domingo, 14 de abril de 2013

Geografias Imaginárias: só não vai quem já morreu!

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É Pará isso?

No começo era o verbo, depois a geografia, depois um estado, depois o mundo. Um mundo no território. Uma geografia para além de um território. Um rio: muitas pontes. Uma estrada: muitos caminhos. Um lugar. Um, sem fim. Um, sem norte. Um, sem terra. Um, sem caminho. Outro, sem lugar. Um céu? Uma paisagem? Um horizonte? Quantas geografias? Uma grafia: Pará. O horizonte começa ali! Mas acaba acolá! Sem norte: somos do Norte em múltiplas grafias. Uma Geografia? Pará? Não dá! Prá cá chove. Prá lá, faz calor! Ali, tem rio! Por lá? Dá no mar. Tem caminhos: mas descaminha. Tem índio, mas blues. Tem sol, tem céu, tem mar. Pará, múltiplas geografias em diversas linguagens. Milhares de tons. Centenas de quilômetros. Mundo de amplidão. Amplificado, é parazão. Diminuindo, parazinho. Para as bandas do sul é ferro, é gusa, é sem terra, é sem norte. Para as bandas do oeste: é várzea, é rio, é floresta, é tapajós, é soja, é dor, é alegria, é mais do mais, e muito do incomum: é Pará, isso? Prás bandas do norte é antigo, é português, é ibérico, é luso, é difuso, é torto, amontoado; é cheio de gente. Prás bandas do leste: é fronteira com tudo que é gente. É Maranhão, é Piaui, é Goiás; é um deus nos acuda. É Pará, isso? Sei não. Sei sim. Sei lá. Somos múltiplos, diversos. Somos os tais daquela geografia. Aquela que nos chama de norte, de fim de mundo, de parada obrigatória, de metrópole, de diversidade: somos pura amplidão. É Pará isso!



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Geografias Imaginárias/ É Pará isso!

10 comentários:

Tanto disse...

Marise,

Vou postar no meu blog, ainda não escrevi, a via crucis que precisarei fazer para me deslocar de Belém até Itaituba. É exatamente o que dizes neste texto.

beijo

Marise Rocha Morbach disse...

Tanto,

Este texto eu escrevi para um projeto da BCB, empresa de Lívia Condurú. O projeto tem ótimos parceiros, seja mais um: eu estou adorando fazer parte dele. Obrigado pela postagem; bj para você também.

Edyr Augusto Proença disse...

Muito bom

Scylla Lage Neto disse...

Geografias Imaginárias: eu vou!

Marise Rocha Morbach disse...

Pegar carona nessa calda de cometa, ver a via-láctea, estrada tão bonita....seja bem vindo, Scylla.

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Gracias Edyr!

Geraldo Roger Normando Jr disse...

Caramba!!! Coisa linda, mesmo! Um cubismo de palavras ao léu, porém aquém do céu, das nuvens. Chão de terra batida, mirando o centro da terra... Ou um pouco mais além!!! Um poema, um dilema de ser isso: Pará. Flor do grão, não?

Tanto disse...

E como faço para participar, Marise?

Marise Rocha Morbach disse...

Sim, Roger, "flor do grão"; eu quero muito que você participe contando as suas "viagens". Você tem muitos fatos para narrar. Vou escrever para o Tanto, em um comentário depois deste, como participar, vá lá! Obrigado pelo belo comentário.

Marise Rocha Morbach disse...

Tanto, é simples. Nos conte a sua viagem para Itaituba. Vá na nossa página do Geografias Imaginárias no Facebook. Compartilhe fotos com a tag #geoimaginarias e participe desta viagem. ou poste relatos das suas aventuras na fanpage.
as fotos podem vir a compor a exposicão que será montada ao final da jornada./Obrigado Tanto...você deve ter muitas coisas para nos contar!!

Erika Morhy disse...

Há imagens que são... feito tatuagem. Daí que preferi postar logo lá no face do projeto, antes que se apaguem mais detalhes, antes que as palavras fiquem cada vez mais distantes do que quero dizer. Obrigada pela dica, Marise. Besitos