
O filme é uma obra "dardenneana" na essência: ficção, com jeito de documentário, sobre relações de família (ou o que resta dela), indivíduos à margem da prosperidade social européia na periferia de grandes cidades do sul da Bélgica - os irmãos nasceram e vivem na região de Liège. O enredo é simples, mas o trabalho dos atores (em especial do garoto Thomas Doret e da bela Cécile de France, acima na foto entre os irmãos cineastas, na estréia em Cannes) dá uma intensidade que arrebata o espectador. Ciryl, 11 anos de idade, vive provisoriamente numa instituição social de menores. Ele só tem uma idéia na cabeça: encontrar o pai, que se mudou sem deixar pistas. Por acaso, ele conhece Samantha, que aceita recebê-lo em casa nos finais de semana. O garoto tem a ilusão de que o pai ainda o quer e não vê a porta aberta para uma nova vida. E quando se pensa que o final é feliz, sempre surge um novo fato que nos remete à realidade nem sempre colorida e radiante dos filmes comerciais. Uma aula de Cinema, com cê maiúsculo. Você pode ver o trailer aqui.
Um comentário:
Boa dica, Edvan. Estou querendo muito ver este filme.
Por aqui já estreou "A Arvore da Vida", que ganhou a Palme D'Or em maio. Este ultimo do Terrence Malick, que dirigiu apenas cinco filmes em 34 anos, incluindo "Cinzas no Paraiso", também promete muito...
Postar um comentário