sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Será um review do psicodelismo?

Trago ao front page o comentário de nosso flanante companheiro Raul Reis, diretamente da "Terra do Sol" americana sobre o post Apenas um rapaz psicodélico americano.

Reis nos traz deliciosos comentários sobre alguns detalhes muitos interessantes sobre os "The Flaming Lips." Uma banda americana pouco conhecida fora do circuito underground, objeto do post.

Veja o que ele escreveu.

Ótima escolha, Val-André! Os "Flaming Lips" são bem famoso aqui nos EUA. Eles têm uma legião de groupies e tietes comparável ao "Grateful Dead" e agora ao "Phish".

Os shows deles são louquíssimos, com veradeiras art performances no palco. Teve uma época que os membros da banda só se apresentavam vestidos como animais de pelúcia.

Eles tem umas tietes famosas, como a atriz Juliette Lewis, que as vezes se apresenta com eles dançando no palco, ou cantando/tocando um instrumento.

O CD "Yoshimi Battles the Pink Robots" (não tenho certeza se é este exatamente o nome, mas é proximo) é um clássico. Há uns anos atrás eles tiveram o "desplante" de "regravar" o clássico album "Dark Side of the Moon", do Pink Floyd :)

Um sacrilégio, mas eles acabaram sendo elogiados pela ousadia (e pela proposta)...

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Minha réplica.

Raul vou entregar o jogo. Pensei em você e na Califórnia quando mixei esse set.
Foi na última terça-feira, estava meio aborrecido com algumas coisas. Comezinhas, conclui depois, e preparei esse mini special.
Você acrescenta muitas informações preciosas ao post.
Afinal, não é qualquer banda que tem como fã ativa e uma belezura detentora de esparramado talento como a inigualável e instigante Juliette Lewis e seu jeitinho adoravelmente inocente e doidona.
Adoro as duas coisas. São características maravilhosas de muitas pessoas a qual me relaciono.
Os show's são realmente incríveis, como pude constatar num DVD que retrata o interessante avanço das bandas indies como influencia para os caminhos do bom e velho rock and roll. E lá estava os caras, tocando alucinadamente o megahit "Race For The Prize" que abre o set do special para o Flanar.
É com ousadia e talento que a humanidade fica cada vez menos careta e mais alegre, divertida e mais solidária para com os menos aquinhoados.
Com sua licença, vou aproveitar o maravilhoso gancho que você me deu ao citar os "Grateful Dead", que tanta falta faz no cenário.
Na minha modesta percepção, há um hiato tão grande, mas tão grande deixado pelos caras que, aos poucos, ao longo de 20 anos de carreira, uma banda em particular começa a ser citada pela crítica especializada com "herdeiros dos hippies doidões" na melhor acepção da palavra.
Você foi certeiro ao citar o melhor álbum da banda.

Segundo a Wikipédia, "Yoshimi Battles the Pink Robots" é o décimo álbum de estúdio da banda The Flaming Lips, foi lançado em 2002[1] e é o mais bem sucedido de sua carreira.

Após o maestria sinfônica apresentada no álbum anterior, The Soft Bulletin, o "Flaming Lips" retornou as influencias do rock psicodélico, música eletrônica e pop alternativo dos álbuns anteriores.

E quem será? O leitor pode perguntar. Os herdeiros do "Grateful Dead"?

Repondo.

Só tem uma banda com tamanha e agora demonstrada competência para tal: o Dave Matthews Band, sem qualquer sombra de dúvidas.

Já está pronto dois especiais do Dave Matthews Band. Tenho material raro deles desde o longínquo 1993!

De lá pra cá a evolução da banda é um dos processos musicais que mais me impressionou dentre todas as bandas, especialmente quando observo o engajamento político e destinação de recursos angariados em show's gratuítos ao ar livre em prol de causas humanitárias como o faz várias bandas, como os irlandeses do U2, apenas para citar uma delas.

Como o material sob minha posse do Dave Matthews Band é extenso, interessante, instigante e uma aula de como uma banda bem administrada pode galgar degraus sempre superiores sem abandonar o cerne de seu som inicial ou proposta de longo prazo, como queiram. Pretendo, com a habitual generosidade de nosso editor-chefe, Carlos Barretto e demais companheiros "avuadores", publicar não dois, mas, cinco especiais dos herdeiros do psicodelismo mundial.

Quem sabe daqui a pouco não sai o primeiro?

Até lá então. E obrigado Raul.

P.S.: Raul. Nos informe sobre a aprovação da liberação da maconha na Califórnia. Tenho uma porrada de questionamentos sobre o assunto.

3 comentários:

Anônimo disse...

O Jatene ganhou, agora que passou as eleições, o blog não vai reconhecer que o vermelho está com validade vencida.

Val-André Mutran  disse...

Ei anônimo. Não confunda opção política com a existência do pluripartidarismo e alternância de poder.
Isso é democracia.
Se os eleitores reprovaram Ana Júlia nas urnas, que cumpra-se a vontade popular.
Agora, tentar dizer que o PT é Ana Júlia é um pouco de pretensão de sua parte.

Raul Reis  disse...

Vc acertou na mosca, Val-André! O Dave Matthews Band (DMB) sem dúvida é um herdeiro à altura do Grateful Dead (GD). O DMB tb tem um grupo de seguidores fieis. A única diferença aqui é que o DMB é considerado um grupo mais "mainstream" que o GD e os Flaming Lips.

Depois da morte de Jerry Garcia, os "deadheads" passaram a seguir o Phish do Trey Anastasio, da mesma forma como seguiam o GD. Alguns dos sobreviventes do Grateful Dead, inclusive Bob Weir, passaram até mesmo a se apresentar com o Phish.

Bom, este movimento dos deadheads de seguirem os Faming Lips e o DMB é mais recente. Mas estas duas bandas sem duvida tb preencheram esta lacuna...