terça-feira, 4 de julho de 2006

Velhas doenças


La Boca e o Caminito - Passeio obrigatório para
os visitantes de primeira vez a BUE. Enfadonho
para quem já o fez em outras oportunidades.



San Telmo e suas belas casas antigas


Museu Argentino de Ciências
Naturais


Quanto gatos você consegue contar só na frente
do museu?

Buenos Aires, 4 de Julho de 2006
Temperatura: 17 graus
Nublado com névoa seca

Sim. Mas ao longo do dia a temperatura foi aumentando, o sol apareceu no final da tarde e nós, vestidos com 3 camadas para o mais rigoroso inverno (mania adquirida em Bariloche). Chegamos ao hotel com apenas calça e camisa e um bolo de roupas de frio nas mochilas. Conforta-nos ouvir o taxista dizer:
- Bueno! Aquí en Buenos Aires siempre estamos con algún pullover pues la temperatura puede cambiarse de un solo golpe.
Aliás os taxistas idosos são um espetáculo à parte. Sempre prestimosos e faladores, comportam-se como guias turísticos improvisados, geralmente dando-nos dicas de bons lugares para visitar, sob a preciosa ótica portenha.
Por eles, pudemos sentir que eles odeiam os argentinos do interior, bem como os paulistas os nordestinos e os novaiorquinos talvez os americanos de New Jersey e imigrantes de todo o resto do mundo.
A alegação é sempre a mesma: "só vem aqui para praticar crimes e tirar o emprego dos habitantes locais", entre outras alegações variadas e talvez impublicáveis.
Concluo que talvez este seja o comportameto típico das grandes e problemáticas cidades. Mas dizem receber bem os turistas. Digamos que até o momento, não temos do que reclamar.
Após visitar detalhadamente o belíssimo bairro de San Telmo, passar burocraticamente por La Boca (apenas para almoçar no "Il Materello", restaurante italiano muito querido por nós), fomos levar as crianças no Museu de História Natural onde vimos os famosos fósseis de dinossauros argentinos. Encontrados única e exclusivamente nesta região, entre eles destacam-se a preguiça e o tatu gigantes. Este último, muito frequente outrora na região, chegou a ser encontrado até durante a escavação da linha D do metrô, em plena capital.
Chama-nos a atenção, a grande quantidade de gatos nos locais públicos. São gordos, cheios de pelos, amáveis e parecem viver em comunidades. Nos jardins do Museu, pudemos contar cerca de 30 gatos. No cemitério da Regoleta vivem aos montes. Parece mesmo uma praga ou um animal sagrado como as vacas na Íìndia. Diferentes. Bem diferentes dos esqueléticos bichanos de Belém.

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