terça-feira, 13 de junho de 2006

Gordo? Talvez não. Mas pesado, Sim!

Ronaldo foi mesmo uma tranqueira neste jogo da Croácia. Ando meio insatisfeito com ele. Figurou no time o tempo todo, a exemplo de Beecham na Inglaterra. Quase não tocou na bola e até a feição era de desânimo total (a TV mostrou em close). Zidane foi mais digno que ele no empate da França com a Suíça. Além do mais, deu uma resposta "torta" ao Presidente da República (que por acaso é o Lula), em meu ponto de vista, absolutamente desnecessária, e talvez sintomática do ponto de vista psicanalítico. Ele precisa se recuperar não só como jogador mas também como cidadão. Ou então, dar uma banana mesmo para todo o mundo e curtir uma tranquila aposentadoria. Mas mal-criação não tem cabimento.

7 comentários:

Anônimo disse...

Mais que o desempenho insípido e inodoro de Ronaldo, falta a seleção de Parreira o espírito de equipe. Esse jogo foi um tonel de água fria e sinaliza sérias preocupações futuras. Não sei se esse salto alto resistirá quando enfrentarmos o cangurú australiano, que está longe de ser fanfarrão.

Carlos Barretto  disse...

Sem a menor dúvida, concordo integralmente com vc, anônimo. Restam-me ainda as esperanças advindas de experiências anteriores do Brasil em Copa do Mundo, onde iniciou mal e acabou terminando mais ou menos, mas com a taça
na mão. Eles que tratem de respeitar a Australia. E vamos logo tratar de comentar os assuntos de futebol em inglês neste blog pois arranjei um "amigo" australiano, que tem frequentando este blog para comentar os jogos. Que além de participar de uma espécie de ONG de ateístas ainda é "punk".

Anônimo disse...

A culpa pelo desempenho abaixo do esperado é de Parreira, que parece ter compromisso maior com o patrocínio do que com a vitória e por isso não substituiu um Ronaldo apático e deixou o Brasil jogar quase a partida inteira somente com 10 em campo.

Anônimo disse...

Não confunda ideologia política com paixão futebolística. Ronaldo não deve nada a Lula, muito pelo contrário. Lula também não merece todo esse respeito que você está cobrando. Sim ele é o presidente da República, mas não se comporta da forma correta que o cargo exige ou preocupa-se com todos os que o elegeram.

Lula na presidência só preocupa-se com seus interesses particulares (familiares inclusive) e de seus companheiros petistas. Segue como dica um artigo do Gaspari para a Folha que versa um pouco sobre a digna postura de "nosso guia".

Ah, antes que eu me esqueça, Ronaldo apenas verbalizou (porque tem cacife pra isso) o pensamento de uma boa parte da população brasileira, acredite você ou não. Exclua-se aqui é claro o campo majoritário do PT, as militâncias acéfalas e os desvalidos dos vários rincões brasileiros, eletores fiéis de "nosso guia".

Artigo do Gaspari (http://josiasdesouza.folha.blog.uol.com.br/)

Lula confunde Congresso e torcida

“Lula está construindo uma relação imperial e desrespeitosa com o Congresso. Disse o seguinte na semana passada, um dia depois de uma decisão da Câmara que estendeu aos aposentados o reajuste de 16,6% concedido aos trabalhadores que ganham salário mínimo:

'Eu digo sempre, a votação do salário mínimo no Congresso Nacional, ontem, não foi uma coisa séria, porque o que estava lá para ser votado era um acordo que tinha sido feito pela primeira vez na história do Brasil, com todas as centrais sindicais e todos os aposentados, representados pelas centrais sindicais'.

Lula oferece um reajuste de 5% aos 13 milhões de aposentados do INSS. Os 16,6% da Câmara custariam R$ 8 bilhões anuais. A maior parte desse dinheiro iria para cidadãos que ganham menos de R$ 500 por mês. Nada a ver com o Bolsa-Ditadura de Nosso Guia (R$ 4.294 mensais, em maio passado). Há fortes argumentos contra o novo índice de reajuste, e o presidente da República dispõe do poder de veto para esterilizar a iniciativa.

Como o próprio Lula diz, 'quando a gente é oposição, pode gargantear, pode blefar'. Quando a mesma gente é governo, o presidente não deve dizer que uma votação da Câmara 'não foi uma coisa séria'. Nem mesmo quando os deputados absolvem seus companheiros do mensalão.

