

O Carlos tem razão, o mérito ainda é maior porque a Leiska não deu uns sopapos nem quebrou tudo.
Às vezes é preciso manter a serenidade. E às vezes também o jeito é armar um escândalo.
Um dia, meu pai internado num hospital particular, eu cheguei e os lençóis dele estavam sujos, o banheiro e o chão idem.
Fui à Enfermagem, reclamei providências urgentes. Nada.
Fiquei no corredor até aparecer alguém da limpeza. Chamei uma faxineira, ela disse que ia pegar material e já, já voltaria. Necas. Reclamei duas, três, quatro, cinco vezes na Enfermagem. Em vão.
Aí, enfurecida, fui lá no consultório do dono do hospital. Disseram que eu não podia entrar porque ele estava atendendo alguém. Deveria esperar. Nem quis saber. Bati na porta e fui entrando. Fiz a reclamação na frente do cliente. Sim, porque paciente é outra coisa.
Disse pra todo mundo ouvir - inclusive os que esperavam lá fora - que o hospital era uma espelunca, que se o meu pai contraísse infecção eu acabaria com ele, que as pessoas eram maltratadas naquele lugar, que era imundo, etc,etc. Quando acabei ele estava verde. Mas mandou limpar o apartamento. E espero que tenha perdido pelo menos alguns clientes. Rsrsrsrsrsrsrs...

Giorlando Lima disse...

Ela é um ser encabulante, sim.

E você - cada vez mais aprendendo a ser um novo ser herdado dos seus semelhantes - também é uma figura ímpar.

Não me surpreende, por exemplo, o seu encanto com as chapadas, serras, matas e cascatas, borboletas e rios - mesmo sabendo que se trata de um apaixonado tecno-futurista (e à maçã mordida) com sintomas de nomofobia -, porque vi antes nos seus olhos e no seu abraçar que você é dos bons e raros. E agora li suas lágrimas, que, confesso, quase provocam as minhas.

Abraço, grande Carlos.

Carlos Barretto  disse...

Queridíssimo amigo Giorlando.
Permita que eu ouse tratá-lo assim. Mas tive de vc a mesma impressão agradável, ao primeiro contato. Sabe aquela simpatia natural, que as pessoas transparecem? É uma virtude e tanto. Muitos fazem o contrário: transparecem antipatia.
Agradeço comovido seus mais do que gentis comentários. E mesmo tendo que ir até a Wikipedia para saber exatamente o que seria "nomofobia" para só então aquiescer totalmente suas impressões, devo salientar que a preciosidade do texto é mesmo a Leiskinha.
Ela, e nós sabemos bem disso, é de fato uma pessoa única. Por vezes sofre, ao projetar nos demais, qualidades inerentes a si própria. Os demais, são apenas os demais.
Leiskinha, é Leiskinha!
E "ponto"!

Abs amigo. E sinceras saudades de você.

. disse...

Carlos, Franssi e Giorlando vocês querem me fazer chorar é?

Hummmmmmmmmmmmmm!!!

Carlos Barretto  disse...

De minha parte, desde que seja de felicidade, SIM!
Bjs

Franssinete Florenzano disse...

De minha parte, também! Rsrsrsrsrs...
Beijocas pra vocês.

Giorlando Lima disse...

De minha parte de pimenta malagueta do acarajé que ainda não comemos juntos.

. disse...

Giorlando, não comemos porque tu me abandonaste em Salvador, né?
Mas como no ano que vem eu vou virar baiana, não terás como fugir!!