Lula tem 30 anos de vida pública, 27 dos quais na oposição. Só ele sabe quanto tempo consumiu garganteando e blefando. Parolagens e mistificações não são atributos exclusivos do governo (como achava Lula) nem da oposição (com acha Nosso Guia). As 53 palavras do seu discurso carregam um entendimento desordenado do que é o Congresso e do que são as entidades que defendem interesses de corporações.

'O que estava lá para ser votado' não era um acordo. Era uma medida provisória do Poder Executivo. O Congresso não vota acordos, nem de centrais sindicais, nem de torcidas organizadas. As centrais sindicais não representam 'todos os aposentados'. Representam, quando muito, os sindicatos a elas filiados. Quem representa aposentados, vendedores de rapadura e donos de oficinas mecânicas é o Congresso, poder republicano estabelecido para isso.

Lula abusa da proteção da inimputabilidade cultural. Quando revela que Napoleão foi à China e Oswaldo Cruz inventou a vacina da febre amarela, pode-se fingir que isso não tem importância. Contudo, quando o presidente da República, formado nas mumunhas do sindicalismo, sugere que um acordo de centrais sindicais é uma peça legislativa, o erro deixa de ser banal. É confusão funcional. Chama-se fascismo a organização política na qual o Poder Executivo embaralha centrais sindicais e Poder Legislativo. O Brasil viveu esse sonho de governantes e pelegos durante o Estado Novo.

Lula vem cozinhando uma reforma sindical que tunga os trabalhadores e amplia o poder das centrais. Ele sabe o que está fazendo. Fortalecer agrupamentos amigos é hábito antigo.

Em 1979, o governo federal e a indústria paulista louvaram um acordo feito pela Federação dos Metalúrgicos. Ela representava 29 sindicatos. O de São Bernardo pulou, foi à greve e projetou nacionalmente a imagem de um sindicalista que inebriava a multidão no estádio de Vila Euclides. Foi a primeira experiência de Lula com o êxtase do fracasso, mas essa é uma história velha.”

Unknown disse...

Barretto, eu vi outro jogo.
Achei o time organizado,mais seguro na defesa.Sem criatividade no ataque, é verdade, mas nada que duas substituições não resolvam.
Segue a copa.
Abs

Carlos Barretto  disse...

Mas eu vi mais ou menos o mesmo jogo que vc. O problema aqui é (des)atuação de Ronaldo. Quanto a defesa, Lúcio e Dida estiveram ótimos, apesar de mantermos nosso velho problema: bolas altas.
São sempre um arraso na defesa brasileira. Preparem o coração para o jogo da Austrália no Domingo. O pior é que vou estar de plantão no hospital. Vejam se não vão me dar trabalho por lá, hein?
Mas pior mesmo, é comprar uma grade de cervejas para dar apenas 1 grito de gol. :-) É o que eu chamo de uma baixa relação de custo x benefício. :-)

Carlos Barretto  disse...

Caro "eu bem que tentei gostar do PT". A vc e ao Josias de Souza, eu diria:
Lula é o Presidente da República e este, independente de quem seja, sempre deve ser tratado com o devido respeito. Afinal, quando vi a pergunta dele na TV, não vi nada demais. Agora, a resposta veio meio desproporcional denunciando talvez um ato falho. Tem uns tipinhos aí (que espero que vc não se inclua) que antes mesmo do PT vir abaixo, já faziam umas piadinhas preconceituosas e as jogavam na internet. Objetivo? Claro, fazer oposição rasteira, "comer pelas bordas", sabe? A estes, a democracia não interessa, nunca interessou. Apenas os interesses pessoais oligárquicos, é claro. E a estes, não interessa também o respeito a cargo majoritário.
Concluindo: se vc não concorda com o que está acontecendo, critique politicamente, mas não perca o limite.
Mais do que isso, é "jogar para a platéia". E a platéia está atenta. E aprendendo a fazer a diferença. Eu pelo menos estou bastante atento. E não é qualquer lorota que me leva no bico, viu?
Cacife??????
Não gosto de ataques rasteiros as instituições, assim como não gostei da bandalheira do tal do MLST no Congresso. Gosto de crítica responsável.
O resto, continuo aguardando que a corrupção seja AMPLAMENTE apurada. E não apenas a do PT (com a qual vc parece estar especialmente preocupado(a)). Os limites existem tanto para o presidente da república bem como para os cidadãos. E mal-criação é uma coisa muito feia também. E não é com desrespeito que vamos construir coisa alguma.